Capítulo-18- A segurança de seus braços.

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Rey


-Ate que enfim, pensei que tinha me colocado mais uma vez para escanteio em sua vida Reymound!

Sorri ao entrar em seu quarto, como sempre dona Izy, sendo dramática.

O dia estava menos chuvoso que a noite passada, ainda bem. Eu amo chuva, e o frio da cidade, não sei se conseguiria me adaptar em outro lugar do mundo, amo Londres, e aqui me sinto muito bem. Mas tem dias que o frio desanima ate a mim.

Levei a Juliana ate o hotel, assim que saímos da cafeteria. Estacionei, e quando ela se desfez do cinto para descer, eu segurei em seu braço e a beijei ternamente. A minha vontade era de fazer isso do lado de fora para que todos vissem, mas não sei se ela iria gostar desta exposição toda. Eu quero cuidar dela, e não deixar que nada de ruim, ou ate mesmo constrangedor aconteça com ela. Por isso, procurei evitar.

Sai do carro, dei a volta e abri a porta para ela, lhe dei um beijo na testa, e nos despedimos por ali. Não sei se foi impressão minha, mas acho que pela expressão entristecida em seus olhos, eu acho que ela esperava mais. Sera que ela queria que eu a beijasse ali fora, na frente de todos, e acabasse a expondo? Sera que ela realmente se incomodava em ser exposta?

Enfim, preferi não ficar pensando sobre isso, e assim que ela desapareceu no hall do hotel -sob os olhares do mesmo rapaz observador-ate demais-, eu simplesmente entrei no carro, e fui embora. Agora eu precisava encarar a dona Izy, e mais tarde eu pensava em algo relacionado a Ju.

Voltando a sua afirmação, assim que entrei no quarto de minha mãe, eu não disse absolutamente nada, apenas me aproximei, sentei ao seu lado, e a abracei, envolvendo os meus braços grandes em seu corpo pequeno, que quase desapareceu entre eles. Beijei os seus cabelos grisalhos disfarçados com uma tintura loira, que a deixavam no minimo uns cinco anos mais jovem do que realmente era. Minha mãe era super vaidosa, não uma louca compulsiva com a beleza, ela era bem resolvida com os seus 55 anos, e procurava sempre se manter muito linda. E ela conseguia perfeitamente.

Somente quando ela ficou por longos minutos emudecida em meus braços, apenas aproveitando a minha companhia, foi que eu fui me dar ao trabalho de olhar ao redor, e ver quem mais estava no quarto.

-Depois não gosta quando eu falo que o Rey, e o filho predileto!-Taylor, disse como se fosse um menininho birrento com ciumes do irmão.

-Para de drama Taylor, eu amo os meus filhos!-minha mãe se desvencilhou de meus braços encarando o meu irmão.

-Mas ama mais o Reymound!-soltei o ar dos pulmões com um pouco de impaciência.

-Você já tem 21 anos Taylor, não haja como se tivesse apenas um terço da sua idade!-disparei contendo o tom de voz.

-Eu vou para casa almoçar!-se levantou daquela terrível poltrona onde eu passei aquela noite horrível. Estou todo moído por causa desta maldita poltrona!-se alongou fazendo uma careta de dor.

-Se voce, deste tamanho ficou assim, imagina eu?

-Você deve ter ficado todo dolorido não e meu neném?

-Neném mãe? Não né?-a encarei e sorrimos.

-Ridículo isso! Estou indo mãe, aproveita para chamar o seu filho favorito para dormir com a senhora esta noite!-beijou a sua testa, e deu-lhe as costas.

-Você esta agindo como uma criança mimada Taylor, eu tenho certeza de que não foi assim que eu lhe criei. Eu estou acamada, mas ainda posso recuperar o tempo perdido, e te dar umas ótimas palmadas!

Através Dos Seus Olhos - (1° livro da duologia)Onde histórias criam vida. Descubra agora