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Quando Zayn era um garotinho, ele pensava que cresceria e se tornaria um bombeiro ou um policial ou um bombeiro que viraria policial e patrulharia a cidade à noite. Ele sempre quis ser o cara bonzinho, o cara que salvava cidadãos inocentes e resgatavas os gatos de cima das árvores. Ele queria ser o cara que crianças pequenas iriam admirar e desejar ser daquele jeito um dia.

Sua mãe havia o levado para o corpo de bombeiros para um café da manhã comunitária que estavam sediando. Ele conseguiu olhar o caminhão de bombeiros e até colorir com os bombeiros. (Ele também se encharcou com sopa, mas essa é outra história.) Depois, os bombeiros tiraram fotos com todas as crianças e tudo que Zayn disse no final do dia foi, "Isso foi maneiro demais!" com a voz mais fofa imaginável de criança.

De qualquer forma, todos os seus sonhos mudaram em um piscar de olhos.

Ele, de repente, não queria mais ser um bombeiro ou um policial ou ambos. Ele não queria ser nada. Ele só queria que as lembranças parassem de voltar e que as perguntas parassem de aparecer. Ele apenas queria que tudo parasse.

Junto com isso veio o Louis, quem parecia conseguir resolver todo problema que Zayn tinha. Louis era um bom menino, uma criança doce. Ele fazia tudo o que os outros mandavam. Ele era muito paciente quando o assunto era trabalhos em grupo e nunca apressava as outras crianças da sala. Ele gostava de rir muito (até das suas próprias piadas), mesmo as crianças tiram sarro da maneira como ele organizava sua mesa ou pelo fato de ele precisar ficar com um bicho de pelúcias consigo durante o dia.

Zayn percebeu que eles seriam grandes amigos. Louis era um bom garoto e Zayn razoavelmente bom, apenas arrancado de sua inocência. Louis gostava de Goldfish e Zayn gostava de Goldfish, era como uma combinação criada nos céus.

Então, Zayn ganhou coragem para chamar Louis para brincar com ele no parquinho durante o recreio. Louis deu aquele olhar e balançou os olhos, "Suas mãos estão muito sujas."

"Eu posso lavar", mini-Zayn insistiu.

"Okay, então podemos brincar." Louis disse com um leve sorriso. Zayn correu para perguntar à professora se ele podia ir ao banheiro e Louis o seguiu, descobrindo que ele conseguia lavar as mãos. E aquela foi a primeira vez que eles brincaram juntos.

As coisas mudaram quando cresceram. Os hábitos de Louis se desenvolveram mais e ele frequentemente achava difícil funcionar no ambiente do ensino médio. Sem mencionar o fato de que os corpos deles também se desenvolveram e, vamos apenas dizer que, Zayn considerava Louis o garoto mais atraente da sala deles.

Ele não sabia o que tinha criado dentro da sua cabeça, quais pensamentos haviam sido plantados e, depois, cultivados por meio de ações. Tudo o que ele sabia era que aquilo aconteceu e que não foi uma coisa boa.

Quando eles eram calouros, Zayn convidou Louis para dormir na casa dele. Foi bastante descontraído, incluindo pizza, video games e conversas sobre sexo (como qualquer outra noite constituída por garotos adolescentes). Do nada, Zayn desligou seu console dos jogos e beijou grosseiramente Louis nos lábios.

Louis se inclinou para trás, confuso com o que estava acontecendo e quando Zayn falou "Desabotoe seu pijama" Louis não sabia, de verdade, o que fazer. Ele não queria fazer nada errado e, também, não queria parecer rude não ouvindo o garoto que tinha o convidado para passar a noite.

"Eu nem sou gostoso. Por que eu teria que tirar se não sou gostoso?" Louis perguntou. Para um frequentador do ensino médio, ele pareceu tão confuso quanto uma criança de quatro anos do jardim infantil.

"Alguma vez você se tocou?"

"O que quer dizer? Eu me toco o tempo todo. Toco meu cabelo, meus braços, minhas pernas, meu estômago--"

Zayn balançou a cabeça enquanto mexia as mãos tentando fazer Louis parar de falar. "Você já tocou seu, bem, sabe?" O olhar de Zayn caiu na região baixa de Louis por um milésimo de segundo.

Louis encolheu os ombros. "Eu ouço os meninos falando sobre isso toda hora."

Zayn começou a, gentilmente, traçar riscas aleatórias na pele de Louis. "Mas você nunca fez isso? Nunca ficou curioso sobre isso? Você nem, ao menos, pensou em como é a sensação, como seu estômago fica quando você--"

"Eu não pensei nisso mesmo, Zayn!" Louis exclamou. Ele tentou se mover para longe de Zayn, porém o outro foi mais rápido e prendeu contra o chão.

"Apenas tire sua calça e se toque", Zayn havia ordenado.

Louis mexeu freneticamente a cabeça. "Isso é errado. Isso é tão, tão errado, Zayn."

"Só faça isso, Louis."

As mãos do Louis estavam começando a tremer e ele se sentia muito sufocado. Quando Zayn desceu as próprias mãos para sua calça e começou a acariciá-lo por cima da cueca, a respiração de Louis engatou.

"Vê? É bom, huh? Você gosta." Zayn comentou, continuando com os movimentos. Louis alcançou a mão do garoto e tentou a tirar da sua crescente ereção, mas Zayn deferiu um tapa em sua palma. "Não, não", ele falou, "A não ser que você tire sua calça e faça isso sozinho."

Louis pensou que aquilo não seria tão errado, tão sujo, se ele fizesse consigo. Então, assentiu lentamente e esperou Zayn afastar a mão. Ele olhou para Zayn com lágrimas marejando seus olhos e ponderou sobre como aquele era o pior dia de todos.

Ele fez o que foi mandado. Cuidadosamente, abaixou sua calça de pijama, soluçando enquanto fazia.

Depois de tudo, ele mal conseguia lembrar daquela noite. Tudo estava embaçado, de verdade. Ele não tinha ideia do que estava acontecendo na hora. Assim que Harry começou a explicar o que havia aconteceu -- o que passou pela mente do Zayn -- Louis passou a ganhar um pouco de clareza. E ele não estava gostando muito do que ouvia.

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Até o próximo.

Clean Criminal » Larry (Portuguese Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora