A primeira aula de Draco após a conversa com o velho do quadro foi Transfiguração. A professora McGonagall estava cada vez mais eufórica por conta da competição que aconteceria nos próximos meses na escola. Mesmo que algumas informações ainda estivessem guardadas a sete chaves pelo diretor, como as tarefas que seriam realizadas, por exemplo, os alunos maiores de 17 anos já estavam depositando seus nomes no Cálice.
Draco percebia, e também escutava pela Sala Comunal da Sonserina, que os alunos estavam indo mais pela glória do que pelo aprendizado. Quase todos os alunos da Sonserina que haviam se inscrito estavam em busca do reconhecimento na escola. Para Draco, para os sonserinos, tudo não passava de puro sonho de um aluno em busca da fama.
No entanto, a aula de Transfiguração continuou sendo aquele tédio de quase sempre. A professora ainda insistia na transformação de uma caixinha de fósforos em um tipo de ave desconhecida que nem ela fazia ideia do que era.
Quando o sinal bateu para o terceiro período antes da pausa que ele teria entre suas aulas, ele percebeu que Harry não estava em sua sala. Assim como Rony. Havia apenas uma Hermione levemente estressada e que não parava o olhar em uma coisa só. Então, quando percebeu que seus dois amigos já não o seguiam mais, Draco se aproximou da garota.
Mesmo que Hermione ainda sentisse uma raiva terrível por Draco desde o primeiro ano e ainda por cima pelo que acontecera um ano antes, o loiro precisava de algumas respostas. Não fora apenas na aula de Transfiguração que Harry não aparecera. Ele também faltou a Poções e feitiços. Hermione deveria saber alguma coisa, certo?
Hermione pressentiu a aproximação do garoto, jogou suas coisas de forma desordenada em sua mochila e tentou sair da sala antes que ele se aproximasse o suficiente para puxá-la pelo braço e olhar fundo em seus olhos. O que acabou acontecendo.
Ela rolou os olhos por sua órbita, não literalmente, mas que fez Draco sentir uma pequena pontada de arrependimento.
— Você não deveria estar falando comigo – ela disse quase que rosnando. — O que seus amiguinhos vão dizer caso vejam você tocando em uma sangue-ruim.
Quase que como reflexo Draco tirou as mãos da garota. Mesmo que não prestasse muita atenção nas coisas que seus pais diziam, uma delas sempre ficava na sua cabeça: não se meta com sangue-ruins.
Com o ato, Hermione conseguiu se afastar levemente do garoto, quase caindo por cima de uma das classes. A professora McGonagall desapareceu pela porta e Draco finalmente teve coragem de perguntar aquilo que estava entalado em sua goela.
— Onde está Harry?! – perguntou afoito.
Hermione olhou para ele assustado. Draco estaria perguntando aquilo para que pudesse encontrar o amigo e lhe bater. Como vingança pelo que havia acontecido no ano anterior?
Ela meneou a cabeça.
— Você não precisa saber Malfoy – ela disse com desdém.
Draco ficou ligeiramente vermelho.
— Digo, onde está Potter?! – Draco se corrigiu. Ela não podia deixar claro para Hermione que sentia algo pelo amigo dela, mesmo que isso já fosse uma verdade que até mesmo os professores estavam notando. Tentou fazer uma voz de desgosto, ela saiu levemente desorientada. — A gente têm problemas para resolver.
Ele percebeu que a garota estava segurando uma risada, ela disse: — Olha, Malfoy, eu até queria acreditar, mas Harry conta tudo a mim e Rony e, pelo que sabemos vocês não têm nada para conversar.
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O Destino de Draco Malfoy
FanfictionDraco Malfoy está no seu quarto ano em Hogwarts. Enquanto a escola é preenchida por um sentimento de aventura, por conta do Torneio Tribuxo, o loiro não consegue pensar em uma coisa além de Harry Potter, o garoto que o faz ter pesadelos quase todos...