CAPÍTULO QUATRO

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Ben estava determinado a sair da EVO. Ele queria fugir da EVO e não queria ficar ali nem mais um segundo.

— Estás doido? — disse Jolly — Acabámos de sair de lá e agora queres voltar?

— Sim quero! Eles mataram a minha mãe! E a tua também! E acho muito estranho uma coisa: onde estão os sobreviventes dos outros países? A EVO não tinha criado colónias no espaço para refugiarem as pessoas?

— Sim mas... — começou Zack

— Mas o quê? — Ben quase gritou

— Num dia para o outro, as pessoas desapareceram... tipo do nada... Puff — fez um gesto com a mão.

— Sim, como se tivessem dissipado — completou Aria

— Isso é terrível! — disse George — Eles mentiram-nos a todos! O Ben tem toda a razão: nós temos de sair daqui. Já.

Jolly levantou-se:

— Está bem... mas como?

Aria começou a explicar:

— Lembram-se das cápsulas de lançamento da EVO?

Claro que Ben se lembrava. Fora onde ele começara a sua vida, com as memórias apagadas e completamente às cegas.

Todos eles acenaram com a cabeça.

— Bem, existe uma sala de lançamentos que tem pelo menos vinte cápsulas que vão diretamente para a Terra — continuou ela

— Isso fica muito longe daqui? — perguntou George levantando-se

— Fica do outro lado da nave — respondeu-lhe Zack.

— Está bem — respondeu Ben

Ele olhou à sua volta — procurando alguma saída.

— Existe alguma saída?

Zack e Aria entreolharam-se.

— Sim... Apenas pelas condutas de ar— disse Aria apontando para debaixo da cama.

Ben caminhou para junto do beliche e deu ordem a Jolly para o ajudar a empurrar o beliche. Após empurrarem, viram uma porta em forma retangular na parte inferior da parede.

A porta do quarto dá um clique.

Ben dá um salto — assustado — quando vê Marcus a destrancar a porta.

Eles tinham de sair dali o mais rápido possível ou seriam apanhados.

Ben sentia uma enorme adrenalina a crescer-lhe no seu corpo como um formigueiro. Ele abriu a porta da conduta de ar e depois Zack disse:

— Eu vou à frente. Eu sei o caminho.

— Eu vou a seguir — disse Aria.

— Eu quero ser o último — anunciou Ben

Todos acenaram com a cabeça.

Aquilo fora tudo muito rápido — a porta abrira e Ben estava a entrar na conduta.

Marcus e outro guarda estavam a entrar; imediatamente correram em direção a Ben.

O guarda destravou a G-TI e ouviu-se um zunido elétrico, conforme a arma era carregada.

— Volta aqui! — gritou Marcus

Ben fechou a porta atrás de si; depois ele foi de gatas até à curva para a direita nas condutas. Ele vira Jolly à sua frente.

— Temos de ir embora. Já! — gritou Ben; a sua voz fazia imenso eco nas condutas.

Andaram de gatas apressadamente.

O ar das condutas era desconfortável — era um ar quente e húmido. Ben transpirava tanto que a sua roupa já estava ensopada.

O único som que havia naquele lugar era o som das mãos e dos pés a baterem na parte metálica do tubo e as respirações ofegantes.

***

Após cerca de meia hora naquele labirinto metálico, ambos encontraram outra pequena porta retangular idêntica à do quarto.

— Vamos sair por aqui — sussurrou Zack, entre fôlegos.

— Vamos a isto! — disse George

George empurrou a porta para a frente e essa caiu no chão do corredor — eles encontravam-se no teto de um dos corredores da nave da EVO.

Jolly saltou, seguida de Aria e Zack, depois saltou George e por último Ben.

— OK, estão a ver aquela placa ali? — disse Zack apontando para uma placa com o seguinte texto:

B77

— Temos de ir para o corredor B79 — continuou ele — Mais dois corredores e estamos lá.

— Mas eu acho que precisamos de armas — disse Jolly — Aquelas G-TIs!

— É no corredor B76 — replicou Aria

— Vamos lá! — disse Ben — Vamos mostrar quem manda nesta merda toda!

Aria começou a caminhar, depois Ben seguiu-a. Mas algo o fez parar. Um alarme começou a soar e as luzes apagaram-se. 

Tempestade Solar - Vírus Mortal #2Onde histórias criam vida. Descubra agora