24: A BATALHA PELA MEIA NOITE
Atualizado dia 21/12/2020
Draco fechou os olhos. E controlou todas as lágrimas que ousaram tentar sair. Seu estômago, agora, era um amontoado de borboletas que, mesmo mortas, se remexiam feito vermes. Aquela grande vontade de vomitar subiu em sua garganta, seu hálito agridoce a preencher sua boca.
A cabeça de Hermione estava caída, os dedos trêmulos da garota tentando arrancar as amarras. Draco estava caído para trás, todas as lágrimas que tentava segurar caindo por seu rosto, uma fonte interminável de raiva e medo. A clareira, então, entrou em um silêncio profundo, com exceção daquela risada leve e desaforada de Bella, às costas do Senhor, esse último admirando, com certo orgulho e prazer, o corpo de Harry; o rosto perdido entre a alma e a grama do chão pútrido do cemitério, a varinha caída ao seu lado.
— Meus parabéns aos campeões — disse Lincoln, curvando-se ironicamente para Hermione e Draco. — Os verdadeiros campeões do Torneio Tribruxo. Não posso deixar de dizer que não estou surpreso de nossos planos terem funcionado de forma exponencialmente satisfatória. Parabéns aos que chegaram até aqui... Com exceção de nosso querido Cedrico Diggory, é claro, mas esse parece que abriu os olhos antes da merda acontecer.
Lincoln curvou-se sobre o corpo de Harry, abrindo-lhe o peito com a ponta da varinha. Sangue, ainda fresco, escorreu por sua pele, fazendo Hermione e Draco desviarem o olhar com repulsa. Com um sinal, Bella afastou-se rapidamente do centro da clareira.
— Nunca achávamos que ele, o Eleito, cairia tão perfeitamente sobre nossas mãos e, para isso, agradecemos a você, Draco. O sangue de Harry, como o único a sobreviver a uma maldição, é essencial para que nosso plano funcione
Hermione estava tonta, tentava acompanhar o fluxo de informações, mas sua cabeça zumbia, caindo de um lado para o outro, perdida. As luzes de uma fogueira, ao longe, faziam com que ela imaginasse coisas.
— Queremos e iremos ressuscitar Gellert Grindelwald.
— Grindelwald está preso em Azkaban — disse Hermione, com grande esforço.
Lincoln apenas olhou para ela, sério. — Vocês, bruxinhos, realmente acreditaram na história de que o grande vilão das trevas foi simplesmente colocado em uma cela em Azkaban, com todas as suas habilidades de persuasão. Gellert Grindelwald foi morto por Alvo Dumbledore na noite de seu fatídico duelo e sua morte, para o bem de Dumbledore, escondida debaixo de um disfarce. Dumbledore sempre foi um grande mentiroso. Trazê-lo de volta, então, só é possível pela mão de duas pessoas: seu maior inimigo e, também, o seu verdadeiro amor.
— Dumbledore — disse Hermione, quase sussurrando.
— Muito bem — Lincoln sorriu. — Até mesmo os mais extraordinários também são humanos e Dumbledore, arrependido, dedicou o resto de sua vida em somente um prol: trazer de volta aquele que amou verdadeiramente. Bella, por favor, o quadro.
Bella concordou com a cabeça, afastando-se mais uma vez.
— O propósito da Seita era fazer a magia negra voltar a reinar e, para isso, precisávamos de alguém forte, alguém como Gellert e Dumbledore juntos, pela primeira vez.
— Como eu dizia. Todos desconheciam a capacidade de mentir de Dumbledore. Quando o diretor disse a Harry que a Pedra Filosofal havia sido destruída... Ele havia mentido. Assassinou Nicolau Flamel, roubou a pedra para si e guardou na última relíquia que havia lhe sobrado de seu amado Gerardo. O quadro pintado pelo próprio Grindelwald, O Homem mais velho do mundo e o que ele faz com as rosas.
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O Destino de Draco Malfoy
FanfictionDraco Malfoy está no seu quarto ano em Hogwarts. Enquanto a escola é preenchida por um sentimento de aventura, por conta do Torneio Tribuxo, o loiro não consegue pensar em uma coisa além de Harry Potter, o garoto que o faz ter pesadelos quase todos...