Uma vida ao seu lado

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É segunda de manhã e termino de me arrumar. Dylan aparece atrás de mim e franze a testa ao olhar minha roupa.

- Na onde vai?

- Procurar um emprego. - Passo um pouco de batom e fico pronta.

- Está brincando, não é?

- Por que eu faria isso? - Me viro e ele está me olhado como seu eu tivesse dito alguma coisa absurda.

- Você não precisa trabalhar. - Cruza os braços e me encara seriamente.

- Minhas contas não se pagam sozinhas, Dylan.

- Mas você não precisa disso. - Se aproxima de mim e pega em meu rosto. - Você é a minha garota.

- Sim eu sou, mas não significa que vou ficar sem emprego.

Afasto-me dele, pegando minha bolsa. Desço as escadas com ele atrás.

- Você não vai.

Respiro fundo e abro um sorrio forçado.

- Claro que vou.

- Amber, você não precisa disso.

Começo a ficar com raiva com sua autoridade e não faço questão de esconder isso.

- Não faça isso. - Aponto o dedo em sua direção.

- Você está morando comigo, tudo que é meu é seu.

- Isso não é verdade. - Digo rispidamente; - O que é seu, é seu Dylan. Não sou uma aproveitadora e não estou com você só por dinheiro e não irei parar de trabalhar só por que estamos morando juntos, e com certeza não deixarei você pagar minhas contas.

Largo a bolsa no chão e o olho seriamente.

- Eu sei que você não está comigo por dinheiro. - Diz ofendido. Passo a mão no rosto e fecho os olhos brevemente.

- Olha, eu preciso trabalhar ok? Fiz isso à vida inteira e preciso disso.

- Você não está segura trabalhando enquanto aquele verme está solto por ai junto com Amélia.

Só de pensar em Arnold estremeço e sinto um mal estar, mas evito entrar nesse caminho e me concentro em Dylan a minha frente.

- Você me protege. - Sussurro e beijo sua bochecha.

- Sim. Você terá três seguranças.

- Por mim tudo bem.

- E tomará cuidado.

- Eu irei.

- E irá trabalhar para mim.

- Não.

- Um homem tem que se arriscar as vezes. - Dá de ombros e sorri de lado.

- Eu te amo.

- Eu te amo. - Me abraça e beija o topo da minha cabeça.

Pegamos o elevador e entrelaçamos nossas mãos.

- Você vai almoçar comigo hoje.

- Sim senhor.

- Te vejo 12:00 no meu escritório.

- Ok.

- E sem atrasos.

- Sem atrasos.

- Boa menina. - Beija minha testa e as portas do elevador abrem.

Caminhamos até o saguão e uma mulher alta passa por nós e seus olhos pousam em Dylan admirados. Levanto a cabeça e sorrio abertamente.

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