Capitulo 21

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Passam-se vários dias. Não dormi mais com Adrian, sinceramente não sei o que me deu, mas foi ótimo dormir nos braços dele.

Conforme se passavam os dias esfriava mais, e a preocupação com meus pais aumentava.

Adrian disse para não me preocupar, pois os guardas que estavam subordinados a ele não o trairiam. Me conformo com isso, eu também não posso fazer nada com todo esse frio que esta fazendo, este inverno se mostra mais rigoroso do que o esperado.

Eu acordo esta manhã com mais frio, se é que isto é possível, visto um vestido comprido, com mangas que além de ser confortável me deixam aquecida, saio do quarto e não acho Adrian em casa, o que não é estranho, já que ele sai toda manhã. Abro a porta e a vista que tenho me surpreende. Está nevando, não me lembro da última vez que nevou em Fardiem. Caminho maravilhada com aquela cena tão rara. A paisagem está incrível, não consigo achar palavras para descrevê-la, a neve cobri o chão, o teto das casas que ainda estavam de pé, os picos das árvores. É incrível. A cena mais linda que já vi em toda a minha vida.

—Você está parecendo uma criança!

Abro um sorriso sem me virar para olhá-lo.

—A última vez que vi neve eu era uma criança!

—Você está com uma expressão linda!

—Me lembra minha infância! Eu brincando com minha mãe e a Anne.

Ele não diz nada, então sinto algo gelado bater em minhas costas, eu me viro rapidamente.

Isso não vale!

—Eu brincava de guerra de bolas de neves quando criança. — Ele da de ombros com uma expressão totalmente diferente da que vejo todos os dias, ele está alegre.

—Lembrando que você começou!

Realmente começamos uma guerra de bolas de neve. Meu Deus eu não me diverto assim a tempos. Eu só consigo rir, até que ele atira uma bola no meu rosto. Começo a correr atrás dele.

Corri tanto que cai.

—Meu pé. — digo.

Ele corre pra me ajudar.

—Você está bem?

—Idiota!— digo rindo e jogando neve na cara dele. Tento me levantar, mas ele me segura pela cintura e caiu novamente e começamos a rolar pela neve.

Eu não consigo parar de gargalhar. Quando paramos, ele está em cima de mim.

—Você é linda!

Eu abro os olhos, os olhos dele são incríveis.

—Sou?

—Incrivelmente linda! — Ele segura meu rosto. Me aproximo mais, apenas alguns centímetros nos separam.

—Nicolly, se você não quiser que eu te beije é melhor falar agora.

Não digo nada. Apenas acabo com a distância.

Meus lábios tocam o seu. Um toque gentil, como se fosse o roçar do vento na pele.

Então ele aprofunda o beijo e não consigo descrever o que eu senti, só sei dizer que é incrível. A boca dele super macia e quente.

Ele me beija como se eu fosse quebrar. Ele era perfeito.

—É MELHOR VOCÊ LARGAR ELA OU NÃO ME RESPONSABILIZO PELOS MEUS ATOS!

Paro de beijar Adrian, reconheço essa voz, eu sei muito bem quem acabou de chegar.

DESTINO (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora