O Destino de Draco Malfoy

Draco pede passagem

CAPÍTULO ATUALIZADO DIA 16/06/2020

Carta N° 1

05 de setembro de 1991

Mãe e pai,

Talvez Hogwarts não seja tudo aquilo que eu estava esperando, não depois de ter lido todos aqueles livros do vovô sobre como a escola era encantada e acolhedora. Maioria dos professores são bisbilhoteiros ou impertinentes, além de incentivar os colegas a me questionarem sobre a relação de nossa família (vocês) com o Ministério. Mas nem colegas e professores conseguem ser tão deselegantes quanto Dumbledore, aquele velho que claramente parece estar o tempo todo favorecendo os alunos da Grifinória.

No primeiro dia, durante uma aula de poções, ele fez questão de interromper a aula do professor Snape para parabenizar uma garota mestiçada por "suas incríveis habilidades" na aula de feitiços do professor Flitwick. Mais tarde vim a descobrir que o nome dela era Hermione Granger e estava sempre andando com outros dois garotos igualmente irritantes; um tinha certeza de se tratar de um Weasley, pelo cabelo e tratamento das roupas. O outro, porém, é uma figura que eu ainda acho misteriosa, destoa dos outros dois, é o que sempre está maravilhado com tudo, até mesmo o teto encantado no Salão! Eu me pergunto se, na verdade, ele não é um aborto que roubou o lugar de um dos bruxos.

Tudo aqui é tão estranho e confuso, que estou sentindo saudades de casa mais do que o normal. Claro que encontrei Crabble e Goyle, afinal viemos juntos no trem, mas eu ainda me sinto deslocado, como se não realmente pertencendo a esse lugar. Aliás, como vocês devem ter escutado, fui selecionado para a Sonserina! Espero que esteja orgulhoso, papai.

Espero que em breve possamos nos ver, estou com saudades de Vitório e das comidinhas que o Alfred preparava para nós. Mamãe, pode me enviar aquela vassoura maneira que ganhei do vovô? Minha primeira aula de voo está chegando, quero impressionar todo mundo.

Com carinho,

Draco.

Carta N° 2

28 de outubro de 1991

Mãe e pai,

Acho que estava errado sobre várias coisas em relação a Hogwarts. Primeiro, nem todos os professores são petulantes quanto McGonagall e Flitwick. O professor Snape, diretor da Sonserina, é o melhor professor de toda a escola e, talvez, o melhor que já tive em toda a minha vida. Ele sabe controlar uma turma e ainda castiga os incheridos, como a garota Granger, que sempre levanta a mão para contestá-lo.

Segundo, eu estava errado sobre Hermione Granger. Eu sei que isso pode estar parecendo estranho e peço desculpas por ter interagido com uma meio-sangue, mas Hermione me ajudou bastante antes de uma avaliação de Herbologia, algo que ela surpreendentemente ótima — não duvido que ela também vá também em todas as outras disciplinas. Mas ainda tento manter distância dela quando está com seus amigos, principalmente aquele Weasley, que sempre pego cochichando sobre mim e papai quando passo pelo corredor. Queria saber o que tanto ele sabe sobre nossa família e porque toda a Grifinória parece me ignorar nos corredores.

Aliás, acabei lembrando de onde Harry Potter me lembrava. Seu rosto apareceu no Profeta Diário semana passada, mas quem sabe nem ele tenha visto — os alunos aqui simplesmente ignoram o jornal, mesmo que ele venha todos os dias. Acho que, no fundo, ele realmente é uma pessoa avulsa a esse lugar, talvez mais do que eu, porque constantemente o flagro encantado com a forma que as escadas se mexem e com a varinha, sempre sorrindo quando um feitiço dá certo. Queria ter lido a matéria sobre ele no Profeta Diário, mas o professor Snape fez questão de tirá-la das minhas mãos.