capítulo 6

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- Éééé.... Digo... Claro... Sem dúvidas, não estaria com ele se não amasse. - Respondi gaguejando, estava nervoso, essa era uma situação que jamais havia passado, minhas estranhas se contorciam de nervosismo, Gustavo me olhou com aqueles olhos verdes idênticos ao do irmão.

- Será mesmo??? tenho medo de ser só uma paixão, e meu irmão acabar sofrendo. - Notei o tom de preocupação em sua voz,era nitido como gostava do irmão.

- Olha, posso te garantir que farei de tudo pra fazer seu irmão feliz Gustavo, a gente ta dando certo, e to feliz com isso, isso é tão novo para mim,quanto é para ele, mas está funcionando, e vou lutar muito para que continue assim, pode confiar. - Falei convicto, minhas palavras eram sinceras.

- Você me transmite ser uma ótima pessoa Higor, e a julgar pelo o que meu irmão fala de você, realmente deve ser,então vocês tem todo meu apoio, mas quero deixar algo claro. - Essa última parte me deixou ainda mais nervoso.

- Claro, pode falar. - Embora eu parecesse seguro de mim por fora, por dentro eu tava quase borrando as calças.

- Magoe meu irmão, e quebro todos os ossos do seu corpo, sem querer assustar é claro. - Não parecia brincadeira, minhas calças já eram.

- Claro, entendi, eu preciso ir ao banheiro. - Impossível não tremer, o cara parecia um tanque de guerra.

- Claro, fica a vontade. - Ele falou entre risos.

No banheiro, notei que por mais que ele falasse em tom ameaçador,no fundo só queria proteger o irmão, assim como o meu faz comigo, mas dizer que vai quebrar meus ossos é sacanagem, tão me achando medroso??? experimentem ser ameaçados por um tanque de guerra daqueles,mas que ele era lindo ele é, não contém pro Artur. Voltando para a mesa,Artur já estava sentado junto ao irmão, aos risos.

- Já voltou amor. - Artur falou mesmo com seu irmão ali, e notei que Gustavo não se incomodou nem um pouco.

- Não, to lá no banheiro ainda. - Dei uma risada.

- Morri de rir engraçadinho.

- Um dia sem sarcasmo, é um dia desperdiçado. - Falei.

- Verdade. - Respondeu Artur.

- Vocês dois são uma comédia. - Disse Gustavo por fim.

- Isso ainda é um dia normal, tem que ver quando um dos dois ta de mal humor. - Respondi tomando mais um pouco de suco.

- Vish, tu atura esse chato de mal humor. - Gustavo falou brincando,passando a mão no cabelo do irmão, bagunçando o mesmo.

- Tenho que aturar né. - Disse rindo.

- Olha quem fala né. - Artur falou pra mim.

- Tu é pior. - Respondi.

- Sabendo que é tu. - Ele respondeu.

- Sabendo que é os dois. - Falou Gustavo.

- É tem razão Gustavo. - Falei.

- Pode me chamar de Gu. - Ele respondeu.

- Pode deixar.

- Ele já chegou na parte que disse que ia quebrar teus ossos se tu me magoasse,sendo que ele não mata nem mosca. - Artur disse rindo, olhando pra mim.

- Já sim. - Comecei a rir junto.

- Eu tenho que passar a imagem de irmão Durão né. - Disse Gu também rindo.

- Claro que tem mano.

- Você só quer o bem dele, respeito isso, meu irmão também é assim.- Eu disse por fim.

Era pra ser só amizade, mas... (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora