Capítulo dezoito.

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Joe acordou Demi logo cedo, dando-a um copo d'água e um sanduiche antes de leva-la para o quarto de Nick. Nick dormia tranquilamente, mas acordou assim que Joe o cutucou. Ele franziu o cenho, mas logo avistou Demi ao lado de Joe e assentiu, levantando. Demi olhou confusa para os dois.

- Deita. –Nick falou dando de ombros e Demi franziu o cenho- Deita, linda, eu não foi fazer nada. –ele falou e ela olhou Joe que assentiu-

- É para fingir que você dormiu com Nick essa noite. –Joe falou com a mandíbula trincada- Você vai voltar para aquele quarto lá embaixo, mas não vou deixar voltar para a cama do meu pai. –ele falou e ela assentiu, passando por Nick e deitando- Tem certeza que vai dar certo? –ele pergunto baixinho para Nick-

- Não, mas não podemos deixar de tentar. –ele deu de ombros e Joe suspirou- Relaxa, Paul vai estar fora o dia inteiro. –ele falou e Joe assentiu-

Nick caminhou até seu banheiro, e Joe se agachou ao lado da cama para ficar mais próximo de Demi.

- Me prometa uma coisa. –Demi sussurrou e Joe pegou a mão dela-

- O que? –ele perguntou e ela respirou fundo-

- Prometa que se você ver que não tem como me salvar, você vai me matar. –ela sussurrou e viu Joe hesitar- Eu não tenho mais vida, Joe. Está tudo estragado. –ela falou e ele apertou sua mão-

- Eu nunca matei ninguém. –Joe falou com a mandíbula trincada- Até Nick já matou, mas eu nunca tive coragem. –ele balançou a cabeça-

- Então Nick o faz. –ela falou e ele fechou os olhos-

- Isso é loucura. –ele murmurou e ela assentiu-

- Prometa. –ela sussurrou-

Joe hesitou de novo, olhando no fundo dos olhos de Demi. Não conseguia imaginar como seria se tivesse que matá-la, mas olhando nos seus olhos ele entendia que Demi realmente estava perdida. Demi teria que parar de trabalhar com isso, mas assim que parasse, muitas pessoas iriam de atrás dela para acabar com sua vida. Ele tinha a chance de poupar todo o sofrimento que estava guardado para ela, mas também tinha a chance de salva-la.

- Eu não posso, Demi. –ele falou e se levantou-

Demi suspirou e assentiu, entendendo que era difícil para ele. Ainda se lembrava da primeira vez que matou alguém. Seu pai e Matthew cercaram um dos seguranças do governo dos Estados Unidos para pegarem algumas informações, e o cara acabou resistindo, por isso eles colocaram uma arma na mão de uma Demi adolescente, de quinze anos apenas, e mandaram ela matar, para aprender o que o trabalho lhe guardava. E por incrível que pareça, depois de ter feito o que fez, e de ter vomitado pelo pânico que lhe tomou, ela gostou do poder que sentiu, do controle que tinha nas mãos. E Demi, depois daquilo, soube que havia nascido para aquela profissão.

- Eu preciso ir para o meu quarto. –ele falou e Demi assentiu- Assim que der eu vou de atrás de você. –ele falou e saiu do quarto-

Demi suspirou e se virou, ficando de barriga para cima na cama de Nick. Logo o mesmo saiu do banheiro e caminhou até a cama, sentando-se e passando a mão pelos cabelos.

- É um plano de merda que nós criamos. –Nick murmurou e Demi sorriu de leve- Mas pode dar certo. –ele deu de ombros-

- Você é um bom irmão. –Demi murmurou-

- Eu tento ser. Joe já me ajudou muito nessa vida. –ele falou e olhou Demi- Está melhor? –ele perguntou e ela assentiu- Ok então. –ele falou e se levantou-

- Nick? –ela chamou e ele se virou para ela- Não fomos apresentados. –ela falou e ele sorriu se aproximando

- Me chamo Nicholas Jerry Jonas. –ele falou estendendo sua mão e Demi a segurou fracamente, sem forças para aperta-la-

- Demetria Devonne Lovato. –ela falou e ele sorriu-

- Eu sei, querida. –ele falou rindo de leve e Demi franziu o cenho- Sabemos quem você é desde que conheceu Joseph no café. –ele deu de ombros- Nós planejávamos te matar, matar seu chefe, seu amigo... Não estava nos planos ver Joseph se apaixonar por você. –ele riu de leve e Demi o olhou-

- Joseph não é apaixonado por mim. –ela falou e Nick riu-

- Demi, ele vai matar Paul por você. –Nick falou e Demi se remexeu, desconfortável- Eu sei que ele sempre teve ódio do meu pai por inúmeros motivos, mas... Mas ele nunca cogitou mata-lo. –ele falou-

- Joe nunca matou ninguém. –ela lembrou-

- E o primeiro vai ser o próprio pai. –ele deu de ombros e se levantou, andando pelo quarto-

Behind Enemy Lines. [JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora