Infiel

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Narrado em primeira pessoa

Haruno Sakura

Infelizmente, eu não consegui ir com eles para Rio Preto. Tive de me conformar, parece que o tio de Sasuke teve que adiar a participação dele por conta de uma viagem até São Paulo. Sem Madara igual: sem carro para me levar.

Tudo bem, eu superei. Infelizmente minhas calcinhas – que eu escolhi detalhadamente -,não curtiram isso.

O fim de semana deve ter sido muito bom, pois, eles não vieram na segunda. No decorrer da semana, Naruto me disse que todos haviam emendado o domingo com a segunda, por isso faltaram. Bom, o lance agora e o segundo feriado do mês: Tiradentes.

Nossa, nós não falávamos em outra coisa, e ao que tudo indica, Madara irá nesse, parece que ele chega dois dias antes da nossa saída. O que me fez sorrir feito boba até essa data.

...

17.04.15 sexta feira, exatamente 09h40min.

Estávamos todos reunidos na sala, enfim sexta, enfim saberei se minha presença será confirmada nesse passeio.

- Então ficamos acertados? – Sasuke perguntou. – Amanhã as nove, todo mundo na frente da faculdade – entramos em concordância. – Vocês não precisam se preocupar com água ou comida, lá já tem. Apenas precisam levar seus materiais de higiene pessoal. Lá teremos onde dormir e com o que se embrulhar.

- Sasuke, seu tio vai mesmo né? – perguntou Naruto, tirando uma aflição de meu peito. – Não queremos passar por aquele constrangimento novamente...

- Sim, sim. Ele vai. Aliais, a noiva dele também – o quê? Ele tem uma... noiva?

Meus sentidos pararam, aquela informação foi demais para mim. Como assim uma noiva? Há quanto tempo? E por que ele não me disse nada? E por que diabos ele me falaria?

Meus olhos pareciam ter trincados, eu ainda me encontrava a mercê da situação. Ainda estava desacreditada. Fantasio com ele quase todos os dias, meu corpo estremece só de lembrar-se das sensações que sentiu ao ser tocada por ele e... de repente descubro que ele é compromissado?

As vozes ao meu redor pareciam ser nulas, meus tímpanos não as ouviam. Apenas meu cérebro tentava, a todo custo, ingerir aquela informação. Eu fui usada? Minhas mãos permaneciam sobre a dobra de meus joelhos, se eu as tirasse dali era capaz de dar com a cara no chão.

- Sakura?! – alguém gritou. Despertando-me de um transe torturante. – Você está bem?! – Karin indagou. – Estávamos falando sobre quem ia no carro de quem e, você ficou muda de repente... – levantei meu olhar atordoado para eles.

- Ah, eu estou bem! – disse rápido demais. – E que, lembrei que não tenho biquíni! – menti.

- Não seja por isso! – Ino disse, vitoriosa. – Eu tenho vários! Posso te dar um, se você quiser é claro! – me vi sem opção quando os meninos responderam por mim.

- Sim! Ela aceita! – revirei os olhos.

...

Na minha casa eu terminava de ajeitar minhas coisas. Uma mochila acomodava só o necessário. O estranho era que aquela noticia ainda atordoava meus pensamentos. Em um estante me vi sentada a beira da cama fitando o nada. Um sentimento de culpa pesava sobre meu consciente e, outro sambava em minhas lembranças.

Eu tinha culpa? Não. Ele tinha. Mesmo que eu tenha me insinuado, foi ele quem tomou uma atitude e foi no banheiro atrás de mim – aliais, ninguém imagina que aquilo aconteceu, o que todos pensam é: que Madara se trancou no quarto até todos voltarem.

Aquele que me possuiOnde histórias criam vida. Descubra agora