Entrei no carro dos McAuliffe com cheiro de lavanda. Estava lá com Mark e seu pai há uns dez minutos enquanto respondia a perguntas sobre um assunto só.
— Você pode deixar o senhor de lado e me chamar só de Chad. Como vai a Skyland?
— Muito bem... eu acho.
— Seus pais conversam com você sobre ela?
— Não muito.
— Por quê?
— Eu não sei, não tenho o hábito de querer saber sobre.
— Mas deveria. É o seu futuro!
Sobre a minha vida eu não sei nada, mas sei que meu futuro não é na Skyland.
— Pai, deixa a Lily respirar. Me desculpe por isso, dama.
— Está tudo bem.
— Talvez eu esteja um pouco inconveniente, me desculpe Lily. Você está em casa e segura das minhas perguntas.
O freio de mão foi puxado e eu saí do carro vendo Mark passar para o meu lugar no banco da frente. Chad abriu um sorriso para mim.
— Obrigada por tudo. Obrigada Mark e Chad. Até a próxima — falei, curvada em direção a porta do carona.
— Tenha um bom dia!
Me distanciei sentindo falta de um beijo de despedida de Mark, mas quando coloquei as mãos na maçaneta da porta, ele disse:
— Ei, você sabe onde me encontrar, ãnh?
Eu senti o seu tom malicioso na voz como em basicamente tudo o que ele me diz. Mark sabe do que é capaz, isso é um problema porque eu não posso confiar quando tudo o que tenho é a malícia.
Estou pensando sobre aquele tipo de confiança que se constrói com o tempo, com amizade, não passando uma noite — mesmo que incrível — com um garoto quente.
— É, eu sei.
O carro arrancou e eu entrei em casa. Vendo meu pai me olhar do sofá enquanto minha mãe dormia recebendo cafuné.
— Bom dia, pai.
— Por onde você andou?
— Eu participei de um leilão que...
— Eu sei do leilão e como ele funciona — me interrompeu. — O que quero saber é onde você estava, e com quem.
— Com um garoto da escola. Meu amigo. Sophia também deu lance em um garoto. Ela já chegou?
— Já, eu conheci o garoto. — disse, ignorando completamente minha pergunta.
— Você conheceu o Brad?
— Ele veio trazer a Sophia a meia noite. O que você fez a noite toda, Lily Brandt?
Eu ia levar um sermão e um castigo com potencial para entrar no guiness book se contasse a ele sobre Mark. Ele iria dizer "essa não é a minha Lily!". E ele está certo. Lily Brandt aos olhos do papai não faz sexo casual, não mesmo! Mas eu faço.
Então tentei formular algo que não fugisse dos fatos verdadeiros, mas tudo o que saiu foi:
— Conversamos e tomamos sorvete. Não vi o tempo passar. Se você quiser, eu posso apresentá-lo, mas ele só um amigo.
— Bom, eu vou levar sua mãe para o quarto e vou para a Skyland. Você fique em casa o dia todo e hoje vai cuidar da Lauren.
— Ok.
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A Teoria da Dama
Ficção AdolescenteVocê pode pensar o que quiser sobre o amor. Pode até acreditar na teoria de que ele realmente não exista. Mas Lily sabe o quanto amar foi divertido e doloroso para ela. Depois de se mudar da magnifica cidade de Manchester, no Reino Unido, Lily come...