Seus lábios úmidos esquentavam todo o meu corpo,
Despertando-me sensações que jamais seria capaz de esquecer.
Sua pele era tão suave, tão cálida que,
Chegava a dar pena marcá-la com meus toques rudes.
Mas quando abri meus olhos,
Vi que a pessoa sobre mim não era quem eu estava imaginando ser,
Era apenas a babá.
Mas os olhos eram quase idênticos, a maior diferença era que Sakura tinha uma pitada de inocência em meio aquele mar de provocações.
(Um ano atrás, Uchiha Madara)
~*~
Narrado em primeira pessoa
Haruno Sakura
Eu não sei o que deu em mim, mas tenho certeza que fiquei com cara de idiota. Meu deus, quando Hashirama disse que tinha uma surpresa para mim ele não estava brincando!
Estava andando pelo corredor, ainda abobada com a notícia de que Madara estava de volta. Pergunto-me se Konan veio com ele. Esqueça isso Sakura, você já tem problemas demais!
Na minha sala, eu praticamente desabei sobre a cadeira, estranhamente minhas pernas tremiam e eu me sentia ansiosa. Minha pele ficou gelada e, eu quase entrei em desespero com aquilo. Ver Madara ali, bem na minha frente, trouxe tantas lembranças e sensações à tona que, eu precisaria ficar longe de meu próprio consciente por um longo tempo antes de fazer uma loucura.
Eu achava que o tinha superado. Que já o tinha apagado de minha pele. Mas não. Seus toques pareciam tão vivos quanto à dor que me causou pouco antes de se casar. Merda! Ele não tinha esse direito sobre mim. Ele não podia simplesmente aparecer e me fazer reviver toda aquela turbulência assim, desse jeito tão desesperador.
Engraçado a forma como fiquei me sentindo durante o resto do dia: traumatizada. Era como se Madara fosse uma lembrança tão ruim quanto à de meu pai. Na verdade, olhando por outro lado, estou quase me comparando a minha mãe. Será que as mulheres da minha família têm dedo podre para homem?
Quando finalmente deu meu horário de sair, eu relaxei até o ultimo músculo, me esticando na cadeira e tentando não ficar tensa com a nova presença no escritório – nova não, né? – Após trancar a minha porta, assim que girei os calcanhares em direção a saída, me deparei com Madara saindo de sua sala – depois de tanto tempo vendo aquela sala trancada, foi como se eu tivesse levado uma cacetada na cabeça ao vê-lo sair de lá. Foi quase um choque.
- Boa noite – disse indiferente. Seus olhos não ousaram me encarar, no segundo em que nos vimos frente a frente eles se desviaram dos meus.
- Boa noite – passei direto.
Equilibrar-me sobre aqueles saltos estava difícil, eu pensei que fosse bolar os degraus da escada antes de chegar a calçada. Por sorte, eu consegui alugar uma kitnet próxima ao trabalho – o que facilita em muito a minha vida. A calçada ainda estava úmida, a tarde foi extremamente chuvosa, mas por sorte havia cessado.
Eu não consegui organizar meus pensamentos, o jeito foi colocar um traje esportivo e correr até a academia mais próxima. Eu sentia o sangue fervendo em minhas veias e uma corrente de energia borbulhar em meu interior. Eu precisava gastar uma energia que eu nem sabia que tinha escondida dentro de mim.
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Aquele que me possui
FanfictionComo permitiu que aquele ser a tratasse daquele modo? Não sabia. Viu sua mãe ser tratada daquele jeito a infância toda e, sentiu na pele o pior "quase" lhe acontecer. Era estranho as sensações que ele causava em si, era novo, era diferente. Quando s...