Aquele que me possui

Novas estações

Já havia se passado cinco anos desde a partida de Madara. Hoje em dia eu já me formei, no momento ocupo o antigo cargo de Konan: administração. Sasuke deveria dividir o escritório comigo, mas, ele acabou abrindo o próprio negocio: Studio de tatuagem. Claro que ele não faz o serviço, ele paga os caras para trabalharem para ele, e bem, eu fiquei sozinha no departamento.

No começo, quando aquele Uchiha foi embora, eu me senti abandonada, e como eu desconfiava, Hashirama sabia sobre o nosso caso. Ele não perguntou nem muito menos censurou apenas me informou sobre o que Madara fez por mim. Disse que foi graças à informação de Madara - sobre mim e Tobirama -, que eu não fui demitida um mês depois do casamento dele, pois Tobirama queria minha demissão, alegando que eu não estava dando conta do meu serviço, quando na verdade, eu não estava era dando para ele. Em contrapartida, Hashirama citou que eu era de grande ajuda na contabilidade para Itachi, por isso não me demitiria, e sim que me trocaria de local. Ele não falou muito, sobre o quê, exatamente, Madara conversava com ele sobre nossa relação. Apenas me disse que aquele Uchiha havia se envolvido de mais com tudo isso.

Não ficamos amigo, Hashi e eu apenas trabalhávamos socialmente e conversávamos sobre assuntos da empresa, claro que, enquanto trabalhava ao lado de Itachi minha língua coçava para lhe perguntar sobre o tio, mas ele era muito reservado, pouco falava sobre a família, e, se não fosse pela festa de Kurenai, ninguém nem saberia que ambos haviam se casado no civil dois anos após o de Konan.

Ainda nesse meio tempo, minha mãe e eu decidimos que estava na hora de vender o trailer e comprar uma casa, e foi o que fizemos. Assim que me formei, aquela casa móvel foi vendida para podermos dar entrada em uma de verdade, agora com o salário de administradora posso ajudar minha mãe a pagar o restante das parcelas, que nem ficaram tão salgadas assim para o nosso bolso. O que ficou pesado mesmo foi à compra de alguns moveis. Isso sim quase me faliu.

As coisas estavam indo bem. Às vezes, nos fins de semana, a turma da faculdade marcava um cinema ou uma saidera pelo whatsApp, diante disso, lá estávamos nós, reunidos em um boteco qualquer apenas para rir do tempo em que ficávamos louco durante a madrugada para concluir nosso TCC. Era hilário saber que Ino e Naruto haviam se engajado pra valer, já estavam até morando juntos. Karin e Sasuke também não ficaram para trás, na verdade, eles não tinham um compromisso sério, mas volta e meia eles transam. Eu sei por que o Naruto me conta. Eu também andei me enrolando com um carinha aí, nada de compromisso, apenas um bate e fica, só pra não ir para o cinema sozinha. De certa forma, eu ainda sentia que parte de mim não havia se libertado de Madara como deveria, eu ainda procurava por ele em outros caras, ainda procurava sentir aquele mesmo prazer. Impossível.

Minha rotina semanal era 90% dedicada ao trabalho, os outros 10% a manicure e cabeleireira, eu passava boa parte do fim de semana em um salão, seja fazendo as unhas ou o cabelo. Manaus é uma cidade muito quente, a tinta do cabelo desbota rápida e o ressecamento também não ajuda muito.

Eu não estava tendo uma vida muito agitada, mas, quatro anos após a partida do meuamante, algo em minha vida mudou drasticamente...

...

- O que significa isso?!

Era apenas mais um dia, uma quarta-feira. Era o dia de folga da minha mãe, ela me disse que passaria a manhã a fora, mas não me disse para onde iria, disse que seria surpresa. Mas eu não imaginei que fosse ser algo tão desagradável.

- Minha filha! – ela se pôs em minha frente, assustada com minha cara de nojo ao ver tal figura sentada no sofá, com cara de cachorro arrependido.