38 - O garçom

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Depois de tanto tempo eu consegui att um Cap.

Boa leitura minna! ❤

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Estava dormindo fazia tempo quando ouvi batidas na porta da cabine em que estava. Acordei e vi um homem jovem vestido de garçom. Seu cabelo era um castanho claro e tinha olhos esverdeados.

-Licença, mas o trem fez uma parada e eu estou oferecendo um lanche. A senhorita aceita?

-Ah, oi. Sim, eu aceito, obrigada.

Ele voltou ao corredor e logo após trouxe consigo um pequeno carrinho onde continha vários tipos de biscoitos, bolos e algumas bebidas. Escolhi pouca coisa pelo fato de me enjoar muito rápido.

-Está aqui senhorita. Aceita alguma bebida?

Depois de me servir um suco de laranja, eu o paguei pela refeição e então, ele se retirou da cabine com o seu carrinho.

Comia ligeiramente pois o trem comecara a andar. Fiquei sem conseguir dormir e então peguei em minha mochila um remédio, pois estava com ânsia de vômito e um pouco tonta.

Senti uma pequena dor em minhas mãos até que comecei a lembrar de tudo daquele dia, tinha sido especial, de certa forma e sem minha permissão um sorriso apareceu em meu rosto enquanto olhava elas ainda enfaixadas. Eu tinha me apaixonado novamente por ele, mas no fundo de meu coração, sentia que algo poderia acontecer se voltasse, então resolvi me afastar um pouco.

Eu te amo.

-Também seu idiota.

Me peguei conversando sozinha e acabei rindo de mim mesma. Eu estava feliz por ter ouvido todas aquelas palavras. Minha cabeça girava e doía cada vez mais, então resolvi ver se no trem havia algum remédio, o meu já havia acabado.

Saí da cabine e andava cada vez mais devagar. Me lembrei do garçom que me oferecera o lanche e então fui à sua procura.

O trem era gigantesco e quase impossível de achar o garçom. Resolvi parar e retomar meu fôlego até que ouvi um barulho muito alto parecido como de um tiro seguido de alguns gritos de pessoas. Me assustei e não sabia o que fazer. Minha respiração começou a falhar e tentei correr para o mais longe possível do barulho.

Cada vez mais me sentia fraca e tonta até que uma hora tive que parar, estava me sentindo quente e não tinha força nenhuma.

Merda Lucy. Logo agora?

Já estava esperando o pior, tudo começou a ficar branco, mas algo me segurou antes de cair completamente no chão.

-Ei! Fica calma! Vamos sair daqui!

Era uma voz de homem, mas não conseguia ver seu rosto. Ele me ajudava a andar pelo trem até que entramos em uma cabine que era diferente das dos passageiros.

-O que aconteceu? Porque está tão quente?

Senti algo gelado começando a escorrer em minha cabeça, ele me deitou em seu colo e só foi ai que vi. Era o garçom que procurava. Parecia preocupado e olhava toda hora para a porta. Estávamos em um banheiro, a porta trancada e muitos gritos e passos apressados nos corredores.

-Ei! Você consegue me ouvir?

Tentei falar, mas meu corpo não respondia a meus comandos e sentia um enorme cansaço. Ele desesperadamente fazia várias perguntas, mas em vão.

Antes que percebesse, ele estava acima de mim e começava a tirar minha roupa. Em meu estado era impossível me defender e já estava sem a minha blusa. Tentei gritar, mas fui impedida por sua mão em minha boca.

Mas em um breve momento em que ele pôs uma de suas mãos em meu short, imaginei coisas horríveis em que ele poderia fazer comigo, então o empurrei e me levantei rapidamente, mas aquela força tinha sumido e voltei ao chão batendo minha boca na pia a contando.

-Você está doida? -ele dizia baixo enquanto se levantava. -Se fizermos barulho irão nos encontrar e só estou tentando te ajudar.

Ele foi tirando seu paletó e se aproximando de mim cada vez mais. Não sabia mais oque fazer, estava perdida. Fechei meus olhos e a única coisa que sentia era medo.

-Calma. Eu vou te proteger.

Ao ouvir, abri meus olhos e vi o garçom pondo sua vestimenta sobre meus ombros.

-Não irei fazer mal algum. Só estava tentando retirar suas roupas pelo fato de estar soando muito e eu sei um pouco sobre primeiros socorros.

Algo havia parado de pesar em mim e sem minha permissão um sorriso de alívio veio até meu rosto.

-O-obrigada...

Depois disso, não lembro de mais nada a não ser de uma escuridão.

Defina: AMOR (PARADA PARA REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora