Capitulo 17

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Me levanto rapidamente e me arrependo de ter feito isso. Me sinto tonta na mesma hora e tenho que me apoiar na cama.

—Ainda está fraca alteza! —Isaac diz.

—Não importa, Isaac, temos que ir.— Adrian me apoia pela cintura.

—Príncipe Adrian, foi um prazer servir a vossa majestade.—Isaac diz batendo continência.

—Do que você está falando Isaac?

—Se cuide princesa, foi uma honra servi-la todos esses anos. —Ele faz uma reverência.

—Príncipe Adrian, serás um magnífico rei.

—Ser rei não está no meu destino Isaac.

—O destino muda, alteza.

—Isaac o que você vai fazer?

—Vou atrasar os guardas.

—Não! Você pode morrer!— Digo entrando em desespero.

—Se isto acontecer, será uma honra morrer pela senhorita!

—Vamos Nicolly. — Adrian diz.

Nesse momento as portas do andar de cima são arrancadas das dobradiças.

—Vão! —Isaac diz. Adrian me arrasta para a passagem secreta. Olho uma última vez para Isaac, pois tenho certeza de que ele não sobreviverá a este ataque.

Então eu corro.

Nós corremos por uma caverna até pararmos na floresta. O tempo está nublado. Relâmpagos cortam o céu.

—Consegui correr sozinha, Nicolly?

—Acho que sim.

Ele me solta e puxa uma arma.

— Ande sempre na minha frente. —Assinto e começo a caminhar na frente dele.

Ouço tiros.

—CORRE! —Adrian grita. Nós corremos por entre árvores com sons de tiros ecoando ao nosso redor.

É difícil escapar assim, não vou mentir estou morrendo de medo.

Um grito ecoa atrás de mim, viro-me e vejo a camisa de Adrian manchada de sangue. Ele havia levado um tiro no braço esquerdo.

—Meu Deus! —O pânico é evidente na minha voz.

—Continue correndo, princesa!

Eu continuo, mas sempre olhando para trás para me certificar que Adrian esta ali. Mais tiros ecoam atrás de nós, Adrian atira algumas vezes com o braço bom.

Mas percebo que ele está ficando pálido, ele está perdendo muito sangue. Continuamos a correr até que os tiros param. Olho para trás e vejo que Adrian está encostado em uma árvore.

—Como você está?

—O tiro atravessou o braço, temos que fazer um curativo. A ferida está limpa.

Ele tenta andar, mas perdeu muito sangue e está fraco.

—Estou com as vistas escuras.— Ele murmura. Eu chego e apoio o braço bom dele no meu ombro.

—Vamos! —Eu digo.

Nós andamos até que encontramos uma caverna.

—Não podemos ficar aqui, Nicolly. Vão nos achar.

—Você está ferido. E vamos ficar aqui sim!

Eu deito ele no chão e tiro sua camisa. Droga porque ele tem que ter o abdômen tão definido? Tiro minha mente da barriga dele e me concentro em estacar o sangue, mas simplesmente não para.

—Nicolly, tenho uma ideia. — Adrian diz com dificuldade. —Faça uma fogueira.

Não sei como fazer uma fogueira, mas sigo as instruções de Adrian.

—Agora, pegue a faca de caça que está presa no meu cinto. — Pego a faca, estou ficando com medo do que ele iria pedir.

—Coloque a faca no fogo e deixe a lâmina esquentar, depois você colocará ela sobre o meu ferimento.

—Não posso fazer isso.

—Pode sim, e o único modo de parar o sangramento.

Assinto. A lâmina fica vermelha. Coloco um pano na boca de Adrian para abafar seus gritos. Minhas mãos tremem. Mas ignoro. Então coloco a faca no ferimento.

Adrian grita.

Os músculos de seu corpo se ressaltam.

Suor empapa sua camisa.

Depois disso ele desmaia.

DESTINO (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora