LOS ANGELES.

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UM MÊS DEPOIS...

Corri com a bola de basquete nas mãos em direção a Mark, ele colocou as mãos na minha cintura me erguendo quando pulei. A bola atravessou pelo aro e eu continuei ali, agarrada na cesta me dando conta de como aquilo era alto. Eu nunca conseguiria fazer uma enterrada sem a ajuda de Mark.

— Me tira daqui! — Balancei minhas pernas suspensas no ar.

De repente sinto as mãos dele nos meus tornozelos. Solto minhas mãos da cesta quando vejo que estou segura sentada sobre os ombros dele. Como no dia em que eu fiz a minha primeira cesta.

— Parabéns Lily Brandt pela sua primeira enterrada!

— Obrigada McAuliffe!

Ele deu um giro comigo em seus ombros me fazendo rir.

— Além de você Brandt, quem mais merece os parabéns é o meu melhor armador.

O treinador do time de basquete do Blues estava observando essa cena patética entre mim e Mark. Eu desci dos ombros dele esperando levar um esporro por não estarmos na aula.

— Obrigado treinador.

— Olha crianças, eu nunca imaginei ver meu cestinha ensinando algo a uma garota. Lily, eu acho que você merece saber que Mark sempre foi muito egoísta. Me espanta não te ver sentada no banco o assistindo, esperando ansiosamente pela hora em que ele vai te ensinar a arremessar uma bola ou algo do tipo. Mas de uns tempos para cá, ele deixou de achar que o mundo só rodava em torno dele, e que apesar de não parecer, ele só tinha medo de perder o que mais gosta. Seja qual for a forma, ele só precisava ver e ser visto.

— Isso tudo aí é bom, não é? Vou fingir que sim. — Mark diz, passando os braços pelos meus ombros.

— É muito bom. — Eu mesma concluo.

— Mark era o meu melhor jogador, hoje ele é meu preferido. Lily, cuide dele para que ele esteja em forma esse final de semana. Temos um jogo muito importante. — Ele acenou para nós dois e eu me virei para Mark sorrindo.

— Eu gosto do que você está se tornando, McAuliffe.

— Eu gostaria de ser muito melhor.

— Melhor como?

— Isso não vem ao caso agora.

Ele se inclinou e nós nos beijamos até sermos interrompidos por um aviso de "nada de beijos dentro do colégio", mesmo que ninguém respeite essa regra.

Nós dois entramos em um reservado no banheiro masculino. Eu quase me esqueci que estávamos ali quando o empurrei contra a parede, continuando o beijo interrompido.

Mas a porta do reservado se abriu de repente, batendo em cheio na minha cabeça.

— Ai! — Reclamei.

— Lily? — Era a voz inconfundível de Brad. — Que merda você está fazendo aí dentro? — Ele voltou a abrir a porta me acertando de novo.

— Dá pra você parar de acertar a porta em mim?

— Me desculpa é que...

Abri a porta e saí de lá com Mark. Brad olhou para nós e disse:

— Isso tudo ainda é novo pra mim.

Eu cruzei os braços.

— Vocês só podem estar ficando loucos! No banheiro, cara? Que nojo!

— Brad, era só uns beijos — Mark tentou justificar.

A Teoria da DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora