Prólogo

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Juliana Diniz

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Juliana Diniz

Qual e a definição de amor? Ou amar. O ser humano e munido de muitas formas de amar se assim lhe for de sua vontade. Por exemplo, nos, já nascemos amando os nossos pais, e ao longo da vida, podemos amar mais, ou menos, depende do tipo de amor que recebemos.

Podemos amar a um bichinho de estimação, a uma amiguinha da escola, ao professor gato de matemática, que mesmo odiando a matéria, você ama aqueles olhos cor de mel, que te deixam arrepiada todas as vezes que ele chama o seu nome, mesmo que seja para te foder, ao mandar você responder uma raiz quadrada no meio da sala, sendo que você passou a ultima hora apenas olhando para ele. Acreditem, isso já aconteceu comigo!

Enfim, voltando a minha definição de amor, e deixando a minha paixonite pelo meu professor de matemática de lado, afirmo que o amor e relativo! Sim, você pode amar aquele garoto lindo da sua escola, ou do bairro vizinho, e odiá-lo na mesma intensidade quando ele te olha torto por você ter alguns quilinhos a mais. Aí minha amiga, já era, você sabe que ali não tem futuro nenhum.

Bom, as pessoas amam muitas coisas, lugares, artistas, cantores, comidas, Hobbies. Bom, eu, particularmente amo com mais intensidade as duas ultimas coisas, não que eu não ame algum artista ou lugar, mas vamos falar a verdade, tem coisa melhor do que comer, e fazer algo que te dar ainda mais prazer? Como eu disse, o amor e relativo!

Vou deixar de conversa fiada, e ir direto ao assunto, acho que já falei por demais. Meu nome e Juliana Diniz, filha de pais maravilhosos que me amam acima de tudo. Graças a Deus!

Foi o amor deles que me fez passar por uma adolescência difícil, afinal não e nada fácil sempre ter no minimo vinte quilos a mais, do que a maioria das pessoas -meninas- da sua turma. Ser a ultima a ser escolhida para jogar nas aulas de educação física, ou a ultima a entrar no refeitório para não ser zoada com aquela fatídica frase " Vê se não acaba com a comida toda saco de batata!"Sim, isso dói, e doeu, mas, como eu já disse: Graças a Deus, eu tenho os meus pais.

Depois de passar por tudo isso ao longo de minha infância, e adolescência, hoje, eu não posso reclamar muito da vida que tenho. Sou formada em fotografia, e amo, amo de verdade o que faço. Mas infelizmente, mesmo amando fotografar, confesso que ainda sim, trabalhando na área que amo, não trabalho no lugar que mais amo. Sacou? Eu amo fotografar paisagens, mas infelizmente, trabalho a maior parte do dia dentro de um estúdio, e pior, fotografando os mauricinhos que herdaram a empresa do papai, e que na maioria deles, não precisava estudar metade do que estudei para estar onde estão. Malditos mauriçocas que nasceram com a bunda devidamente virada para a lua.

Por isso, sempre que iriamos ter que fazer algo na rua, eu aproveitava para dar os meus pulos, e entre um clic e outro, de um daqueles engravatados, que quando me viam, no auge dos meus 95 quilos de pura gostosura, entortavam a cara. Nem ligo meu bem, o importante e eu gostar de mim na frente do espelho. E acreditem, eu aprendi a me ama!

Viver, sorrir, amar, se divertir, era muito bom! Pena que isso era a ultima coisa que eu estava conseguindo fazer ultimamente. Sim, esta complicado. Terminei um relacionamento de mais de quatro anos, por que? Simples, ele estava me traindo! Enfim, não vou entrar nestes detalhes, por que falar do Guilherme, me deixa deprimida, e eu não estou a fim de embarcar para Londres, com uns quilinhos a mais depois de devorar um pote de sorvete de chocolate de dois litros sozinha. Não que isso seja um problema para mim. Jamais, sorvete e vida. Mas não quero pegar uma gripe, e afastar os londrinos gatinhos que vou pegar nos próximos trinta dias, que é o tempo que dura as minhas ferias. AMEM SENHOR!

Reymond Scott

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Reymond Scott

Posso dizer que nasci com a bunda virada para a lua! Meu pai e dono de uma das maiores, e melhores empresas de telecomunicações de Londres, e eu, bom, sendo o primogênito, estou automaticamente escalado para ser o seu sucessor. No caso, tenho emprego garantido para o resto da minha vida sendo um engravatado em tempo quase integral.

Ao contrario de muitos filhinhos de papai, eu estudei muito, fiz faculdade de administração, me formei em segundo lugar, fiz MBA, e sou especializado em telecomunicações, tudo para substituir o meu pai quando ele vier a falecer. Tomara que isso demore, e muito a acontecer. Amo os meus pai, só não amo o que eles se tornaram. Esnobes, e de nariz em pé.

Eu posso dizer que sou completamente diferente de minha família. Meus pais vivem para a empresa, e os meus irmão mais novos, o Taylor de 21, e o Jack de 17, vivem para torrar o dinheiro deles. Se eu faço o mesmo? E claro que não!

Neste momento, eu alugo um pequeno estúdio no centro de Londres, onde guardo os meus quadros, e claro, moro. Sim, eu moro sozinho, em um estúdio demasiado escuro, e bem simples. Lá eu mantenho apenas as minhas telas, tintas, as minhas roupas, e algumas peças de roupas de cama, que eu forro um colchão de casal que fica no chão. Mas por que isso? Por que os meus pais não aceitam que eu, depois de eu ter me especializado para substituir o meu pai na empresa, tenha virado Hippie. Bom, isso e o eles dizem, mas na realidade, eu decidi viver o meu sonho, ser pintor, e trabalhar com arte. Na realidade, eu só sou chamado de Hippie pela minha adorada mãe, devido as minhas madeixas longas e loiras, que eu simplesmente adoro.

Sempre amei desenhar e pintar. Quando criança, as minhas babas sempre me elogiavam, pois era o único que não ficava quebrando os vasos de casa, ou as deixando loucas com as peripécias que os meus irmãos aprontavam ao longo do dia.

Enquanto eu estudava que nem um louco para ser administrador de empresas, dentro de mim, nutria a vontade de seguir outros rumos, de fazer o que amo fazer, de viver do que amo fazer. E as vezes que me peguei rabiscando os meus cadernos da faculdade com as feições das pessoas, e coisas ao meu redor, eu vi que era exatamente aquilo que eu queria para a minha vida. Então, um dia depois de eu ter pego o meu diploma de graduação, eu comuniquei aos meus pais que iria embora de casa, e mesmo com os escândalos de Dona Elizabeth, eu sai de debaixo de suas asas, me sentindo leve, e feliz da vida.

Se a vida de morar sozinho e fácil? E claro! Que não! Mas eu gosto, nada nesta vida e fácil, se fosse não teria graça. E definitivamente, eu adoro desafios, e estar na "rua" por conta própria, fora dos cuidados dos meus pais, e um desafio que eu estou gostando muito de encarar. Afinal, já tenho la maus 28 anos, e sou bem crescido, sei cuidar de mim.

Eu faço auto retratos na praça Trafalgar, umas maiores, e mais lindas praças de Londres, um ponto turístico, e muito procurado pela sua historia, por ser um lugar completamente familiar, e convidativo para um piquenique, coisa que me ajuda muito, afinal, quem não quer ter este momento gostoso em família eternizado em uma pintura?

E por este motivo, eu estou muito bem no que escolhi fazer, faço o que amo, pago o aluguel do estúdio/casa, e me mantenho confortavelmente bem, vivo honestamente, e isso e o que importa.

Através Dos Seus Olhos - (1° livro da duologia)Onde histórias criam vida. Descubra agora