Noite das meninas

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Entro no provador e coloco o vestido que as meninas me entregaram

Ele é preto com um corte quadrado com um decote bem ousado, tem um detalhe na cintura dourado e seu comprimento é bem curto, no estilo saia redonda. Frazo a testa e abro a porta.

- Está muito curto. - Digo abaixando a saia, mas não adianta em nada.

- Está maravilhosa. - Samantha comenta soltando um assovio baixo.

- Está linda, Amber. - Holly concorda com Sam.

- Dylan não irá gostar muito disso.

- Deixe meu irmão pra lá. - Charlote vem para meu lado e coloca a mão em meu braço. - Ele irá adorar.

Me olho novamente no espelho e sorrio de canto. O vestido ficou muito bem em mim e me faz me sentir poderosa.

- Acho que levarei então.

- Maravilha. É a sua vez, Sam. - Holly a cutuca, mas Samantha não tira os olhos do celular.

- Está tudo bem?

- O que? - Seu sorriso congela e ela percebe que estamos olhando para ela.

- Está falando com quem?

- Ninguém. - Joga o celular na bolsa e nos olha estranho. Holly a encara e eu dou de ombros.

Volto para o provador e tiro o vestido, meu celular começa a tocar e atendo no primeiro toque.

- Alô. - A linha fica muda e olho para o número, mas não identificado. - Alô?

Ouço uma respiração na outra linha e desligo rapidamente. Meu coração começa a bater rapidamente e minha imaginação corre solta, será que era ele na outra linha? Fico olhando para o celular e me assusto quando Charlote aparece no provador.

- Você me assustou. - Deixo o celular cair e percebo minhas mãos tremendo.

- Está tudo bem?

- Sim. - Pego o celular e troco de roupa rapidamente.

- Vamos comer alguma coisa? - Samantha diz quando saio para fora, mas meus pensamentos estão em outro lugar.

- Acho uma boa ideia. - Molly levanta e elas vão para o caixa pagar suas compras, as ouço chamar meu nome e sorrio de canto.

- Você não vai levar o vestido? - Charlote aperta meu braço delicadamente e franze a testa ao me olhar de perto. - Está tudo bem?

- Preciso ir. - Olho para os lados e agradeço silenciosamente pelos os seguranças que Dylan contratou para me seguir.

Sei que pode parecer paranoia minha ficar desse jeito por casa de uma ligação, mas não sei do que Arnold está tramando e o fato de saber que Amélia está com ele, só me apavora mais. Murmuro um tchau e saio da loja rapidamente, vou ao estacionamento e avisto o carro com o motorista. Apresso o passo e a vontade de estar nos braços de Dylan cresce a cada segundo. Dou um passo para frente e um carro passa ao meu lado com toda a velocidade quase me atropelando. Desequilibro-me e caio no chão de bunda, o carro canta pneu e sai correndo rua a fora e sinto meu coração bater descontroladamente.

Quase fui atropelada?

Uma mão forte me segura e quando olho para cima vejo um homem alto de terno.

- Está tudo bem, senhorita Foster? - Só pode ser um dos guardas de Dylan.

- Estou sim. - Pego minha bolsa no chão e sinto minha pulsação acelerar. - Por favor, me levem ao Dylan.

Ele balança a cabeça e me guia até o carro. Entro e tento não pensar no quase aconteceu, mas é impossível. Fecho os olhos e me concentro no rosto e no toque de Dylan.

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