36- Prazer, idiota

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TO de volta! Fiz esse Cap com mt carinho.

Espero q gostem ❤

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Logo no primeiro taxi que vi ja fui entrando e pedindo-lhe que fosse até o endereço da casa da Lucy. Ela deve estar sozinha por conta do trabalho dos pais.

Quando cheguei, percebi que estava certo. O carro de ninguém estava na garagem. Paguei o cara do táxi e fui direto para a entrada às pressas.

-Lucy! Ei! -gritava ao mesmo tempo batendo na porta. -Abre para mim! Quero falar com você!

Nada. Mil coisas me veio à cabeça. Estar desmaiada, ter se cortado, ter quebrado tudo dentro de casa, e o pior, estar chorando.

-Lucy abre a porta, por favor!

Ela não iria abrir de nenhuma maneira, então fui para a janela de seu quarto que estava aberta, mas não a vi em canto algum. Empurrei sem muita esperança a janela do quarto e pela minha surpresa estava aberta.

Entrei e tive uma visão mais ampla, literalmente tudo jogado no chão.

Onde você tá Lucy...

Enquanto passava pela bagunça vi um porta retrato de cabeça para baixo. O virei e me surpreendi com a fotografia, que agora estava com um trincado de fora a fora.

Lucy, você guardou isso...

Era uma foto nossa um fazendo chifre um no outro. Em um segundo me peguei com um leve sorriso no rosto. Eram bons tempos aqueles que passávamos juntos.

-Saudades. -disse para mim mesmo até que ouvi um barulho no banheiro. -Lucy? -me aproximei e vi que a porta estava trancada. -Sei que está ai, abre por favor.

-Sai daqui. -ouço ela falando um pouco baixo, mas era claro que estava chorando.

-Quero falar com você.

-Ja disse para ir! -ela grita e ouço um vidro se quebrando.

-Lucy! Você tá bem? -um silêncio predomina por um tempo enquanto só ouvia seus soluços. Aquilo me doía. -Lucy... -foi nessa hora em que ela abriu a porta.

Não consegui me mover, ela estava muito mal. Ainda usava o vestido da festa, seu rosto estava todo manchado por causa das lágrimas em contato com a maquiagem, mas o pior era sua expressão.

Ela me encarava seriamente e mesmo com tantas lágrimas, não existia brilho nenhum nos olhos. Se aproximava cada vez mais até suas mãos se encontrarem em meu peito. Batia e batia. Estavam ensaguentadas, oque me deixou assustado, mas sua dor não era pelo sangramento externo, mas interno.

Não havia fim. Cada soco que dava ia ficando mais fraco e lento. Só conseguia olhar, pois falar não tinha direito algum. Apenas a abracei depois de suas forças acabarem, a abracei bem forte até alguma coisa desconhecida deslizar em meu rosto. Era quente e ao mesmo tempo molhado.

Estou chorando?

Lucy não se movia nem um centímetro, apenas ficamos lá abraçados. Sabia oque estava sentindo, pois aconteceu a mesma coisa comigo de quando ela estava no hospital.

Ela chorava muito entre meu peito, segurava meu paletó com muita força. Lembrei-me de suas mãos e sentei junto com ela à cama, que ainda estava agarrada a mim.

-Deixa eu ver suas mãos. -me afastei um pouco e as segurei. Nessa hora já tinha parado de chorar e me concentrava em cuidar da Lucy.

-Sai daqui. -ela persiste sem força alguma para se mover. -Por favor.

-Não até eu cuidar de você. -olhava sua mão que estava bem ferida.

Me levantei e fui para o banheiro, me deparei com tudo jogado e espalhado no chão. Achei gazes, anti-séptico, um vidro de álcool absoluto e um rolo de esparadrapo.

-Isso deve servir. -peguei as coisas e voltei. Ela estava quieta e olhava para suas mãos.

Comecei a limpar e ouvia algumas vezes uns gemidos de dor que deixava escapar. Fiquei aliviado por ver que não eram profundo os cortes e finalizei enfaixando algumas partes.
-Prontinho.

Ela ainda olhava para baixo como se estivesse morta. Como um zumbi. Não sabia e nem tinha oque dizer naquela situação, mas teria que conversar um hora ou outra.

-Grace me falou do que aconteceu. -ela permaneceu quieta. -Sabe, estou muito preocupado com você. Na verdade, sempre estive.

-Pare de mentir.

-Não estou mentindo. Penso em você todo dia. Se está bem, se está feliz, se me esqueceu por completo.

-Você sabe que eu nunca te esqueci e ainda ficava me provocando. -falava ainda sem olhar para mim.

-Eu te provocando?! -já aumentava meu tom de voz.

-Isso mesmo que ouviu! Você sempre aparecia na minha frente agarrado com aquela Sheyla. Sou idiota não ta?! -ela começou a me olhar como se estivesse com ódio.

Sabia que aquela conversa não ia durar muito até se transformar em uma briga. Então resolvi ficar quieto e não rebate-la.

-Desculpa então. Via ela falando com você, mas sempre que chegava perto, estavam se despedindo. Ela te disse alguma coisa? -ela abaixou a cabeça.

-Ela sempre me dizia que vocês dois estavam bem, que voltaram e tudo. Falava para me provocar, e eu a idiota, acreditava.

-Agora vou deixar tudo claro. -segurei seu queixo a fasendo olhar para mim. -Não estou comprometido com ela, nunca gostei realmente da Sheyla. Quem eu realmente gostava era de uma garota que nem conhecia, mas quando nos esbarramos pela primeira vez, sabia que minha procura tinha chegado ou fim.

Ela estava em transe, seus olhos se arregalaram e finalmente consegui ver brilho neles. Seu rosto começou a corar e quando se tocou, desviou seu olhar do meu. Percebi que estava envergonhada e por puro impulso virei novamente seu rosto e a beijei. Por um momento ela exitou, mas depois relaxou botando suas mãos em meu rosto.

Como estava com saudade daquele beijo, daqueles lábios, daquele calor que sentia sempre quando nos beijavamos. Pus minhas mãos em sua sintura e aproximei nossos corpos cada vez mais até que o beijo começou a se tornar intenso. Paramos, infelismente, pela falta de ar, encostamos nossas testas e entrelaçamos nossos dedos até que tive a coragem de lhe dizer mais uma vez aquela frase.

-Eu te amo. -ainda com as testas encostadas percebi que ela estava sorrindo. Me surpreendi quando ela me deu alguns selinhos em minha boca e finalizou dizendo.

-Eu também te amo. -sua voz estava embargada e foi quando percebi que ela estava chorando.

A abracei e tudo que estava preso dentro do seu coração tinha saído em forma de rios de lágrimas. Ela falava entre o choro: "Eu te amo" e "Desculpa", senti uma vontade de nunca mais solta-la.

Ela era minha de novo.

Defina: AMOR (PARADA PARA REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora