Capítulo 5

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Estava escurecendo eu não podia dormir ali muito menos com um desconhecido.

- Então... O que você faz da vida? Ou da morte? Desculpa. Ainda não me acostumei com o fato de você ser uma "morta-vivente". - Ele disse fazendo aspas.
- Bem... Eu estudo, estou no 1° ano do Ensino Médio.
- Isso significa? - Ele perguntou com a sobrancelha franzida.
- Meu Deus! - Disse espantada com tanto burrice.
- Tava apenas testando você.
- Sim, sei...
- Então... O que vai querer pra comer? Pode comer tudo, excepto meu cérebro. - Ele disse abrindo o mini-frigorífico
- Se eu dependesse do seu cérebro, morreria a fome. - Debochei.
- Ha-ha-ha engraçadinha. - Ele ria pausadamente.
- Então... - Disse imitando ele. - Quantos anos você têm? O que você faz da vida? Ou só pensa em curtir?
- Eu tenho 17 anos. E eu sempre tive aulas em casa e quase nunca saí de casa.
- Eu também não sairia de casa se tivesse pais como os seus.
- Eu só não saia de casa por causa da Soraya. Ela nasceu prematura e nossos pais queriam que a gente estivesse sempre junto.
- Meus pais também fizeram isso comigo e com a Deb, minha irmã mais pequena, depois eles "adotaram" o Erick. - Disse fazendo aspas.
- Porquê seus pais adotaram ele?
- O Dewrick na verdade é nosso primo, a mãe dele tava passando por dificuldades económicas e pessoais quando o Erick nasceu, agora minha mãe está cuidando dele até hoje. E como mãe é aquela que cuida e não aquela que nasce, ele é meu querido e pequeno irmãozinho.
- Uauuu. Seus pais parecem bem legais.
- Eles são um máximo. - Disse entusiasmada.
- Pena que nem todos os pais são assim. - Ele disse desanimado.
- Não preciso dizer que te amo, para você que saber que te amo. O que vale são as atitudes e não a fala. - Disse num modo poético.
- William Shakespeare? - Ele perguntou.
- Steve Henry. - Corrigi.
- Quem?
- Aff. Deixa pra lá.
- Muita coisa mudou nesses últimos 4 anos né?
- Sim.
- Já esta tarde, bem eu dormo naquela parede e você...
- Não! - Interrompi.
- Quê?
- Eu... preciso voltar pra casa, senão minha mãe me mata.
- Ok... - Ele disse com um olhar meio triste.
- Você fica bem aqui? Com os esquilos zumbis e etc...
- Eu... sobrevivo.
- Tá. - Peguei minha mochila. - Tchau.
- Tchau.

Fui me afastando e vi ele triste acenando pra mim, acenei pela última vez e fui embora sem olhar pra trás.

Eu estava quase fora da floresta, quando ouço sons nos arbustos.
- Esquilos zumbis agora? - Perguntei murmurando.

Eu não sabia o que fazer, então, comecei a correr e corri o mais rápido possível.

Até algo me agarrar por trás.
- Soco... - Tentei pedir por socorro mas taparam minha boca.

Eu estava completamente indefesa.
De repente, lembrei das dicas de defesa do Rick.
Dei uma cotovelada no indivíduo.
- Ai! Triny!
- Zack?
- Você conhece mais outro humano extremamente sexy? - Ele perguntou irónico, porém com voz de dor.
- Eu conheço um humano extremamente egocêntrico. - Dei um tapa na sua nuca. - O quê você faz aqui?
- Trinity posso ficar com você?
- Isso é um pedido de namoro?
- Não. Eu to pedindo uma noite na sua casa. Faz tempo que não dormo. Por favor Triny.
- Ok. Tudo bem, mas se alguém perguntar seu nome é... Zackary Nightwalker ou Zack Nightwalker.
- Porquê...?
- Alguns sobrenomes foram retirados do sistema de registro central.
- Em português, por favor!
- Bebé não pode usar sobrenomes ilegais.- Disse com voz de bebé.
- Entendi.
- Vamos, antes que eu morra.
- Como?
- Ou eu morro aqui sendo comida por esquilos zumbis ou morro em casa assassinada pela minha mãe.
- Ok rsrs.

A Vida De Uma Morta-ViventeOnde histórias criam vida. Descubra agora