Capítulo 18

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- Adam disse que a primeira experiência foi com um cachorro.
- Adam é um canalha, um maldito, um mentiroso! -Charlotte disse com raiva.

Percebi que mesmo calado, Zack estava profundamente abalado.

- Precisamos sair daqui, eles podem ser cegos mas tem uma ótima audição. E Trinity me conte como encontraram Adam e o que mais ele disse.
- Eu não vou com você a lugar nenhum! - Zack gritou.
- Por favor, pense Zack, se eu tivesse mesmo assassinado Soraya porque salvaria você?

Zack refletiu e acabou cedendo. Charlotte foi na frente e Zack se apoiou em mim. Enquanto corriamos contei tudo para Charlotte. Fugimos para uma casa abandonada com as janelas e portas todas barricadas.

 Fugimos para uma casa abandonada com as janelas e portas todas barricadas

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Charlotte bateu na porta.
- Senha? - Ouvi uma voz dizer no interior da casa.
- Não tem senha sua idiota. - Charlotte respondeu e abriram a porta.
- A senha era "Não tem senha sua idiota"? - Perguntei fazendo aspas e com as sobrancelhas franzidas.
- Sim. - Eu e Charlotte rimos, Zack permaneceu calado então entramos.
- Charlô, quem são estes? - Perguntou uma mulher aparentemente com uns 25 anos.
- Este é meu filho, Zack. E ela é...
- Minha noiva. - Zack respondeu de repente.
- Espera aí Zack, você tem apenas 17, como assim noiva? - Charlotte perguntou confusa.
- Charlotte é uma brincadeira do seu filho. - Dei um leve soco no ombro do Zack e ele sorriu.
- Seja como for, sejam bem-vindos ao Refúgio. Nós somos os Survivers. Chamo-me Amanda Trivarvil. Sou a Co-chefe do refúgio.
- Quantos Survivers existem?
- Aqui somos apenas 5. A volta do Mundo uns 55.
- Existem Survivers por todo Mundo?
- Sim. Pessoas treinadas para exterminar zumbis e proteger os inocentes. Mas infelizmente faz algum tempo que perdemos a ligação com eles.
- Quanto tempo?
- 2 anos.

Amanda pegou três refri e nos entregou.

- Charlotte você matou aqueles aknes tão facilmente... - Eu disse.
- Espera, akne? O que é um akne? - Amanda perguntou confusa.
- Aquela espécie de zumbis mutantes. - Disse fazendo careta.
- Amanda aqueles eram a terceira fase, antes dos blopers. - Charlotte levantou da poltrona.

Fiquei confusa com a conversa da Amanda e da Charlotte.

- Sabe, as pessoas atingidas pela radiação acabam morrendo e voltando a vida. - Amanda disse.
- Essa parte eu sei. - Disse irónica.
- Eu vou resumir senão a Amanda começa e quando terminar já encontramos vida no Sol. - Charlotte debochou. - Espere, me deixa ver se entendi. Pessoas expostas demasiado tempo a radiação acabam se transformando em Aknes, certo?
- Sim.
- Então... - Charlotte puxou um pano branco enorme, relevando um quadro, ela pegou o giz e começou a escrever enquanto falava. - As pessoas atingidas pela radiação se transformam em Mortos-Vivos. Se passarem muito tempo expostas à radiação elas se transformam em Runners, ou seja, a primeira fase. Se elas ficarem expostas durante mais tempo se transformam em Stalkers, essa a segunda fase. Os que chamavamos Blinders, ou seja, Aknes são a terceira fase...
- Quantas fases existem? - Perguntei interrompendo-a.
- No total são quatro fases. Pelo menos são estas que ainda descobrimos. - Amanda concluiu. - Uma mais perigosa que a outra. E aqui na Rússia estamos cercados por eles, por todas as fases.
- Porquê se foi em Ohio que as bombas colidiram? Lá existem apenas zumbis e alguns aknes.
- Aconteceu algo em New New New York. Algo que de algum modo afectou também Rússia.
- Mesmo estando a quilómetros de distância? - Perguntei.
- Mesmo estando a quilómetros de distância. - Charlotte disse com o semblante triste.
- Charlotte, o Adam disse que existe uma cura ou antídoto, é verdade? - Perguntei.
- Sim existe, mas não temos ele aqui.
- Onde está?
- Em Triple New York.
- Quê? Porquê?
- Porque falta um último componente para o antídoto e o Dr. Wolfman, um grande cientista e amigo meu, pediu que eu encontrasse. Por isso voltei para Moscou.
- Então vamos p'ra Triple New York! - Eu gritei.
- Não podemos. Por causa da vossa aterragem brusca, os stalkers e aknes adormecidos na floresta estão na cidade não há saída possível. Se sairmos daqui é suicídio.

