As férias terminaram em um piscar de olhos. Muitas coisas aconteceram desde quando encontrei ele. Mas já é hora de esquece-lo.
Acordo cedo e levanto para me arrumar. Botei o uniforme, peguei minha mochila e fui para a escola comendo meu café. Um biscoito grandão e um todinho.
Chego na escola. Tudo normal, o de sempre. Pessoas felizes por reencontrar seus amigos e tals. Só uma coisa que eu reparei, que não era normal. A maioria das pessoas estava me olhando de lado, comentando e dando sorrisinhos. Será que fiz algo de errado?
-Oiii! Que saudades! -uma menina pulou em cima de mim me abraçando. Era a Grace.
-Pois é...
-Então? Preparada?
-Para que? -falei em um tom de que não ligava. -Vai ser tudo a mesma coisa de sempre.
Ela recitou os olhos e depois soltou uma gargalhada. Não entendi nada, mas deixei ela. Quando terminou de rir eu perguntei o que estava me incomodando.
-Aqui... você sabe qual o motivo de todos me olharem de canto de olho? Isso nunca aconteceu.
-Não sei. Como eu viajei nas férias, acabei perdendo muito papo. -e ela tava certa. Se acontecesse alguma coisa relacionada a escola, ela iria ser uma das primeiras a saber.
Dei um "tchau" para ela e fui até meu armário, peguei alguns livros quando tocou o sinal, tive que ir para a sala. Com cuidado para não derrubar os livros nãoprestei muita atenção, mas algo esbarrou em mim, fazendo com que tudo caísse no chão.
Não adiantou de nada todo aquele cuidado...
Me abaixe para pegar, mas alguém foi me ajudar. Era a pessoa que tinha derrubado tudo. A pessoa que esbarrou em mim. Thomas Seger em pessoa.
Olhei para ele paralisada até que ele quebrou o silêncio.
-Ue! Olha quem tá me perseguindo! - fala ele se levantando com a maioria dos livros.
-O que que você tá fazendo aqui??? -lho para seu uniforme. Isso não pode estar acontecendo. -Não... Não me diga que você é o tal do novato?
Ele meio que fez uma reverência afirmando o que eu tinha falado com um sorriso no rosto.
-É um prazer te rever tá? Mesmo não sendo igual para você... - fala ele a última frase baixo mas que deu para ouvir.
-Não... -bato no rosto. -Não quis dizer isso... eu só fiquei surpresa.
-Então ta. - ele ri. Chega mais perto e me dá um abraço muito apertado que me fez sair do chão a alguns centímetros.
-O-o que você ta fazendo??? - falo desesperada.
-Te abraçando. - fala ele continuando a me abraçar.
Quando ele me desceu percebi que já estava já atrasada para a aula.
-Eu preciso ir! - olho para ele olhando para os livros.
-São muito pesados. Vou te ajudar!
-Não precisa! Você tem aula também agora.
Ele insistiu e não teve jeito, me acompanhou até a porta da minha sala.
-Agora você tem que ir. Tchau. - disse para ele.
-Até a próxima Lucy Heinen! - fala ele já indo dando tchau com a mão.
Entro na sala com todos me olhando. Não só por eu chegar atrasada, mas por algum outro motivo que eu não sabia.
Acaba-se as aulas e Grace vai até minha mesa e fala.
-Eu já sei do porquê de todos te olharem. - fala ela em quanto ouço. -Parece que um boato ta rolando de que você... -esitou um pouco. -se que você e o novato andavam se encontrando durante as férias.
-OIIII??? -fiquei super surpresa e envergonhada, ficando um pouco vermelha.
-Pela cara que você fez parece que é verdade... -olha ela com uma expressão meio sorridente meio duvidosa.
Contei tudo o que tinha acontecido para ela, que me insistiu muito. Saí da sala de aula e guardei meus livros no armário.
Encostei no armário e comecei a pensar nele. Puts... olha onde fui me meter.
Passou-se um tempo e saí da escola. Estava muito quente. Não tinha nada para eu fazer. Tentei encontrar a Grace na saída, mas não a encontrava em nenhum lugar.
Fui olhar em outra saída, mas me arrependi. Vi o Thomas agarrado e beijando uma garota. Era bonita. Não sei, mas senti um aperto no coração, não consegui olhar mais para os dois. Saio correndo.
Parei em uma rua já cansada. Eu to... chorando?
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Defina: AMOR (PARADA PARA REVISÃO)
Roman d'amourOlá, meu nome é Lucy Heinen uma garota simplismente normal do ensino médio a procrura de um amor incondicional, mas possui um mínimo problema: a tal da experiência, que infelizmente nunca existiu. Não sei se possuo o melhor gosto do mundo, mas fui m...