De repente sinto que tem alguém atrás de mim, mas só paro de andar quando ouço o barulho da bola quicando no chão.
— Você está me seguindo? — pergunto me virando.
— Não, você só está indo para o mesmo lugar que eu.Olhei para a bola de basquete que agora ele mantinha debaixo do braço, e em seguida, para ele. Mark estava sem os óculos escuros e com o olho tão pior quanto ontem.
— Acho que temos essa aula de educação física juntos, sorte nossa?
— Talvez.Peguei meu uniforme de educação física no armário, enquanto Mark fazia a mesma coisa.
— Te vejo lá — falei.
Sophia já estava no vestiário, nós duas eramos as únicas que ainda não estávamos no pátio. Então eu comecei a me trocar o mais rápido que eu pude, não queria correr o risco de ser advertida. Tirei o suéter e a gravata, comecei a desabotoar minha camisa enquanto ouvia Sophia dizer:
— Você me disse que o olho do Mark estava péssimo, mas eu não tinha ideia até ver pessoalmente.
— Mas ele continua lindo.Com um sorriso, ela concordou comigo e terminarmos de nos arrumar.
— Sua vez, Lily!
O apito seguido da voz despertou a minha atenção. O professor jogou a bola de basquete em cima de mim e todo mundo parou para ver o arremesso. Senti que todos ali já sabiam que eu sou um fracasso e só estavam olhando para confirmarem a teoria.Eu não sou boa de mira. A bola laranja passou longe do alvo.
Mark estava sentado na primeira fileira da arquibancada rindo de mim. Ele pôde assistir o meu fracasso de camarote.
— Por que você não vem? — perguntei a ele.
— Não posso, por causa do meu olho.
— Então não vai poder humilhar quem não acerta a cesta, ãhn? — Caminhei até lá e me sentei ao lado dele.
— Eu só tenho talento. São o que as pessoas dizem.
— Sorte a sua.
— Olha, vou tentar te ajudar. Flexione o joelho, e tenta arremessar por baixo. Vai, tente.
— Eu realmente prefiro ficar aqui, sentada enquanto o alguém não vem me dar uma bronca.
—Tente, uma vez.O olhar de Mark sobre mim me fez aceitar esse desafio de honra. Com ele, olhares são importantes. Eu fui tentar, mas não deu certo.
— Quem sabe um dia eu consigo...
— Eu tenho certeza.Contei para o professor sobre a minha dor imaginária no joelho, eu só queria me livrar de tentativas frustradas, pelo menos por hoje.
No final da aula, depois de um banho no vestiário e meia hora tentando fazer o nó da minha gravata, eu e Sophia fomos para a secretaria e eu peguei todas as atividades e cronogramas de Brad.
Ainda era cedo quando Mark, Sophia e eu chegamos no hospital. O horário de visita era daqui a vinte minutos. Então, Sophia resolveu fazer algo por Bradley.
— Eu vou fazer as tarefas. Depois ele apaga e faz com a letra dele. Simples.
— Deixa que ele mesmo faz. — Mark passou a mão nos cabelos pretos.
— Eu vou fazer isso porque essa matéria é extremamente fácil e eu sou uma pessoa muito boa.
— Você não quer fazer as minhas também não? — perguntei.
— Não. E eu esqueci de mencionar que ele é lindinho e isso conta também.Mark sorriu e eu também.
— Mas se você for contar a ele o que acabei de falar, eu nego — Soph apontou a caneta na direção de Mark —, e deixo esses seus lindos olhos verdes iguais.
— Cuidado com ela, ela não é o anjo de cabelos loiros que aparenta ser — brinquei.
— Eu percebi — Mark diz.
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A Teoria da Dama
Teen FictionVocê pode pensar o que quiser sobre o amor. Pode até acreditar na teoria de que ele realmente não exista. Mas Lily sabe o quanto amar foi divertido e doloroso para ela. Depois de se mudar da magnifica cidade de Manchester, no Reino Unido, Lily come...