Permanecemos em silêncio.

Até ouvirmos a porta abrir.

Amanda pegou num machado, Charlotte nas facas, eu estava segurando minha katana firme.

Vi uma figura pequena entrar então Amanda e Charlotte suspiraram e guardaram suas armas

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Vi uma figura pequena entrar então Amanda e Charlotte suspiraram e guardaram suas armas. A garotinha tinha uma espécie de mochila de vidro nas costas com uma planta, onde ela podia respirar.

 A garotinha tinha uma espécie de mochila de vidro nas costas com uma planta, onde ela podia respirar

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- Karma bate pelo menos. - Amanda disse.
- Gomene, desculpa Amanda mas não tenho culpa se vocês deixaram a porta aberta. - Disse a garotinha de aparentemente 13 anos, asiática.
- Droga! - Amanda gritou e foi correndo fechar a porta.
- Pessoas novas. - Ela disse quando nos notou e deu um sorriso. - Meu nome é Nagisa, Nagisa Nagasaki. Sou a Survivor Master, ou seja, Líder do Refúgio.
- Como assim Líder!? - Perguntei não acreditando.
- Eu que comando aqui. - Ela tirou a mochila e colocou no chão. - Quando não estou, a Amanda que fica como Co-chefe.
- Mas você parece ter 13.
- 13 e meio! Faço 14 semana que vem. - Ela disse.

Eu queria dizer algo mas, Amanda agarrou meu braço e me levou para outra sala, uma menor e com pouco iluminação.
- Sei que a Karma parece uma criança...
- Ela é uma criança!
- Confia na gente, não é atoa que a gente chama ela de Karma.
- E porquê mesmo que vocês chamam ela de Karma?
- Porque o Carma é lixado e ela também. Daqui a pouco a gente vai para o Centro de Treinamento você vai ver porque ela é o Carma. - Amanda disse confiante.

Dei os ombros e voltamos para Sala Principal.

- Charlô onde estão o Deke e a Karina? - Karma perguntou.
- Acho que eles foram procurar por mantimentos e etc.
- Bom me avise quando eles chegarem. - Karma disse autoritária.
- Ok. - Charlotte saiu do Refúgio.
- Ei você não deveria estar brincando de boneca ou de casinha? - Perguntei sentando ao lado da Karma.
- Não faço isso desde os 5 anos.
- Nossa, eu deixei de brincar de boneca aos 11. - Demos risada. - E seus pais? Irmãos?
- Morreram. - Ela disse calma. - Bem, eu era filha única. Fui adotada pela minha avó, que também morreu. Aí fui para o orfanato que subitamente ardeu e eu fui a única sobrevivente. Resumindo, se eles voltassem a vida eu estaria tramada. - Ela deu um sorriso.

Tão pequena e ela já passou por isso tudo? Mortes e mortes sempre? - Pensei triste.

- Parece que você foi obrigada a deixar de ser criança. Por isso tá aqui com 13... e meio e já é líder de um refúgio.
- A vida é diferente para cada pessoa sabe, só a morte nos iguala. - Ela disse séria olhando para mim e começou a afiar um pedaço de madeira em forma de estaca.

Karma tem razão, a morte é inevitável. Será que conseguirei mesmo proteger aqueles que amo, principalmente Zack?

A Vida De Uma Morta-ViventeOnde histórias criam vida. Descubra agora