Sentimentos confusos

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Narrado em primeira pessoa

[...] Sakura

{...} Madara

Eu só queria lhe fazer uma única pergunta: ainda sente o gosto dele?

Foi frustrante ter de lhe dar com aquela situação. Eu queria ir atrás dela e abraçá-la, dizer que não tive a intenção, mas o aparecimento repentino de Konan – sendo que ela só vem quando é chamada – me deixou de mãos atadas. A expressão de Sakura era arrebatadora, eu sabia que ela não estava se sentindo bem, eu sabia que ver Konan ali só a faria se sentir pior. Mais que merda!

- Madamor, você se esqueceu que hoje seria a primeira ultra som de nosso filho? – dizia aos risos, não notando meu distanciamento.

- Não era só depois das cinco? – me desfiz de seu abraço com sutileza, tentando não soar mais rude do que exalava.

- Houve uma remarcação para as quatro. Vamos! Eu vim de taxi para não ter contradição sobre quem iria dirigir! – sua euforia às vezes fazia-me sentir pior do que já estava.

Durante o percurso, Konan falava mais que periquito ao meu lado. Reclamou de todos os vestidos que havia experimentado, disse que teria que usar um ao estilo tomara que caia, tendo o tecido abaixo dos seios totalmente solto, ao invés de colado, como queria, para poder esconder a barriga.

Depois de meia hora naquele transito infernal, enfim chegamos a HapClínica do centro. Não que ficasse muito longe, mas o transito no centro da cidade costumava ser intenso.

[...]

Lhe desejo felicidades, Madara!

Já estava farta daquilo. Deles. Ambos só queriam me usar, mas o que eu poderia esperar deles, não é mesmo? Diferente de Madara, Tobirama ao menos se prestou ao favor de ser mais delicado na nossa primeira transa do que aquele estúpido.

- Sakura? Você demorou – o Senju cretino comentou, assim que entrei em nossa sala.

- O senhor Hashirama me chamou para conversar sobre uma possível contratação.

- Tudo bem.

O resto do dia foi tranqüilo, embora ainda estivesse me sentindo um pouco aérea sobre como lidar com Tobirama, confesso que agir como se nada tivesse acontecido foi o melhor tratamento que ele poderia me dar.

~*~

Quando o dia amanheceu e, eu, praticamente, caí da cama, eu já sabia que o dia ia ser ainda tão difícil quanto o de ontem. E foi.

Pra começar, tivemos prova surpresa na faculdade, isso desestruturou a sala toda. Eu pensei que Ino fosse se levantar para bater no gostosão do professor Kakashi, mas graças à lábia de Shikamaru – que conseguiu convencê-lo a realizar a prova em dupla -, a Yamanaka sossegou e foi fazer dupla com Karin, eu me mantive com Naruto. As questões estavam horríveis, por mais que eu entendesse de números, a lógica às vezes não fazia lógica!

~*~

Foi a primeira vez que eu cheguei quase em cima do meu horário, meu chefe até estranhou, mas nada comentou. Apenas me liberou para o almoço, disse que se recusava a me deixar trabalhar caso eu não me alimentasse.

Fiquei feliz por não ter precisado ir até a sala de Madara lhe levar algum documento, ia ser muito constrangedor socializar com ele depois de ontem. Depois de Tobirama. Depois de Konan.Que confusão!

- Sakura? – Tobirama, que até então se manteve em silencio, me chamou, afastando sua cadeira um pouco para trás e dando palmadas em sua coxa. Ele está me chamando?

Aquele que me possuiOnde histórias criam vida. Descubra agora