Dona flor e seus dois maridos

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Narrado em primeira pessoa

[...] Haruno sakura

{...} Uchiha Madara

(...) Senju tobirama

Graças às malditas pílulas, que Madara comprou para mim, meu fim de semana foi um inferno, com tanta dor de cólica. Depois dessa, só se for com camisinha. Passei o dia jogada sobre a cama, rolando de um lado para o outro, essa maldita dor me irrita, mais do que isso, me aflora a paciência.

Agradeci aos céus por não sentir mais nada na segunda, quando fui para a faculdade. A manhã foi bastante corrida, tínhamos um seminário para apresentar. Depois que as aulas acabaram, corri para o quinto período, fui de carona com o Sasuke para o escritório. Na verdade fomos, pois Naruto foi quem nos levou.

- Boa tarde! – cumprimentei meu chefe, assim que entrei na sala.

Sua sobrancelha suspensa por cima dos óculos me fez pensar que, por um rápido segundo, aquele homem me olhou dos pés a cabeça, censurando minha saia. Ou admirando minhas coxas.

- Você quer dizer bom dia? – soltou os papéis na mesa, junto com a caneta. – Acredito que ainda não tenha almoçado – mexeu em outra pasta, puxando um papel. – Está cedo, você não quer ir almoçar primeiro?

Sorri sem graça.

- B-bem, se o senhor não precisar de mim agora, então eu vou – pus minha bolsa sobre a mesa e retirei minha carteira.

- Na verdade – se levantou, retirando o paletó e ficando apenas com a blusa azul claro de mangas compridas -, eu também vou. Posso lhe acompanhar? – como eu poderia dizer não?

Aquilo pareceu perigoso. Era a primeira vez, em dois meses, que Tobirama iria me acompanhar durante um almoço. Eu já havia sido alertada por Itachi e Hashirama, sobre o tipo de patrão que Tobirama costumava ser. Ele adorava ter casos com suas secretarias.

- Se o senhor quiser, tudo bem então – girei meus calcanhares e saí, tendo ele logo atrás de mim.

Ao passar pela porta, um gole de saliva desceu por minha garganta com certa dificuldade ao ver Madara, saindo da sala do outro Senju.

- Bom dia, Sakura! – o senhor Hashirama me cumprimentou, com um sorriso largamente cativante.

- Bom dia! Senhor Hashirama – olhei brevemente para o Uchiha. – Senhor Madara – ele apenas assentiu, desviando os olhos para a figura atrás de mim.

- Vocês estão indo almoçar? – Hashirama, inclinou um pouco a cabeça para o lado, pareceu confuso a me ver na companhia de seu irmão.

- Sim – uma voz grossa soou atrás de mim, quase que irritadiça. – Ela acabou de chegar e, como eu estava prestes a sair, resolvi acompanhá-la – nesse momento, um calafrio correu por minha coluna, saltando sobre cada ossinho da mesma. Procurei o causador desse incômodo e vi Madara, me encarando com uma carranca desconfiada. Com licença? Não estou disposta!

Ignorei sua feição e voltei a dar atenção para os outros dois, que se engataram em uma conversa rápida.

- Tudo bem, Hashirama. Agora eu tenho que ir! – pareceu advertir o irmão, sobre alguma coisa ou comentário dito no momento. – Vamos, Sakura? – me olhou de um modo como se estivesse em duvida quanto a minha resposta.

- Claro! – me pus ao seu lado e fomos em direção a saída.

- Bom almoço – um murmúrio, baixo, mas ainda sim audível aos meus tímpanos, que se afiaram ao ouvir tal reclamação. Virei-me para encará-lo, com um sorriso cínico nos lábios e lhe balbuciei, para que apenas ele entendesse:

Aquele que me possuiOnde histórias criam vida. Descubra agora