Ben piscou rapidamente os olhos, tentando se adaptar à escuridão. O alarme soava em detonações estridentes e ensurdecedoras.
— Mas que merda... Que raio se está a passar aqui?! — gritou George.
Assim que ele disse a última palavra, o som de energia a ser carregada encheu os segundos de silêncio entre os brados do alarme, seguido do estampido de uma granada a explodir contra o chão — o tal feixe de luz dos G-TIs. Os raios de eletricidade iluminavam o espaço; Ben vira uma figura sombreada a correr do fundo do corredor em direção a eles, aparecendo gradualmente do interior da penumbra.
Ben observou durante uns vastos segundos. O formato, o geito de andar. Era Marcus, sem sombra de dúvida. Fora ele que dispara uma granada azulada com o G-TI para eles.
— Voltem imediatamente para o vosso quatro! — gritava ele — É impossível sair das instalações da EVO!
— Estou farto de fugir deste filho da puta — grita George, correndo em direção a Marcus. Ele lança-se ao homem e dá-lhe um valente soco no rosto, deixando-o cair no chão. George pegou na G-TI e pendurou-a no ombro.
O alarme cessou. As luzes voltaram.
— E... — Ben tinha começado a falar num tom muito alto e depois baixou a voz — E agora?
— Acabou? — perguntou George.
— O facto de terem desligado o alarme não significa nada — disse Jolly
— Pois... Temos de ter cuidado. Sabe-se lá se irá aparecer outro cabrão da EVO — anuncia Zack.
— Pois... mas vamos ao corredor B77. Precisamos de armas.
O silêncio fora interrompido pelas colunas de som que estavam no teto. Uma voz feminina, que Ben achava bastante familiar, anunciou:
— Obrigada por nos terem dado a formula da cura. Sem vocês não conseguiríamos descobrir uma vacina para a cura do KHS. Benjamin, tu és mais inteligente do que isso; fugir para a Terra não vai adiantar de nada. Como tal, para completarmos a cura necessitamos de cada gota de vosso sangue. Só vocês é que poderão salvar a humanidade. Claro que vos queremos devolver as vossas memórias para vocês poderem morrer a saberem qual é a vossa origem — as colunas de som deram um safanão — Não vos posso deixar ir para a Terra pois o Eclipse de Fogo inicia amanhã e isso matar-vos-à a todos.
— Quem é que está a falar? — perguntou Jolly
— É a criadora da EVO — suspirou Aria — Cynthia Morgan.
Aquilo fora demasiado confuso para Ben. Eclipse de Fogo? O que seria isso?
— O que é o Eclipse de Fogo? — perguntou Jolly
— É um acontecimento que já estava previsto para o ano 2077 desde 2020 — respondeu Aria — Quando um eclipse solar potencialmente perigoso, como este que ela se referira, se inicia, dizimará e destruirá mais de metade do planeta, ou seja, através de tempestades solares, queimará tudo o que estiver exposto ao Sol — Aria parou para recuperar o fôlego — Isto é, não devemos ir para a Terra pois morreremos todos.
— A mim não me interessa. Eu vou para a Terra nem que me matem! Não aguento este sítio! — gritou Jolly
Ben olhou de esguelha para o seu lado esquerdo e vira Marcus a levantar-se e os soldados a chegarem.
— Cuidado! — grita George. Ele ergue a sua G-TI e dispara feixes de luz para os guardas e para Marcus.
— Levem as armas dos guardas! — gritou Zack
Ben, Jolly, Aria e Zack caminharam para junto dos guardas que estavam a ser eletrocutados e levaram as armas. Ben pendurou-a ao ombro.
Ena, não é tão pesada como parece. Muito leve mesmo — pensou ele — Cerca de um quilo?
— Vamos para o corredor B79! Já! — gritou Aria.
Todos seguiram Aria, atravessando dois corredores até chegarem a uma sala com um enorme monitor com várias luzes a piscar. Haviam pelo menos vinte buracos na parede — eram as cápsulas.
Aria premiu um série de botões.
Alguns guardas tentaram entrar na sala. Porém, Ben, Zack e George estavam à frente da porta para eles não passarem.
— Querem ir para a Europa? — perguntou Aria.
— Por mim tudo bem! — disse Jolly.
— Está bem, venham! Entrem nas cápsulas! — ordena Aria
Ben correu para um dos buracos, enfiando-se no interior com a sua G-TI na mão.
Ele não viu os outros a entrarem nas suas cápsulas. Apenas conseguiu ver os guardas a entrarem na sala.
Um vidro baço por cima da cabeça dele fechou.
Ouviu-se um zunido elétrico.
O motor dá um safanão e depois ouve-se o som do motor a ligar. Foi então, que uma voz feminina anunciou:
— Destino: Paris, França.
Ben fechou os seus olhos e sentiu a cápsula a ser disparada com toda a velocidade.
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Tempestade Solar - Vírus Mortal #2
Ciencia Ficción(Livro 2) Descobrir a cura deveria ter sido o fim. A extinção da humanidade seria salva, acabar-se-iam as mentiras da EVO e a vida de Ben voltaria à normalidade. Mas ninguém sabia que a EVO seria tão malvada ao ponto de querer matar Ben e os seus am...