Capítulo 3

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Todos estavam prontos para a festa, eu trajava um jeans preto com um camisão azul. Sai do quarto após terminar de arrumar o meu cabelo, me dirigi para a sala, onde vi Artur com um camisão vermelho, e jeans preto, ele estava lindo, todos pararam para observa-lo, ele realmente conseguiu prender a atenção de todos, ele fez àquela cara de quem não entendeu nada, acho que ele nunca notou o quanto era lindo, para ficar surpreso daquele jeito. Eu e Natália fomos junto com Artur no carro dele, ele tinha uma Ecosport 2014 azul, entramos no carro e Artur deu a partida, a festa seria um pouco longe, uns 40 minutos de carro. Ele dirigia atenciosamente, enquanto eu conversava com Natália, eu já estava notando umas dores no meu corpo, e o cansaço era grande, sendo que fiquei de cama o dia todo, porém não contei a ninguém.

- Tem certeza que você está melhor? - Artur perguntou preocupado.

- É claro, melhor impossível. - Numa coisa eu era bom, em mentir sobre como eu me sinto.

- Você não aparenta estar tão bem assim. - Natália comentou.

- Mas eu estou. - Insisti.

- Qualquer dor, tontura, ou qualquer coisa que você sentir você me avisa, que a gente vai embora na hora. - Tadinho do Artur, achava que mandava em mim.

- Não sou criança, sei me cuidar sozinho.

- Sabe tão bem que ficou doente. - Ele gostava de retrucar.

- Todo mundo fica doente Artur, não é uma exclusividade minha, até você fica. - Comentei demonstrando irritação.

- Mas poderia ter evitado, tu também pedes, fica andando sem camisa, no ar condicionado frio, toma banho gelado, anda descalço. - Eu realmente não entendia o porquê de tanta preocupação com esse assunto.

- O que eu faço ou deixo de fazer é problema meu. - Demonstrei minha irritação falando de modo bem grosso.

- Mas é claro que é, eu me preocupo contigo. - Ok, essas palavras me pegaram de surpresa, Natália olhou espantada.

- E por que tanta preocupação comigo? - Perguntei agora mais calmo.

- Por que você é importante para mim, todos os meus amigos são. - Ele poderia ter evitado o "amigo".

- Obrigado pela preocupação, mas eu vou ficar bem. - Respondi olhando para janela, onde uma leve chuva embaraçava o vidro.

- Eu sei que vai. - Ele respondeu baixinho, ainda atento a pista.

Natália não falou absolutamente nada, embora eu sabia que ela estava louca para dizer algo, só pelo seu olhar, quando ficássemos sozinhos, provavelmente ela vai falar.

Chegamos ao local da festa, era uma boate no centro da cidade, estava reservada só para quem era da faculdade. Depois de um certo trabalho para estacionar o carro, devido à grande movimentação, finalmente chegamos a boate, após mostrar a identidade e sermos revistados, entramos. Eu admito que não sou o maior fã de baladas, sinceramente evito sempre quando eu posso, mas como estavam todos ali, não quis faltar. O barulho era enorme, a música eletrônica fazia o chão tremer, as pessoas gritavam mais ainda, Artur e Natália sempre ao meu lado.

Após encontrar o pessoal da sua turma, Artur foi falar com eles, enquanto eu e Natália fomos pegar umas bebidas. Eu pedi um guaraná, meu favorito, e ela uma Coca, eu não bebia, então sempre fico só no refrigerante. Conversar estava difícil com toda aquela barulheira, mas a gente tentava.

- Heyyy. - Natália gritou no meu ouvido.

- FALA. - Respondi no mesmo tom, ou seria impossível de ouvir.

Era pra ser só amizade, mas... (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora