Acordei ainda na rua. Estava com uma dor de cabeça terrível, me levantei assustada e vi que alguém me segurou.
-O que aconteceu? -olhei para ele assustada ainda com a visão embasada.
-Calma! Um carro quase te atropelou, você desmaiou então trate de descansar.
Me sentei e esperei até minha consciência retomar, quando vi quem era que tinha me salvado fiquei sem palavras. Ele acabou percebendo que eu só fui ver naquele momento.
-Oi Luh! Lembra de mim? -diz ele sorrindo.
-Guilherme! É você mesmo? Não acredito que está aqui! -fico paralizada.
Ele era meu melhor amigo de quando eu era pequena. Fazia anos que não nos vimos e também ele mora longe, que eu me lembre.
-Sou eu mesmo! Me mudei para essa cidade por causa da minha família.
Não estava acreditando que ele estava em minha frente. Botei a mão na minha cabeça por causa da dor que permanecia nela. Senti algo molhado e olhei para minha mão, estava cheia de sangue. Fiquei tonta ao ver.
-Ei! Oque aconteceu?! Lucy! Responde! -não consegui escutar nada e nem ver a não ser uma escuridão.
...
Acordei em um lugar claro, acho que era um hospital. Me sentei e não vi ninguém la por perto. Me levantei e fui até um espelho e vi que minha cabeça estava enfaixada. Saí daquele quarto, me trazia uma sensação ruim. Não gostava de hospitais.
Fui andando até minha casa. Não era muito longe. Cheguei em casa, e como sempre, ninguém estava lá. Fui tomar um banho pois estava toda suja, parecia que em todo lugar que eu via, tinha um arranhão.
Saí do banho e fiz alguns curativos, me deitei e caí no sono. Já era umas oito da noite quando acordei, fiz meus deveres e fui na padaria comprar um pão para jantar. Esse era o ruim de não saber cozinhar, tinha que aprender.
Meu pai trabalha em um escritório e as vezes virava a noite, hoje foi um desses dias e minha madrasta ela trabalhava em outra cidade, então fica o dia todo fora. Resumindo, é só eu e a casa.
Vesti uma roupa de frio e saí. Fiquei quase o caminho todo suspirando, me lembrando do dia. Quando me lembrava que não poderia falar com o Thomas me sentia triste, parecia que ia chorar, mas também me lembrei que tinha visto o Guilherme, ou será que tinha sido um sonho?
Tentei me desviar daqueles pensamentos mas eles sempre insistiam em voltar. Cheguei na padaria e me deparei com quem eu menos e mais queria encontrar. Thomas.
Ele não tinha me visto, espero. Peguei dois pães de sal e um sonho gigante então fui para o caixa, sai da padaria. Será que estava fazendo a coisa certa não falando com ele?
Queria muito me virar e abraçar ele, mas meu sub consciente é muito teimoso.
Sou nada!
Cala a boca!
Estava com uma dor de cabeça infernal. Parei por um instante e me encostei em uma parede, estava tonta e não sabia o que fazer. Sinto uma mão encostar sobre meu ombro, me virei e vi Thomas com uma expressão preocupada.
-Ei. Você tá bem? Que isso na sua cabeça? -disse ele me virando para si.
-To bem... Eu só fui quase atropelada, mas um garoto me salvou... -cambaleei então ele me segurou sendo uma parede humana.
-Vou te levar para sua casa.
-Não! Por favor... Me sinto sozinha lá.
-Ta. Mas vou ter que te levar para a minha então. Precisa tomar algum remédio. -assenti com a cabeça e ele me ajudou a andar até sua casa.
Quando chegamos, vi que não era literalmente uma casa, era um apartamento pequeno e simples. Subimos pelo elevador e no quarto andar era sua "casa". Entramos e ele me sentou em um sofá que tinha lá.
Fiquei observando tudo enquanto ele pegava o remédio. Era um apartamento bonitinho, não era bagunçado mas também não era aquele negócio super arrumado. Ele voltou com uma caixa e se sentou ao meu lado.
-Aqui. Qual deses você pode tomar?
-Esse ta bom. -ele me deu um copo de água e eu tomei.
Ele trocou as ataduras de minha cabeça e depois ficamos la em silêncio por um tempo. O assunto não chegava. Então resolvi quebrar aquele maldito silêncio.
-Não era para estarmos juntos. Você sabe. -falei baixo.
-Eu sei. Mas não podia te deixar naquele estado em que você estava. - ele me abraça.
Me senti feliz de estar daquele jeito com ele. Parecia que o vazio dentro de mim tinha sido preenchido.
-Eu te amo.
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Defina: AMOR (PARADA PARA REVISÃO)
RomanceOlá, meu nome é Lucy Heinen uma garota simplismente normal do ensino médio a procrura de um amor incondicional, mas possui um mínimo problema: a tal da experiência, que infelizmente nunca existiu. Não sei se possuo o melhor gosto do mundo, mas fui m...