4- Quem é ela?

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Se passaram alguns dias e lá estava eu, sendo popular antes da hora. Sempre que saía me deparavacom alguém confirmando se eu era mesmo o *famoso* Seger que todos comentavam. Já era acostumado com isso, então nem liguei muito.

Um dia fui até a casa do meu amigo Roger para batermos um papo. Estava lá: eu, Roger, Filipe, Caio e Matheus. Ficamos la jogando, rindo e conversando sobre meninas. Até que eu disse uma coisa.

-Aqui, vocês sabem quem é Lucy Heinen?

Todos me olharam como se eu fosse estranho.

-Lucy? A Heinen? Você conhece ela? -Filipe se espantou.

-Conheço... o que tem de errado nisso? -falei com um olhar sério.

-Nada não... É que ela não é muito de falar e tals. Ela pode até ser legal, mas nunca faria o meu tipo... - disse Caio se levantando para pegar uma pipoca que estava na mesa.

- Quem disse que ela é meu tipo?! -fico um pouco constrangido.

Todos começaram a rir, mas me falaram tudo do que sabiam dela. Não era muito, mas o suficiente para ver o quão ela é diferentes de todas as garotas que já falei na minha vida.

Fui para casa pensando em como seria aquela garota que todos falam com dúvidas.

-Estou curioso para desvendar esse mistério. Quem é Lucy Heinen? -olhando para o céu tão azul que dá vontade de focal lá.

Entrei em casa, fui direto para o banheiro tomar banho. Saindo de lá fiquei deitado, devia ser umas sete horas. Assisti a um filme, mas após o mesmo acabar fiquei entediado.

-Aahhh... -me espreguicei. -Voucomprar alguma coisa para eu comer.

Vesti uma blusa e botei um casaco para tão ar o frio e fui andando pela rua.

Estava um pouco nublado quando sai de casa. Passei no Subway, que era uns quatro quarteirões da minha casa. Comprei o maior de todos. Saí da lanchonete e fui andando para casa até que vi algo que me deixou muito feliz.

Entrei em uma loja de CD's que ficava em uma rua um tanto deserta. Lucy Heinen estava dentro! Fiquei tão feliz que antes dela me ver ja fui falando:

-Olha quem eu encontrei aqui! Lucy Heinen! Quanto tempo em!

Ela olhou com uma expressão assustada, como se algo tinha acontecido.

-Ah. Oi. -ainda preocupada.

-Você ta estranha... -olho desconfiadamente para seus olhos. -aconteceu alguma coisa?

Ela começou a olhar para baixo e parecia que ia chorar, mas não chorou.

-Se quiser me falar algo pode confiar em mim tá? Não pareço muito confiável fisicamente, mas eu sou.

-É que... - Ela exitou um pouco em falar. -Eu estava andando na rua e..

Ela me contou a história toda, do que tinha acontecido e tals, ai eu tive uma ideia.

-Aqui. Nos dois vamos sair daq... -antes de terminar minha fala ela me interrompeu.

-NÃO! Eles vão me matar la fora!!! Depois do que eu fiz com o amigo deles? Tô morta!

-Posso continuar? - ela fez que vim com a cabeça e revirou os olhos como se fosse obrigada a escutar. -Nós dois vamos sair daqui juntos. Se eles se aproximarem, não irei deixar encostarem um dedo em você!

No final ela acabou topando a minha ideia. Saímos da loja que ja estava fechando, e como ela disse, os tals *garotos* esperavam por ela na rua. Eles olharam para nós é vieram e nossa direção.

Sem lhe dizer nada, virei ela para minha frente, olhei em seus olhos. Como eram simples mas bonitos.

A beijei.

Um beijo demorado, segurei em sua cintura, senti ela ficando na ponta dos pés. Percebi que os caras que estavam perseguindo ela irem embora. Soltei ela devagar. Ela está muito vermelha, muito fofa!

- Você está bem? Tá muito vermelha.

-E-eu bem?! V-você sabe o que acabou de fazer?! - fala ela toda envergonhada.

-Eu só fiz isso para eles irem embora e te deixarem em paz. -me expliquei enquanto ela olhava para baixo mais envergonhada ainda. -Pera... não me diga que...

Ela olhou para mim com um olhar de raiva mas porém super envergonhada.

-DESCULPAAA!!! EU NÃO SABIA! -fico desesperado em saber que era o primeiro beijo dela.

Posso não entender o porquê, mas sei que o primeiro beijo de uma garota é muito importante. E acabei de estragar tudo para ela. Me ajuelhei.

-Desculpa mesmo! Não pensei antes de fazer isso!

-N-não precisa se ajoelhar não... T-ta tudo bem... - ela olha para o lado ainda corada.

-Sério mesmo? -me levantei olhando para ela preocupado.

Então ela fez que sim com a cabeça, uns movimentos minúsculos mas deu para ver. Sorri com um sentimento de culpa, então cheguei mais perto dela e a abracei por algum tempo.

-Preciso ir para casa agora. - fala ela ainda entre meus braços. -Ja é tarde.

A solto e abaixo até chegar em sua altura. Sorrio e digo.

-Vou te acompanhar então. Não terminei a minha missão de te proteger.

Fomos andando até a casa dela. A cada minuto que se passava, mais frio ficava. Percebi que ela não tinha nada para se cobrir, então joguei minha blusa de frio em cima dela.

-Parece que está com frio. Vista.

Ela colocou, e parecia um vestido de tão grande ficou o moletom. Comecei a rir.

-Do que você está rindo?

-Ficou engraçado. -ainda rindo. Vi ela ficando envergonhada com a cabeça baixa. -Sabia que você é fofa?

-Eu não sou fofa... - fala ela com a voz baixa.

Ofereço para ela um pedaço do meu sanduíche que acabou aceitando. Então ficamos andando até que chegamos na casa dela, uma casa grande de dois andares. Muito bonita em comparação a minha.

-Minha jornada acabou por aqui. -falei com uma voz engraçada fazendo ela rir.

-Boa noite. E muito obrigada por me ajudar. Te devo uma.

-Deve nada! Só tome mais cuidado em. -vejo ela revirando os olhos. Deve ter lembrado do dia em que eu esbarrei nela e que disse a mesma coisa.

Passei a mão em sua cabeça esfregando e me virei indo para casa. Foi um dia bem legal.

Defina: AMOR (PARADA PARA REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora