Capítulo 16

610 44 1
                                    


- Amor, você falou que a gente precisava conversar sobre como vai ficar a visita a casa dos teus pais. - Artur comentou enquanto o filme ainda estava no início.

- Ah é verdade, eu já ia me esquecendo.

- Quando vai ser? - Ele estava muito animado.

- Mês que vem, vamos esperar passar esse mês de provas, é melhor.

- Claro.

- A gente pode ir na sexta e passar o final de semana.

- Ótima idéia. - Artur respondeu.

- Vai ter um final de semana que emenda com o aniversário da cidade, minha mãe preferia que fossemos nesse, por que dai toda familia se reune pra festa do divino que comemora o aniversário da cidade. - Continuei.

- Excelente idéia, continua.

- Já sabe, vou te levar, mas inicialmente tu vai ser um amigo que queria conhecer minha cidade e tals, principalmente pro meu pai. - Artur escutou tudo sem problemas.

- Claro claro, já to ligado, não se preocupa que eu não vou fazer nada errado.

- Eu sei que não vai amor, confio em você. - Dei um beijo nele.

- Só me avisa direitinho, pra eu arrumar tudo certinho, ta bom??

- Pode deixar.

- Gostou da surpresa de hoje a noite?? - Artur perguntou todo bobo.

- É claro amor, poderíamos fazer isso mais vezes. - Respondi.

- Se toda vez acabar em sexo, eu topo hehe.

- É um safadão mesmo né. - Comecei a rir.

- Não é safado amor, é a necessidade do ser humano.

- Aham sei. - Continuei rindo.

- Com uma leve mistura de safadeza, mas bem leve sabe. - Ele já veio com a mão boba.

- Claro bem leve né amor.

A noite foi maravilhosa, simplesmente inesquecível, já repetimos tantas vezes, e nunca nos cansamos de repetir, vimos o filme, brincamos, rimos, comemos bastante besteira, e é claro tranzamos muito, mas muito mesmo. Quando acordei na sexta pela manhã, ainda estava chovendo, e estava extremamente fria, Artur dormia feito um anjo que dava até pena de acorda-lo. Fui até o banheiro dele e fiz minha higiene matinal, depois me dirigi a cozinha e preparei o café da manhã, como tinha bastante coisa na geladeira, não foi preciso ir na padaria. A mesa do Artur estava cheia de livros e anotações, eu não entendia nada de medicina, e pra estudar tudo aquilo, tem que amar muito a profissão, ser médico era o sonho do Artur desde criança, e o Pai dele sempre apoiou, assim como seu irmão também. Ele tinha a mania de usar marca texto em todas as partes mais importantes, até hoje ele ainda faz isso, acho tão fofo.

Eu nunca tinha parado pra notar as fotos do Artur na prateleira, tinha foto de várias pessoas que reconheci da sua festa de aniversário, tinha algumas fotos nossa, foi então onde eu percebi algo engraçado, na minha estante da sala em casa, tenho vários porta retratos, e tem uns três com o Artur, assim como tem no meu quarto, porém no dia que meu pai esteve em minha casa, ele passou em frente a estante, e pareceu não perceber tais fotos, ou será que percebeu e simplesmente achou que era só mais um amigo?? Afinal tinha fotos com a Natália, Lucas, entre outros, se ele não percebeu era relativamente estranho, pois assim como eu, meu pai era extremamente detalhista. A chaleira começou apitar e foi aonde voltei a realidade, e deixei a inércia de meus pensamentos, mas uma foto me chamou a devida atenção, tinha uma foto do Artur com um garoto, aparentava uns 14 anos, eram parecidos, porém por parecerem da mesma idade, não poderia jamais ser o Gus, então quem era aquele garoto que eu nunca tinha visto antes?? Isso me deixou bem curioso, porém a chaleira cada vez apitava mais alto, então fui terminar o café.

Era pra ser só amizade, mas... (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora