Noah se mudou na sexta de manhã e eu já tinha a sensação da casa estar vazia já pela tarde.
Meus pais corriam de um lado para outro, fazendo e atendendo ligações. Resolvendo os mínimos detalhes.
Sophia exercitava os dedos escrevendo sobre suas expectativas — e sobre Bradley, mesmo que indiretamente —, e fazia teorias sobre o que vem depois.
Lauren estava com o padrinho. Com amor mais puro do mundo, que eu só aceitaria dividir com ela.
E eu estava no meu quarto, olhando para aquela asas enormes penduradas na minha porta. Como minha coluna se sairia depois que acabar esse sonho?
O sonho não acaba.
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Teoricamente, eu tinha em mente que plumas são cafonas, principalmente negras como as que eu carrego nas costas agora. Teoricamente, elas seriam pesadas também. Mas todas as minhas teorias estavam erradas pelos menos naquele instante. As asas não eram um amontoado de plumas cafonas e eu acreditava aguenta-las até o fim da noite.
Sophia me ajudou a tirar as asas novamente, eu só iria colocá-las em definitivo quando eu descesse do carro, na garagem do maior e mais luxuoso hotel de Liverpool.
Desci com Sophia até a sala onde estava todo mundo, de Alice até Noah, mas senti falta do meu pai, que não era o único capaz de vomitar de nervosismo.
— Quero uma foto de vocês. De todos vocês!! — Abby propôs.
Sentamos no sofá branco de forma organizada, mas Abby queria do jeito que ela sonhou há algumas semanas atrás.
Eu me sentei no colo de Mark, e todos os olhares se voltaram para Sophia e Brad quando Abby mandou que eles esquecessem a birra e fizessem o mesmo. Sophia obedeceu. Noah ficou em pé ao meu lado, abraçando Alice. E Lauren, no centro do sofá, entre nós, segurando sua abelha de pelúcia.
Antes que a foto fosse tirada, eu olhei para o lado, vendo Noah olhar para mim.
Quando Abby avisou...
— SORRIAM!!!
... segurei a mão de Noah com a minha mão livre e a outra, eu entrelaçei com a de Mark.
Aposto que isso não fazia parte do sonho da minha mãe.
— Noah, você leva a Soph, o Brad e a Alice no seu carro. Eu levo a Lauren e o Mark. E você, Lily, vai com o seu pai e sua asa gigantesca.
— Ok, e cadê meu pai?
— Ele vai chegar, paciência.
Enquanto esperávamos por ele, laços foram feitos e desfeitos na gravata borboleta dos três meninos. Mark de blazer cinza, Noah branco e Brad vinho. Maquiagens foram retocadas, decotes ajustados e saltos colocados.
— Como estou? — Perguntei, para Mark, rodando diante dos olhos dele.
— Um pouco emo-gótica, porém, uma princesa.
— Uma princesa emo-gótica, é isso?
— Eu só quero dizer que você é a garota mais linda do mundo, e sou um cara muito sortudo.
— Eu também me sinto uma garota de sorte por ter você, McAuliffe.
Que toda a verdade seja dita: eu amo Mark McAuliffe e eu queria muito que ele me amasse de volta.
Meu pai chegou, os carros estavam prontos, e eu e minhas asas também.
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A Teoria da Dama
Teen FictionVocê pode pensar o que quiser sobre o amor. Pode até acreditar na teoria de que ele realmente não exista. Mas Lily sabe o quanto amar foi divertido e doloroso para ela. Depois de se mudar da magnifica cidade de Manchester, no Reino Unido, Lily come...