Capítulo 15

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- Pai??? você por aqui?? - Perguntei Nervoso.

- É claro filhão, não posso te visitar?? - Ele perguntou curioso.

- É claro que pode paizão, sempre um prazer receber o senhor aqui. - Tentei disfarçar.

- Não vai me convidar para entrar??

- É claro pai, entra.- Eu estava tão nervoso.

- Nossa isso que eu chamo de organização em filho. - Ele comentou ao dar uma olhada no meu apartamento.

- Valeu pai.

- Você puxou mesmo a sua mãe, até na organização. - Ele ria.

- Falando na mamãe, como ela vai?

- Vai muito bem.

- E o Pedro??

- Seu irmão, ah ele está ótimo. - Meu irmão Pedro era o orgulho do meu pai. ( Obs: Tanto o meu irmão, quanto meu ex-namorado da época do colégio tem o nome Pedro).

- E o meu sobrinho lindo?? - Pedro tinha um filho de quase dois anos, Kauã é uma coisa fofa.

- Cada dia mais sapeca, me lembra vocês dois quando eram crianças, viviam aprontando. - Meu pai se sentou no sofá.

- To com saudades daquele sapeca. - Eu não parava de olhar para a porta do quarto, na esperança que ela não abrisse até meu pai ir embora.

- Se você nos visitasse mais vezes né senhor Higor Gonçalves, não estaria com tantas saudades.

- É eu sei pai, eu andei bem sumido nos últimos meses. - Meu pai tinha toda razão de reclamar, eu havia sumido, deveria visitar minha família mais vezes.

- Nós sentimos sua falta filho, toda familia sente, principalmente sua mãe. - Seu tom era sério.

- Eu sei pai, me desculpa ta, não vou mais sumir assim, eu prometo.

- Eu acredito filho, e agora quando vai me apresenta-la?- Ele perguntou de repente.

- Apresentar quem??

- Sua namorada filho. - Ele respondeu rindo.

- Ah não tem namorada nenhuma pai.- Eu ri para disfarçar.

- Ah claro que tem, você anda sumido, e aquela mesa do café está preparada para duas pessoas. - Essa parte me fez gelar.

- Ah não pai, é que as vezes a nat aparece aqui pra gente tomar café, ela faz academia junto comigo, mas não é minha namorada. - Tentei disfarçar.

- Ah claro, desculpa filho. - Ele pareceu constrangido.

- Não esquenta pai, Eu sei que você quer que eu namore, mas ainda é cedo. - Rapidamente peguei meu celular e mandei uma mensagem pro Artur não sair do quarto de jeito nenhum , como ele sempre olhava o celular quando acordava, tinha esperança que ele visse.

- Você tem razão filho, em primeiro lugar os estudos agora, você vai ter bastante tempo depois.

- Claro, e as coisas no serviço??

- Vão muito bem, ainda não estou pronto para a aposentadoria, ainda tem muito bandido que eu quero botar na cadeia. - Meu coroa era Sargento da polícia militar.

- Verdade.

- Bom filho, eu só vim te fazer essa rápida visita, por que tenho bastante coisas para fazer, seu velho pai tem bastante serviço, eu te amo filho, se cuida.

- Também te amo pai, se cuida também.

Me despedi dele e fechei a porta, nesse momento uma sensação de alívio tomou conta de mim. Artur abriu a porta e me olhou, então começou a rir, sentei na frente da porta e comecei a rir também.

Era pra ser só amizade, mas... (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora