CAPÍTULO SETE

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O corpo de Ben deu um safanão, depois sentiu a cápsula a embater no chão com toda a força. Ouviu-se um estrondo seguido de uma explosão. Agora Ben sabia que tinha chegado à Terra. Ouviu outras explosões à sua volta — calculou que tivesse sido os seus amigos a caírem para a Terra.

Ben olhou à sua volta e teve uma súbita lembrança da primeira vez que iniciara a sua vida. Era tudo igual: era escuro, pouco espaçoso, o pequeno dispositivo NetChat, os feixes de luz... Isso era algo que ele nunca iria esquecer, era como se essas lembranças ficassem gravadas a ferro quente na sua memória.

O som da arma — a sua G-TI — a ser carregada ecoou no interior da cápsula. Ben disparou uma granada para a pequena porta da nave e essa fora destruída. Uma nuvem de poeira e de pó acumulou-se envolto da cápsula. Evidentemente, ele não pôde evitar ter um ataque de tosse.

Ele levantou-se. O céu estava com uma cor cinzento-baço e havia um enorme oceano de nuvens acinzentadas. Não havia Sol — ou esse estava escondido por detrás das imensas formas de nuvens — e aquele clima, colocara Ben um pouco angustiado e deprimido.

Também havia vento a soprar naquela zona. Era frio, muito frio.

Olhou à sua volta e vira uma cidade com enormes edifícios — não tão grandes como os de Chicago — encavalitados uns nos outros; pequenas casas e outros diferentes tipos de edifícios. Ele reparou que se situava numa pequena praça.

Os edifícios e as casas estavam em ruínas, tal como essa praça. Havia carros abandonados e lixo espalhados.

As cápsulas dos seus amigos abriram assim que se ouviram as explosões. Jolly correu para junto de Ben e ambos se abraçaram.

George caminhou para junto deles com Zack e Aria ao seu lado.

— Isto é... Paris? — perguntou Zack.

— Não me digas que o mundo todo também está neste estado. — disse Aria

Ben esquecera-se do facto de Zack e Aria nunca tinham visitado a Terra.

— Sim... O planeta está todo assim — disse Jolly

— Foda-se... — murmurou Zack

— Bem... E agora? Qual é o plano? — perguntou George

— Hum... — começou Ben. Com todos os planos de fugir da EVO, essa pergunta à qual ele não tinha resposta não passou pela cabeça do rapaz. Mas depois disse: — Eu não sei...

— Não sabes?! Foste tu que quiseste vir para a Terra e agora não sabes? Ena! Genial, Ben! — a ironia de Zack magoara Ben como uma facada.

Ouviu-se o som do motor no céu.

Era um Syker, sem sombra de dúvida.

Ben observou a lateral e vira o logotipo da EVO em letras grandes.

A EVO voltara para os tentar capturar.

Ben e os outros desataram a correr.

Tempestade Solar - Vírus Mortal #2Onde histórias criam vida. Descubra agora