12. Desespero Hospitalar

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Voltei amores, bem rápido de novo (ou não, desculpem) 😁🙈

Eu iria postar o capítulo apenas no final de semana, mas pra quê esperar né? 😉😀.

[4.170 Palavras]


*****

A nova fragrância que tomava as narinas de Zayn e lhe faziam perder lentamente os sentidos.

Nada mais era do que o cheiro doentio de um hospital, ao abrir os olhos ele teve a clara constatação disto.

Malik não lembrava do que havia acontecido depois de sua mente apagar, a voz de Liam era tão audível que ainda ecoava em seus pensamentos.

"Anjo? Anjo! Por favor, me responda!"

Lembrava-se do quanto tentou revelar sua voz em uma resposta para o homem, porém nada saia, definitivamente nada. E quando deu-se por conta, seus olhos já se fechavam, sem a mínima força para se manterem abertos.

Fraco de mais para continuar acordado e exausto aos apelos cansativos impostos naquele diálogo, o coração quebrado por si não aguentaria mais uma dor.

Naquela cama hospitalar, coberto por uma luz intensa sob o teto que quase foram responsáveis por lhe cegar naquela manhã, seus olhos se mantinham tão pesados e inchados que se tornava dificultoso o ato mecânico de abri-los.

Nunca havia sido tão difícil. Zayn não pensava em outra coisa senão o motivo de estar ali.

Por um instante sentia-se tão assustado. Porque seu corpo vestia aquelas roupas exclusivamente dadas à pacientes? Aquela agulha enfiada no interior de suas veias que lhe incomodavam tanto.

Aquilo não era necessário, claro que não. Zayn não estava doente, ele não precisava ficar internado em um hospital, porque haviam o feito?

Talvez, porque de fato fosse necessário, apenas ele não via.

Seus pensamentos tão desnorteados nem por um momento lhe fazia recordar do que havia de fato acontecido.

A escuridão que tomou sua mente foi a mesma que o fez perder a memória no marco desastroso na sua chegada em Londres, gerava medo pensar que poderia mais uma vez passar por isso, depois de ter passado por tanto para recuperar as lembranças perdidas.

Um tremendo e eterno sufoco, por mais que seus momentos tenham se tornado vivos em uma memória agora lúcida depois de meses, ainda haviam fragmentos a serem recuperados, o processo era lento, tão lento.

Observando as paredes brancas, longe dos vários grafites que coloriam as paredes de seu quarto, Zayn teve a absoluta certeza de que não era em sua casa que ele estava.

Sim, era mesmo um hospital.

Cheirava como um, lhe assustava mesmo não sendo necessário ditar uma outra possibilidade.

Sentia os lábios tão absurdamente secos, como nunca antes, era estranho tentar mover-se e não receber uma resposta para a realização do ato, mexer os dedos das mãos jamais havia sido uma atividade tão assustadora.

Zayn não conseguia se mover. Para ele era como se seu corpo não respondesse aos comandos, porém não era tão desesperador ao ponto de pensar sequer na possibilidade de ter perdido os movimentos, para longe de disso.

Era apenas o cansaço. Uma fraqueza que se tornava a cada segundo mais devastadora a sua vida.

As agulhas que penetravam-lhe as veias, estavam ali em seus braços por um motivo, injetar o soro que lhe sustentaria com novos nutrientes, estes que já se encontravam escassos no sistema imunológico do garoto.

End Of Amnesia 0.2 || Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora