O calor dissipava-se à medida que anoitecia. Os últimos vestígios de luz solar desapareciam lentamente no horizonte. Ben e os seus amigos caminhavam à horas — à pelo menos duas horas — em direção às montanhas.
— Temos de parar — disse Big entre fôlegos —, já está a começar a ficar mais frio.
— Podemos acampar ali — disse Aria, apontando para uma pequena gruta junto a uma parede rochosa ali perto.
— Está bem — anuncia Ben — Vamos arranjar lenha para fazermos uma fogueira.
— Eu vou lá — responde Big.
***
Depois de acenderem uma pequena fogueira, para comerem e aquecerem-se, Ben encostou-se à parede com Aria. Ela rapidamente, aconchegou-se no peito dele.
— Olá — disse Aria
— Olá — replicou Ben
— Podes me dar um beijo? — pediu Aria
Ben aproximou o seu rosto no dela e beijou-a na testa.
— Beija-me de novo, mas desta vez, um pouco mais abaixo?
Ben beijou-a ao lado dos seus lábios.
— Agora um pouco ao lado — insistiu ela
— Queres nos lábios, não é? — riu-se Ben
Aria acenou ligeiramente com a cabeça.
Ben beijou-a nos lábios. Apenas um beijo fez com que o seu peito explodisse de emoção novamente.
— Gosto mesmo muito, muito, muito, muito, muito, muito de ti — disse Ben
Aria riu-se:
— Seis «muitos», já é considerado amar.
— Então eu amo-te — ri-se ele
— E eu também — riu-se Aria
Ben sentia-se bem com Aria. Muito mais do que com Jolly, contudo, ele não tinha intenção de se afastar dela.
Ambos adormeceram, com a fogueira a apagar-se lenta e cautelosamente.
O sono atingiu uma enorme profundidade e outro sonho-recordação surgiu.
«Ele estava a ir para a EVO», afinal de contas, foi aí que tudo começara.
Ben estava com os seus pais e ambos entravam no interior do avião para se deslocarem para Chicago.
Ben sentou-se num banco ao lado de uma menina que aparentava ter a mesma idade de que ele.
«Olá», começou Ben, «Onde estão os teus papás?».
«Olá! Os meus pais estão na mesma secção que os teus», respondeu ela.
«Como te chamas?», perguntou Ben.
«Johanna, mas prefiro que me chamem Jolly», respondeu ela.
«Eu sou o Benjamin, mas chama-me Ben, por favor», pediu Ben.
«Está bem», replicou Jolly, «Sabias que eu sou diferente dos outros?».
«Como assim?».
«Tenho uma amiga chamada Sarah, que disse que eu e ela somos diferentes».
O avião levantou voo e começou aos solavancos.
«Somos imunes», continuou ela, «Acho que não vamos ficar doentes».
Uma jovem de cabelos castanhos que aparentava ter quinze anos aproximou-se.
«Olá!», exclamou ela.
«Olá Sarah!», disse Jolly, «Esta é o meu novo amigo Ben».
O Ben que estava a ver o sonho, deu meia volta e correu para a escuridão.
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Tempestade Solar - Vírus Mortal #2
Ficção Científica(Livro 2) Descobrir a cura deveria ter sido o fim. A extinção da humanidade seria salva, acabar-se-iam as mentiras da EVO e a vida de Ben voltaria à normalidade. Mas ninguém sabia que a EVO seria tão malvada ao ponto de querer matar Ben e os seus am...