CAPÍTULO CATORZE

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— O quê?! — Ben quase gritou.

Byron acenou com a cabeça:

— Sim. Acho que vos vão levar.

— A nós os dois?

— Sim — respondeu Byron — Acho que a nossa base militar fez um acordo com a EVO para vos levar de volta para as colónias. Pelos vistos, tu e a tua amiga valem muito dinheiro por serem imunes.

Ben levantou-se da maca — o seu ombro já não lhe doía tanto como antes.

— Onde é que vais?

— Vou salvar a Aria — replicou Ben

— Eu vou contigo — disse Byron

Ben esboçou um esgar:

— Porquê?

Byron acenou com a cabeça:

— À muito tempo que odeio a EVO. Eles têm segredos obscuros que a humanidade deveria ter conhecimento.

Ben calculou que fosse à cerca do vírus KHS ter sido criado pela própria EVO. Mas aquilo apenas era um sonho-recordação que ele teve. Podia ser ou não recordação ou apenas um mero sonho.

— Qual foi a razão de vocês terem fugido da EVO — perguntou Byron

— É por causa da cura. O meu sangue é precioso pois contem enzimas que são necessárias para criar a cura.

— Então, a cura já foi descoberta? — perguntou Byron

Tantas perguntas. Porquê?

— Sim. Só basta criá-la.

— OK — disse Byron, como resposta. Despiu a sua bata e pousou-a em cima da maca. O homem aparentava ter uns trinta anos de idade — Eu quero te ajudar.

— Está bem — disse Ben —, mas como é que me queres ajudar?

Byron aproximou-se de um armário e retirou de lá duas M16, dando uma a Ben.

— Vamos lá ajudar a tua amiga!

Byron abriu a porta da sala e saiu.

Ben calçou os seus ténis e seguiu Byron sem dizer uma única palavra.

Ben seguia Byron pelos corredores da Base militar. Eram curvas e contracurvas, que o faziam lembrar um labirinto.

Ele achava que era um pouco estranho confiar em no médico desconhecido — Byron — à tão pouco tempo; contudo, ele não tinha escolha.

Por fim. entraram num quarto que era pouco iluminado. Possuía duas camas — uma delas estava com os lençóis amarfanhados — e apenas uma cadeira no meio do quarto.

— Era suposto a tua amiga estar aqui... — Byron quebrou finalmente o silêncio.

Byron só podia estar a enganar Ben, portanto, ele caminhou a passos largos, com a raiva a alastrar-se no seu corpo e apontou a sua M16 para Byron:

— Onde é que ela está!?

Byron deixou cair a sua espingarda ao chão, em seguida, ergueu os braços no ar.

— Responde! — ordenou Ben

— Achas que eu sei!? — replicou Byron, em plenos gritos — Porque é que me estás a apontar a arma?! Eu só estou a tentar ajudar!

— N-não consigo confiar em si! — balbuciou Ben — Acho estranho confiar plenamente numa pessoa que conheci à dez minutos atrás.

— Juro que te quero ajudar! Juro pela vida do meu filho!

— Filho?

— Sim, o Edward. Juro que ele morra com a doença KHS!

Algo na expressão de Byron fez Ben ceder:

— Está bem. Tens alguma ideia de onde poderá a Aria estar?

O som de propulsores invadiu o ambiente. Aquele som das hélices a rasgarem o vento com toda a força. Ben sentiu uma aeronave — do lado de fora do edifício — a estacionar.

— Ben... — começou Byron

— O que é?!

— A EVO acabou de chegar... Talvez a Aria esteja lá fora! Ela vai ser levada...

— Temos de os impedir. Já!

Ben e Byron saíram do quarto e percorreram novamente os vários corredores da Base militar.  

Tempestade Solar - Vírus Mortal #2Onde histórias criam vida. Descubra agora