30 de setembro 1994
A grande escada da mansão Malfoy estava vazia. Os vários degraus que se dividiam em dois corredores superiores diferentes eram completos, apenas, pelo longo tapete vermelho que vinha diretamente da Índia. Narcisa Malfoy estava de pé entre os dois corredores, observando a madrugada desaparecer e o sol tomar conta pelas grandes janelas no hall de entrada da mansão.
De cabelos amarrados em um coque e arrastando seus pés com uma pantufa, ela se arrastou até seu quarto. Lúcio Malfoy está sentado em sua cama, lendo O Profeta Diário, os óculos caindo por sobre o nariz, os olhos indo de um lado a outro do jornal.
— Eu já procurei em seu quarto e nos de hóspedes, nada – disse ela ao marido, encostada na soleira da porta, os braços cruzados. — Draco sumiu Lúcio.
Lúcio tirou o olhar do jornal e por baixo das lentes dos óculos.
— Deve estar na casa de algum garoto, Narcisa, pare de incomodar – resmungou Lúcio. — É melhor que ele esteja dando para qualquer outro garoto do que para Harry Potter. Tantos garotos bonitos por aí e ele escolhe logo o "testa rachada".
Narcisa revirou os olhos.
— Draco não é de sair sem avisar – resmungou ela mais uma vez. — E nenhum dos empregados o viu.
Lúcio fechou o jornal e tirou os óculos, os braços se cruzando em seu peito. Narcisa se aproximou e sentou-se na ponta da cama.
— Ele deve estar por aí, Narcisa – disse ele. — Pare de paranoia. A gente só tem que se preocupar em garantir que ele não encontre Harry Potter nas férias.
Narcisa não queria ouvir mais aquele nome relacionado ao seu filho. Saiu do quarto rapidamente, descendo as escadas até o hall de entrada em uma velocidade surpreendente. Abriu a porta e observou seu jardim frontal. Além do homem que cuidava das plantas, não havia ninguém.
A biblioteca era um lugar onde Draco não entrava e o escritório de Lúcio estava fechado. Restava apenas um lugar para checar. A cozinha. Quando se aproximou da mesma, havia uma grande luz que se espalhava pelo corredor.
Narcisa tirou a varinha de seu bolso e a preparou para qualquer tipo de duelo que poderia vir a acontecer. Deu mais um passo em direção à cozinha, com a esperança que fosse apenas um fogo.
Mas, quando adentrou a cozinha, acabou se deparando com algo diferente. Jogado, no chão, em poça, de sangue, completamente nu, estava Draco Malfoy.
***
Draco Malfoy estava suando frio. Ali, na sua frente, Harry Potter. Apenas de cueca, com seu maravilhoso tronco à vista – nada muito definido, mas que causava em Draco calafrios estranhos -, e os finos pelos que começavam a preencher seu peito, até o umbigo, onde desapareciam para dentro de sua cueca.
O que ele estava querendo com aquilo?
— Era a única forma – começou Harry -, de ti trazer aqui. E, também, precisava de algo que fizesse você ficar com toda a sua atenção voltada para mim e não a vontade imensa de sair correndo dessa sala.
Draco remexeu as sobrancelhas, ele não tinha ideia do que estava acontecendo ali. Fechou a porta atrás de si, para que ninguém visse Harry Potter apenas de cueca, e se aproximou de uma das mesas mais longes de onde o garoto da cicatriz estava; a grande mesa do professor.
— E eu já estou percebendo que você quer sair correndo dessa sala – Harry soltou uma risadinha falsa. — Vamos, Draco, poxa, diz logo o que tu sempre quis me dizer.
O que Draco sempre quis dizer a Harry? Talvez nem mesmo ele soubesse a resposta para essa pergunta. Harry sentou-se na mesa do professor, as pernas abertas o suficiente para que Draco pudesse observar a leve "ondulação" na cueca do moreno.
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O Destino de Draco Malfoy
FanfictionDraco Malfoy está no seu quarto ano em Hogwarts. Enquanto a escola é preenchida por um sentimento de aventura, por conta do Torneio Tribuxo, o loiro não consegue pensar em uma coisa além de Harry Potter, o garoto que o faz ter pesadelos quase todos...