Epilogo

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Um ano depois

Eu estava em frente ao espelho observando a beleza do meu vestido. Nunca tive do que reclamar sobre as estilistas reais. Ele era apertado no busto, mangas compridas toda rendada. O vestido era totalmente branco. Meu cabelo estava preso de lado. Eu sorri para o meu reflexo.

―Você está linda, minha menina.

―Obrigada, mãe.

―Mas não está totalmente feliz.

―Faz um ano que ele foi embora. Não mandou nada, nenhuma carta. Será que ele se esqueceu de mim?

―Lógico que não meu bem. Ele seria um maluco se tivesse feito isso.

―E a Alana? Mandou noticias?

―Ela disse que está muito bem, que te ama e gostaria de estar aqui nesse dia especial pra você.

―Também estou com saudades dela, vai fazer um ano não é?

―sim, um ano que a minha menininha foi conhecer o mundo.

Anne não falou nada e vi que ela ficou pensativa.

―O que está me escondendo, Anne?

Ela sorriu.

―O Adrian voltou pra casa está manhã. ― congelei.

―Voltou?

―sim, seu pai não queria contar, mas acho justo você escolher o próprio destino.

―Como assim?

Ela pegou minhas mãos e olhou dentro dos meus olhos.

―Quer ser coroada rainha? Quer governar este reino?

―Está no...

―Esqueça o destino. Me diga. Onde queria estar agora?

―Com o Adrian.

―Então vá atrás dele. Agora.

―Mas, e a coroação?

―Esqueça a coroação, tenho certeza que seu pai pode governar por mais alguns anos.

Eu fiquei calada, então sorri. Abracei minha mãe.

―Obrigada.

Sai correndo pelos corredores do palácio. Não liguei para as pessoas falando de mim, fui para o pátio onde milhares de pessoas esperavam a coroação. Vi um guarda passando com um cavalo.

―Ei você. ― chamei-o ― me traga o cavalo.

Ele me olhou como se eu fosse louca,

―alteza...

―Não discuta comigo.

Ele imediatamente meu trouxe o cavalo. Montei. Era um pouco difícil, por causa do vestido. Então eu pensei, para onde eu iria? Então eu soube exatamente aonde ir. Fui abrindo caminho por entre as pessoas. Todas olhavam pra mim e cochichavam sobre o que eu estava fazendo. Então o cavalo relinchou e todos abriram caminho então começamos a cavalgar. Meus cabelos já estavam soltos e voavam contra o vento.

Só parei o cavalo quando cheguei no antigo vilarejo onde fiquei com Adrian durante o inverno. Então eu o vi, ele estava de costas, mas o reconheceria em qualquer lugar.

―Adrian?

Ele se virou.

―Nicolly? ― ele veio em minha direção e me ajudou a descer do cavalo. ― o que você está fazendo ?

―Eu tinha que vir atrás de você.

―E a coroação?

―esquece a coroação. Porque foi embora? ― ele respirou fundo e me olhou nos olhos.

― eu precisava ficar longe de tudo. De Arien, do meu irmão.

―de mim?

―eu queria entender o que sinto por você.

―Sabe o que eu sinto por você? Eu preciso de você por que te amo. Penso em você 24 horas por dia. Você não sai da minha cabeça. E você precisa de mim?

Adrian sorriu.

― preciso de você igual todos os seres vivos precisam do ar para sobreviver, preciso de você igual a lua precisa da noite, igual o sol que precisa do dia, igual as plantas precisam de água, igual aos peixes precisam de água, sem você por perto, Nicolly, minha existência não faz sentido. Eu amo você como nunca vou amar ninguém.

Eu estava chorando.

―eu te amo. ― eu disse, e sorri.

Então ele simplesmente me beijou. ― Vou te amar até os fins dos meus dias. ― ele sussurrou contra minha boca.

―eu também vou te amar pra sempre.

Então ele me pegou pela cintura e me colocou no cavalo. Depois montou também.

― onde vamos? ― perguntei.

―Vamos andar pelo mundo. Somente nós dois.

Então o cavalo começou a trotar em rumo ao desconhecido. Eu me aconcheguei no peito de Adrian. Eu finalmente estava em casa.

FIM

DESTINO (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora