Epílogo - A Era das Trevas.

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Ganondorf voltava para a Cidade do Castelo tarde da noite. Havia procurado o campo inteiro, mas não encontrara sinal da princesa e seu tempo estava terminando. Estava frustrado e cansado, as coisas não haviam saído como ele planejara, não encontrou o corpo do garoto no lago, no seu lugar estava um soldado moribundo e molhado, provavelmente havia retirado o menindo da água e morrido em seguida.

Em um ataque de fúria o feiticeiro obliterou o corpo do soldado que estava aos seus pés, ele estava cansado de perder. Quando a noite passasse seria o seu fim, ele não possuía as pedras espirituais, nem fazia ideia de como abrir a Porta do Tempo, sua única dica era a ocarina roubada do garoto.

Enquanto andava pelas ruas da cidade destruída os seus guerreiros se ajoelhavam perante a figura do feiticeiro que havia dominado a Cidade do Castelo de Hyrule, Ganondorf os ignorava com soberba. O homem finalmente examinava a ocarina, procurava pelo símbolo da Família Real em algum lugar da ocarina simples feita de barro, ele sabia que a ocarina do tempo tinha o desenho da Triforça marcado em algum lugar. Mas o único detalhe que achou na ocarina que Saria dera para Link foi uma pintura verde perto do bocal.

Aquela não era a ocarina do tempo.

Ganondorf apertou a ocarina no seu punho com ódio até que o instrumento presenteado com tanto amor e que ajudara Link nas suas maiores aventuras se desfez em cacos de barro e pó. Jogou os pedaços na sarjeta e seguiu, dessa vez apressado, em direção ao Templo do Tempo.

O desespero começava a lhe subir como calafrios na coluna. Ele tinha que descobrir uma forma de arrombar a Porta do Tempo, com todo o poder que possuía não poderia ser tão difícil. Se não ele precisaria descobrir uma forma de reverter a maldição, algo que mantivesse sua existência, ele não poderia morrer assim!

Ganondorf abriu as portas do templo e ficou surpreso. Tudo estava diferente e ele não conseguia acreditar. O altar antes vazio agora possuía três joias flutuantes que giravam sobre o seu eixo, a parede do fundo agora abria caminho para uma nova câmara, e nessa câmara havia algo que fez Ganondorf tremer por um instante.

Uma fissura aberta no ar acima de um pedestal emanava uma luz branca ofuscante. O homem do deserto se sentia atraído pela energia poderosa que a fissura emanava. Tudo aquilo só poderia ser um sonho.

O feiticeiro caminhou lentamente enquanto um sorriso lhe tomava os lábios. Estava frente a frente com a fissura brilhante, esticou o seu braço para toca-la e assim que o fez o mundo ao seu redor desapareceu em pura luz.

A cores foram voltando lentamente e Ganondorf se encontrou em um lugar estranho. Um longo corredor branco tomado por nuvens, possuía pilastras nas suas laterais e era rodeado por um infinito céu azul. Ele havia conseguido, aquele era o Reino Sagrado da lenda.

A felicidade e satisfação do homem cruel não podia ser medida, dando gargalhadas ele destruiu algumas das pilastras em euforia e pôs-se a caminhar pelo corredor. A cada passo as nuvens se afastavam e Ganondorf podia ver o que estava mais a frente. Após uns minutos de caminhada o feiticeiro alcançou o que procurava.

O corredor agora se abria em uma plataforma redonda e sobre ela flutuava suntuosamente o artefato místico que tinha a capacidade de mudar destinos. Os três triângulos sagrados brilhavam na frente de Ganondorf com a promessa de realizar qualquer desejo.

A ganância revirava os pensamentos do feiticeiro das maneiras mais absurdas. Aquele era o seu passe para o poder supremo sobre todas as coisas. Não haveria inimigos a sua altura, ninguém seria capaz de enfrenta-lo.

As mãos trêmulas de Ganondorf alcançavam a magnificência da Triforça. Ele finalmente seria capaz de dominar o mundo.

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A Lenda de Zelda - A Ocarina Do Tempo. Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora