Capítulo 29

1.4K 161 9
                                    

Eu abracei um de cada vez.

―não consigo acreditar que você está aqui. ― meu pai disse.― Pensei que tinha conseguido fugir.

―por um tempo sim, pai. Mas fui traída.

―Traída por quem minha menina? ― Anne perguntou.

―Pelo Gabriel.

Anne tinha um olhar de surpresa e decepção. Minha mãe era puro espanto. Não consegui decifrar a expressão do meu pai.

―Não esperava isso dele. ― minha mãe declarou por fim.

―Não é sua culpa, Charlotte. ― Anne disse.

―Eu sei, mas...― minha mãe parou e olhou pra mim.

―Eu sei de tudo.―eu disse. Consegui a atenção dos três.

―Quem contou?―minha mãe perguntou.

―o Gabriel ― eu disse. ― Aconteceu algumas e eu acabei descobrindo a verdade.

―Que coisas? ―Meu pai perguntou.

Fiz um resumo de tudo o que aconteceu, deixando de fora as partes dos beijos com Gabriel e Adrian.

―É minha culpa!― minha mãe disse.

―não é querida. ― meu pai disse abraçando minha mãe. ― A culpa é minha deveria tê-lo criado aqui no castelo. Poderia ter dito que vocês eram irmãos gêmeos.

―A culpa é minha também, não deveria ter dito pra você procurar o Gabriel.

―A culpa não é de nenhum de vocês. O Gabriel já é bem grandinho pra saber que as escolhas dele teram consequências.

―O que você acha de tudo que descobriu? ― Anne perguntou. Eu sorri.

―A melhor parte dessa história inteira é que eu descobri que tenho duas mães.

Abracei as duas de uma vez.

A cela foi aberta mais uma vez.

E os guardas jogaram Alana ali dentro.

―Alana. ― eu disse indo pra perto dela. ― O que vocês fizeram?

Eles apenas sorriram e foram embora.

―Eu vou matar vocês!― Meu pai gritou indo pra perto de mim.

―Alana, fala comigo filha! Por favor.

As roupas dela estavam rasgadas e sujas de sangue. Anne chegou perto nós e colocou a mão na boca.

―Meu Deus! Eles abusaram da nossa filha Willian!

Ela começou a chorar.

―Mãe?― Alana sussurrou.

―Estou aqui meu bem! ―Ela e o meu pai abraçaram Alana que chorava baixinho.

Fui até onde minha mãe estava.

―Perdão minha filha.

―Não peça desculpas, mãe ― Falei abraçando-a. ― está tudo bem.

―Seu pai e a Anne não deveriam estar sofrendo com os meus erros.

―Não se condene, não é sua culpa, é do rei Raphael.

―Como vamos sair daqui, Nicolly?

―O Adrian vai dar um jeito, eu tenho certeza.

DESTINO (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora