Sorriso roubado

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Depois daquele dia, em que Naruto me deu uma carona, tive todo cuidado do mundo para não topar com ele no meio do caminho.

Minha semana se resumia em estudar para o seminário em que iríamos apresentar. Na sexta feira, depois da aula, ficou acertado que iríamos nos reunir na casa de Sasuke no sábado. Acertei todos os pontos, pegando endereço e ponto de referencia. Como eu conhecia as redondezas, logo me situei sobre o local de sua casa.

...

Cheguei cedo. Era um condomínio de classe media alta, "Amazon Boulevard". Com um slogan enorme em sua entrada, varias palmeiras recheavam o canteiro que seguia em linha reta dividindo a pista. Os prédios eram de um branco acinzentado, tendo as grades de tom escuro e uma listra azul marinho para maior destaque por entre os prédios. Fui até o cubículo onde se encontrava o porteiro. Lhe pedi informação e, ao que tudo indicava, Sasuke já haverá o avisado sobre a chegada de seus colegas. Sendo assim, me permitiu entrar.

Poderia ter subido quando encontrei seu bloco, no entanto, estava com um pouco de vergonha. Seria a primeira vez que ia à casa de um estranho. E, como ainda faltavam dez minutos para o horário combinado, preferir ficar sentada na escada, com a cabeça recostada no muro do corre mão, esperando os outros aparecerem.

Estranhamente estranho, já passou quinze minutos do horário e ninguém apareceu. Então pensei que, talvez eles já estivessem lá, todos reunidos apenas esperando a lesa aqui aparecer.

Bufei.

Sem animo, me levantei e subi os pequenos degraus, toquei a campânia que tinha a numeração de seu apartamento. Minutos depois alguém apareceu.

Um homem alto, porte atlético, cabelos negros cumpridos sendo mantidos em um rabo de cavalo, olhos escuros com uma linha de expressão descendo em torno de seu nariz e um sorriso cativante.

- Você deve ser a ultima – afirmou, me constrangendo pelo atraso. Até tentei sorrir, no entanto, ele havia o roubado.

- Desculpe. Eu não sabia que todos já haviam chegados... – justifiquei, pondo uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.

- Ah! – riu – Eles estão aqui desde manhã. E o Naruto desde ontem... – abriu a grade dando-me passagem. – Venha, vou te levar até em casa.

Caminhamos em silencio até o elevador. Quando entramos, tive uma sensação estranha, me senti como a Anastácia Steel de Cinquenta tons de cinza, como se a qualquer momento ele fosse me agarrar de surpresa e me tirar o ar. Pare com isso Sakura! Malditos hormônios! Estão saltando, em ponto de se jogar pela janela.

- Você é diferente das outras – disse, me trazendo de trem bala a realidade.

- Oi? Quem? Como?– ele riu de meu embaraço.

- Das meninas, Ino e Karin, elas falam sem parar, já você não, é mais recatada – ri amarelo. – Bem, chegamos. Você quer ajuda com essa bolsa? Ela me parece pesada... – estendeu a mão.

- Não. Está ótimo. Obrigada.

Andamos por um corredor médio, tendo algumas portas numeradas, era a primeira vez que entrava em um lugar assim, a decoração interna era bem significativa. Alguns quadros emoldurados nas paredes, o piso de azulejos escuros com linhas brancas quebradas e candelabros pendurados no teto. Era fascinante, parecia um palácio revestido a arquitetura moderna.

- Chegamos. Só não repare na bagunça, eles deixaram a casa uma zona – abriu a porta e eu entrei.

Realmente, estava uma bagunça, estavam todos na sala, jogados no chão formando um circulo. Tinha potes de batatas Pringles, embalagens de Doritos, refrigerante em lata e... cerveja? Eles bebem? Olhei curiosa para aqueles conteúdos, notando minha cara indiscreta, Ino disse:

Aquele que me possuiOnde histórias criam vida. Descubra agora