— O quê?! — Ben quase gritou.
Byron acenou com a cabeça:
— Sim. Acho que vos vão levar.
— A nós os dois?
— Sim — respondeu Byron — Acho que a nossa base militar fez um acordo com a EVO para vos levar de volta para as colónias. Pelos vistos, tu e a tua amiga valem muito dinheiro por serem imunes.
Ben levantou-se da maca — o seu ombro já não lhe doía tanto como antes.
— Onde é que vais?
— Vou salvar a Aria — replicou Ben
— Eu vou contigo — disse Byron
Ben esboçou um esgar:
— Porquê?
Byron acenou com a cabeça:
— À muito tempo que odeio a EVO. Eles têm segredos obscuros que a humanidade deveria ter conhecimento.
Ben calculou que fosse à cerca do vírus KHS ter sido criado pela própria EVO. Mas aquilo apenas era um sonho-recordação que ele teve. Podia ser ou não recordação ou apenas um mero sonho.
— Qual foi a razão de vocês terem fugido da EVO — perguntou Byron
— É por causa da cura. O meu sangue é precioso pois contem enzimas que são necessárias para criar a cura.
— Então, a cura já foi descoberta? — perguntou Byron
Tantas perguntas. Porquê?
— Sim. Só basta criá-la.
— OK — disse Byron, como resposta. Despiu a sua bata e pousou-a em cima da maca. O homem aparentava ter uns trinta anos de idade — Eu quero te ajudar.
— Está bem — disse Ben —, mas como é que me queres ajudar?
Byron aproximou-se de um armário e retirou de lá duas M16, dando uma a Ben.
— Vamos lá ajudar a tua amiga!
Byron abriu a porta da sala e saiu.
Ben calçou os seus ténis e seguiu Byron sem dizer uma única palavra.
Ben seguia Byron pelos corredores da Base militar. Eram curvas e contracurvas, que o faziam lembrar um labirinto.
Ele achava que era um pouco estranho confiar em no médico desconhecido — Byron — à tão pouco tempo; contudo, ele não tinha escolha.
Por fim. entraram num quarto que era pouco iluminado. Possuía duas camas — uma delas estava com os lençóis amarfanhados — e apenas uma cadeira no meio do quarto.
— Era suposto a tua amiga estar aqui... — Byron quebrou finalmente o silêncio.
Byron só podia estar a enganar Ben, portanto, ele caminhou a passos largos, com a raiva a alastrar-se no seu corpo e apontou a sua M16 para Byron:
— Onde é que ela está!?
Byron deixou cair a sua espingarda ao chão, em seguida, ergueu os braços no ar.
— Responde! — ordenou Ben
— Achas que eu sei!? — replicou Byron, em plenos gritos — Porque é que me estás a apontar a arma?! Eu só estou a tentar ajudar!
— N-não consigo confiar em si! — balbuciou Ben — Acho estranho confiar plenamente numa pessoa que conheci à dez minutos atrás.
— Juro que te quero ajudar! Juro pela vida do meu filho!
— Filho?
— Sim, o Edward. Juro que ele morra com a doença KHS!
Algo na expressão de Byron fez Ben ceder:
— Está bem. Tens alguma ideia de onde poderá a Aria estar?
O som de propulsores invadiu o ambiente. Aquele som das hélices a rasgarem o vento com toda a força. Ben sentiu uma aeronave — do lado de fora do edifício — a estacionar.
— Ben... — começou Byron
— O que é?!
— A EVO acabou de chegar... Talvez a Aria esteja lá fora! Ela vai ser levada...
— Temos de os impedir. Já!
Ben e Byron saíram do quarto e percorreram novamente os vários corredores da Base militar.
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Tempestade Solar - Vírus Mortal #2
Science Fiction(Livro 2) Descobrir a cura deveria ter sido o fim. A extinção da humanidade seria salva, acabar-se-iam as mentiras da EVO e a vida de Ben voltaria à normalidade. Mas ninguém sabia que a EVO seria tão malvada ao ponto de querer matar Ben e os seus am...