Acordei e já era segunda. Me sentei na cama e fiquei lembrando do dia de ontem, pensava que tinha sido um sonho, mas não foi.
Entrei no banheiro e tomei um banho, quando olhei o relógio ja estava na hora. Troquei de roupa apressadamente e fui até a cozinha. Dei bom dia para meu pai e minha madrasta e sai às pressas de casa.
Consegui chegar a tempo e ja me deparei com Grace pulando em cima de mim. Ela parecia que tinha tomado energético.
-O que foi? -disse me soltando dela.
-To sabendo... -fala com um olhar malicioso. -Me conta tudo do que aconteceu ontem!
- Você já sabe?! -puxo ela para um canto perto dos armários.
-Todo mundo ja sabe!
Fiquei pasma. Até aonde todos ja sabiam? Será que foi ele que contou? Meu Deus, to morta, não sei aonde botar meu rosto agora.
-Me fala até aonde todo mundo ja sabe. Agora! -arregalei os olhos desesperada.
-Okay. Primeiramente, soube que o Thomas te convidou para um encontro, ai você aceitou. Ele te levou para um restaurante chique e depois de comer, foram até a praia andar. E soube também que vocês ficaram igual a um casalzinho lá. -ela estava muito feliz contando para mim enquanto eu estava de boca aberta.
Não sabia o que fazer, estava super vermelha e desesperada. A única coisa que pensava era achar o Thoams e esclarecer tudo, literalmente tudo, com ele. Sem querer saí deixando Grace falando sozinha.
-EI! Aonde você vai?! -grita ela.
-Depois a gente conversa! -começo a correr a procura do Thomas.
Já tinha percorrido a escola toda e não achara ele ainda. Até que me lembrei de um lugar em que não tinha procura do ainda. Me encaminhem até a área infantil e vi ele sentado no pátio das criancinhas. Senti um alívio e um nervosismo ao mesmo tempo. Fui até ele.
-Lucy Heinen. -disse ele surpreso comigo. -Que surpresa te ver aqui.
Não falei nem uma palavra, não saía nada. Só olhei para seu rosto, estava toda vermelha, mas mesmo assim fixei meus olhos nos dele por um momento, até ele desviar. Não sei o porquê mas fiquei com um pouco de raiva e soltei tudo que não deveria ter soltado.
-Vai ficar ai com cara de sonsso como se não soubesse de nada?! Você acha que não tem nada para falar para mim não?! -ele continuou quieto, o que me fez irritar mais ainda. -IDIOTA!
Por impulso virei de costas para ele e comecei a andar pisando forte. Estava chorando, não acreditava que ele tinha me ignorado daquele jeito. Sentia tristeza e decepção. Decepção por ter me apaixonado por uma pessoa que nem ligava para mim.
Em meio de tantas lágrimas senti algo me puchando. Ele me sentou em seu colo e me abraçou por trás. Senti mais lágrimas esconderem desesperadamente em minha bochechas, não sabia o que fazer naquele momento. Não pensava em nada. Apena fiquei lá envolvida em seus braços.
Já se fazia algum tempo que estávamos lá até que ele finalmente falou.
-Desculpa por antes. Não pense que eu não gosto de você. Na verdade eu te amo, só que quando você chegou, não sabia o que falar, aonde enfiar minha cara. -ele falava abafado encostando sua cabeça em minhas costas.
-Desculpa por chegar ja nervosa e gritando com você. É que estava desesperada. -me virei para ele.
Eu ainda chorava, mas nem tanto quanto antes. Ele me olhou e pôs sua mão em meu rosto deslizando seu polegar em minha bochecha enchugando as lágrimas que ainda caíam.
-Eu te fiz chorar... -ele do nada me abraçou. -Desculpa.
Se passou um tempo que estávamos lá. De sete aulas, matamos umas quatro e depois era o recreio. Já tinha me recuperado do choro e me separei dele.
-Como que vai ficar agora? Todos ja sabem. -falo virada para ele.
-Não faço ideia. Por isso que vim para cá. Para pensar um pouco no que fazer, se existe alguma solução. Mas não achei nenhuma que prestasse.
-Vou ter que aturar os olhares de todo mundo da escola por um bom e longo tempo. -dou um sorriso sem graça.
Nos levantamos e ficamos lá parados perdidos em qual caminho ir.
-Acho que temos que ficar sem nos falar um pouco na escola. Para ver se esquecem dessa fofoca. -diz ele desanimado.
Olho para ele triste e tento sorrir, mas não deu muito certo. Nos abraçamos e fomos para nossas respectivas salas.
Via muitos grupos comentando quando passava, me sentia encomodada, mas não podia fazer nada. Quando cheguei na sala de aula, menti para o professor que estava na enfermaria e ele acabou que me deixou entrar. E de novo vários olhares, porém um desses olhares era de preocupação. Grace. Tinha deixado ela falando sozinha na entrada, ia explicar tudo para ela no final da aula.Foram os quarenta minutos mais longos da minha vida, quando o sinal tocou guardei meu material e fui até a mesa de Grace.
-Oi. Desculpa por te deixar falando sozinha. -tentei sorrir.
-Não tem problema não. Da para ver que foi importante ter me deixado lá. Mas terá que me contar tudo! Dês desse babado até quando você sumiu, porque eu não acredito que estava na enfermaria. -ela bota a mão no meu rosto. -Estava chorando né?
Saímos da escola e fomos até uma lanchonete. Contei tudo para ela, nos mínimos detalhes. Só não consegui ficar feliz com o que falava, sobre tudo do que tinha acontecido. Parecia que minha felicidade tinha ido toda embora.
-Mas vocês vão ficar sem se falarem? Como assim?! -ela fica pasma.
-É isso ai. Até todos esquecerem um pouco da história. -dou uma mordida no hambúrguer.
-Nossa... que chato em. - disse ela após um suspiro. -Mas me diz! Vocês estão namorando?
-O-oi??? -fico toda vermelha me engasgado com o hambúrguer em minha boca. -C-claro que não! Porque estaria?
Ela começa a rir. Ficamos conversando até que percebo a hora, precisava ir para casa. Me despedi dela e fui embora. Percebia tudo que acontecia na rua, mas eu não estava lá. Meu corpo estava sozinho, sem alma e consciência. Estava vazia.
Me peguei parada no sinal aberto para mim, então atravessei. Consegui ver como estava o dia. Frio e nublado como sempre do nada uma luz, era um carro em alta velocidade. Não tinha como me desviar, só esperei a minha hora.
Foi por alguns segundos, me vi caída no chão e um menino em cima de mim.
O que aconteceu?!
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Defina: AMOR (PARADA PARA REVISÃO)
RomansaOlá, meu nome é Lucy Heinen uma garota simplismente normal do ensino médio a procrura de um amor incondicional, mas possui um mínimo problema: a tal da experiência, que infelizmente nunca existiu. Não sei se possuo o melhor gosto do mundo, mas fui m...