Eu ainda estava sentada no meio-fio, refletindo um pouco de meus erros e bobeiras. De repente, eu escuto uma buzina, vinda na minha frente.
Eu olhei para frente e vi o carro de meu pai e ele me pedindo para entrar, eu peguei o meu celular e vi as horas. Eram exatamente 23:52. Eu fiquei por tanto tempo sentada na rua?
Me levantei e fui em direção ao carro. Bati no vidro do carro e meu pai o abriu me olhando confuso, talvez por que eu não tenha entrado direto.
Charlie- Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou.
Khenya- Pai, pode voltar para o hospital, eu vou passar pelo mercado vinte e quatro horas pra comprar algumas coisas. - Disse me desencostando do carro.
Charlie- Não Khenya, entra que eu te levo lá.
Khenya- Melhor não pai, eu quero refletir um pouco no meio do caminho, com calma sabe?
Meu pai ficou me olhando mais confuso ainda. Eu não estava normal...Eu nunca queria refletir, assim...do nada. Eu sempre queria ter a razão, a certeza de tudo. Mas agora está sendo diferente. Por quê?
Charlie respirou fundo e me olhou, com os olhares de gente surpresa.
Charlie- Tudo bem, mas ande rápido!
Khenya- Claro pai... - Ele deu partida e eu segui meu caminho até o mercado.
***
Eu cheguei no mercado umas 00:21, ele não era muito longe mas eu estava andando super devagar. Eu fui pra ala de comidas leves.
Peguei batata palha, uma latinha de coca e um pirulito. Fui no caixa e paguei. Saí do mercado e fui para o hospital, enfrentar o meu erro.
Pisei o pé na frente da porta do hospital e chorei mais um pouco, lá estava a pessoa que está em risco de morte, por minha causa.
Agora não é hora de se culpar Khenya, você fez de tudo por esse idiota ficar bem e nada adiantara. Eu já derramei as lágrimas que ninguém derramou e não é por causa disso que irei me sentir assim, eu deveria estar me importando com coisa pior? Acho que não.
Logo entrei e vi ali Erika, Gabriella e Killer sentados no banco.
Khenya- Oi gente... - Me sentei no sofá branco do local.
Erika- Oi...onde estava?
Khenya- Eu...fui apenas comprar algo para comer, querem?
Eu não queria falar realmente o que eu fui fazer, chorar no meio-fio da rua, isso é totalmente patético de uma menina como eu, que sempre foi fria com todos mas que estava com uma ferida aberta no coração.
Khenya- Onde está o Léo? - Olhei pro lado. - Ahh, foi pegar água?
Léo- Por que está agindo naturalmente? - Ele se sentou ao meu lado. - Aconteceu alguma coisa?
Eu não queria contar, eu não podia contar, isso era algo pessoal para mim, algo que vou guardar para sempre comigo. Mesmo isso sendo idiotice, eu me importava com essas coisas sim! Eu sou sentimental e qualquer coisa choro, tentei agir normal, com um ar de tristeza sem chorar.
Khenya- Mas eu não estou agindo naturalmente, estou apenas me esforçando para não desabar aqui mesmo.
Léo- Tem certeza?
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Rebeldes Apaixonados
Teen FictionKhenya Sillter é uma adolescente de 17 anos, é uma menina um pouco rebelde. Ela tem os cabelos pretos das pontas roxas, olhos azuis e pele branquinha, usava piercings, um no canto da boca e outro no nariz. E também tinha um no umbigo. Ela acabou de...