Capítulo vinte e oito.

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Joe chegou na mansão de madrugada, mas seu pai ainda estava acordado, sentado no sofá da sala de estar, fumando um charuto.

- Oi, filho. Por onde andava? –ele perguntou sorrindo para Joe-

Joe não respondeu, apenas atravessou a sala com passos rápido e se aproximou de seu pai, lhe acertando um forte soco na cara. Com tanta força, Paul acabou caindo no chão, deixando seu charuto cair. O mais velho, assustado e surpreso, bem tentou se levantar, mas Joe foi mais rápido e lhe acertou outro soco, fazendo-o bater a cabeça no chão. Não satisfeito, Joe subiu em cima de Paul, e começou a acertar diversos socos, com as duas mãos, na cara do pai. Paul grunhia, sentindo o sangue inundar sua boca, mas nada conseguiria parar Joe naquele momento. Ele estava cego de raiva, estava no seu limite, e era melhor ninguém intervir naquilo.

Mas interviram. Quando Paul já estava quase inconsciente, ele sentiu Joe sair de cima dele, por isso abriu os olhos, tonto e ensanguentado, vendo Josh puxar Joe que estava vermelho de raiva.

- Parece que descobriu que eu matei sua vagabunda, não é? –Paul falou abrindo um sorriso vermelho pelo sangue que escorria de sua boca-

- Filho da puta! –Joe gritou tentando se voltar de Josh-

Por fim, com os braços presos, Joe conseguiu acertar um chute no rosto de Paul, que caiu para trás, agora inconsciente. Joe então parou de se debater, e Josh o soltou, caminhando até o chefe e checando sua pulsação.

- Qual é o seu problema, Joe? –Josh perguntou indignado, depois de se certificar que Paul apenas tinha desmaiado-

- Meu problema é que eu ainda não o matei. –Joe murmurou friamente e deu as costas, caminhando até a escada e subindo para seu quarto-

Joe direto tomar um banho, sentindo-se bem mais leve depois de ter batido em seu pai. Ainda havia um peso em suas costas, mas por enquanto aquilo era suficiente.

Já há alguns minutos dali, Nick estacionava em frente a um hotel ao lado do aeroporto. Ele tocou o ombro de Demi e a acordou, fazendo-a pular e abrir os olhos.

- Desculpa te assustar, mas já chegamos. –ele disse e ela assentiu- Eu já reservei um quarto para você, no nome de Suzy Martinez, o nome do passaporte. Eu também comprei algumas roupas e coloquei em uma mala, vou pegar no porta-malas. Aqui tem dez mil dólares. –ele alcançou um saco de papel- O quarto de hotel já está pago, ok? Isso aqui é para emergências em Portugal. –ele explicou e Demi assentiu- Eu tenho um apartamento lá, um amigo meu vai encontrá-la no aeroporto e vai leva-la para o apartamento. Eu o mandei colocar comida e arrumar o apartamento, por isso tudo está organizado para duas semanas, ok? –ele explicou e Demi assentiu-

- Esse seu amigo... –ela murmurou-

- É confiável. –ele garantiu e Demi assentiu- Seu nome é John Taylor, e ele estará com uma placa escrita 'Suzy Martinez'.

- Mas ele sabe...? –ela perguntou e Nick assentiu-

- Sabe de tudo, até mesmo o seu verdadeiro nome. Não se preocupe, Demi. Ele é confiável. –ele voltou a dizer- Vai dar tudo certo, ok? –ele disse e Demi assentiu- Vamos, eu vou pegar sua mala.

Demi e Nick então desceram do carro. Demi sabia que estava uma bagunça. Sabia que sua roupa estava rasgada, suja e seu cabelo estava bagunçado, mas ela apenas fechou a jaqueta de Nick e fez um coque em seu cabelo, pegando na mala que ele a alcançava.

- Obrigada por tudo, Nick. –ela murmurou e ele sorriu, assentindo-

- Não precisa agradecer agora. Ainda não terminamos o plano. –ele disse-

- Você e Joe realmente querem ver Paul morto? –Demi perguntou baixinho e Nick respirou fundo-

- Sim. –ele respondeu com a voz fria- Ele precisa pagar, Demi. Pelo o que fez com Denise, e com a minha mãe biológica. E pelo o que fez com você e com seu amigo também.

- Eu também já fiz muita coisa horrível, Nick. –ela sussurrou e ele balançou a cabeça-

- Não é pelas mortes, Demi. É pela crueldade. –ele deu de ombros- É uma situação diferente. Você foi colocada nessa vida. Paul entrou porque quis. –ele disse e Demi assentiu- Bom, eu preciso ir. –ele disse- Se cuida, ok? Seu voo é as 10h. Seus documentos estão na mala. –ele disse entregando a mala de Demi e fechando o porta-malas-

- Obrigada. –ela disse e ele assentiu-

- Olha, eu sei que é tentadora a ideia de ficar livre em Portugal, longe de todos os problemas, mas quando for a hora certa, você precisa voltar, Demi. É você quem precisa terminar essa história. –ele falou e Demi respirou fundo-

- Eu volto. –ela garantiu e ele assentiu-

- Vou fazer com que Joe fale com você pelo celular de John, ok? –ele disse e Demi assentiu- Até mais, Demi. –ele disse-

Demi acenou para ele e entrou no hotel, caminhando até o balcão de recepção. Ela apresentou sua carteira de identidade falsa e logo conseguiu o cartão do quarto. Um funcionário a ajudou a levar a mala, e quando ela finalmente fechou a porta do quarto, a primeira coisa que foi fazer foi tomar um banho. Saiu enrolada em uma toalha, e abriu a mala que agora era sua. Encontrou um pijama de seda preta e sorriu, suspirando ao saber que dormiria finalmente de uma maneira confortável. Ela vestiu o pijama, penteou seu cabelo e se deitou na cama, se espreguiçando e fechando os olhos.

Demi dormiu por duas horas até ser acordada por batidas na porta. Ela pulou, assustada e caminhou até a porta, confusa, pois não sabia que horas eram, e quem poderia ser.

- Quem é? –ela perguntou na porta, antes de abrir-

- Serviço de quarto. –ela ouviu e sentiu seu corpo congelar, sabendo que conhecia aquela voz-

- Eu não pedi nada. –ela murmurou sentindo as mãos tremulas-

- Abra, Demi... Ou melhor, Senhorita Martinez. –ela ouviu e fechou os olhos, querendo acordar daquele pesadelo-

Mas não acordou, pois o pesadelo em si, era realidade.


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YAY! DUAS ATUALIZAÇÕES NO MESMO DIA!!!! Tô feliz porque hoje estou fazendo dois anos no Wattpad, então..... YAY!!! <3

Behind Enemy Lines. [JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora