Capítulo 13

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O guarda que caminhava em minha direção cai. Então vejo que o príncipe Adrian havia batido na cabeça dele com uma arma.

Os outros guardas estão em choque.

Percebo que eles não sabem o que fazer. Então Adrian atira.

Sim eu disse atira, e ele atira pra matar.

Os guardas começam a revidar. Armas estão sendo pegas. Mas até tudo estar pronto Adrian já havia matado três homens. Só restava um, e ele está com a arma apontada pra mim.

—Seu pai ficará desapontado com vossa majestade, trair o próprio reino pra salvar a vida dessa princesa. Você merece ser punido com a morte.— Ele diz tudo isso sem tirar os olhos de mim. Pela minha visão periférica vejo Adrian ser aproximar cautelosamente.

—Parado alteza se não eu mesmo atiro na princesa e acabo com essa palhaçada. Ou então príncipe, você atira, se acabar com a vida da princesa, não conto nada a seu pai. Ou você quer ser comparado com o ....

—Nunca me compare com aquele bastardo.— Adrian gritou. Estou parada sem mexer um músculo. Pavor, pânico e medo se instalam dentro de mim quando vejo a arma de Adrian mudar de direção e apontar pra mim.

—Muito bem alteza. Sabe que esta fazendo a escola certa. Agora é só puxar o gatilho e pronto, todo este mal entendido será esquecido.

Percebo que a veia no pescoço de Adrian pula, ele está me encarando, não consigo fechar os olhos, mas também não quero.

Quero que ele veja a vida deixando o meu corpo. Quero que essa visão fique com ele pelo resto de sua vida. Então ele aperta o gatilho.

O barulho é tão alto que espanta os pássaros que descansavam nas árvores e, provavelmente, alguns animais que estavam por perto.

Então ouço um grito de dor. Olho pro guarda que havia apontado a arma pra mim. Ele está caído no chão, uma enorme poça de sangue começa a se forma embaixo dele. Ele levou o tiro, mas não foi o Adrian que atirou.

—Cheguei na hora majestade? — Isaac pergunta. Me espanto ao vê-lo ali.

—Sim, você chegou.

Isaac havia sido meu mordomo, mas eu desconheço o fato dele saber manejar uma arma e de ela conhecer o príncipe Adrian.

—O que está acontecendo? —Consigo recuperar minha voz.

—Está bem senhorita? — Isaac pergunta.

—Eu exijo saber o que está acontecendo. —Minha voz sai fraca.

—Vamos explicar, mas é melhor vir conosco. —Adrian diz.

—Não vou a nenhum lugar com vocês. —Me levanto e na mesma hora me arrependo. Caio no chão e a última que ouvi foi Adrian dizendo:

—Temos que tirá-la daqui.

Então eu apago.

DESTINO (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora