Capítulo 28

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- Me diz que não é o que eu to pensando... - Disse boquiaberta.
- Lie, não, Trinity isso é tudo um mal entendido. - Ela levantou depressa e limpou as lágrimas. - Me escuta. Eu estava dormindo quando acordei com esse tablet tocando do meu lado, quando atendi a vídeo-chamada e notei que era Adam, eu queria desligar, juro que queria, mas ele disse que tinha algo importante para me dizer.
- Mas como você conhece o Adam? Como ele te conhece?
- Bem, acho melhor contar tudo. Sabe... Fazem, exatamente hoje 5 anos desde que fiquei órfã.

Meus pais, Isaac e Ann Nagasaki eram os presidentes de uma empresa de industrialização militar, fabricavamos armas era o negócio da Família Nagasaki.

Eu tinha 8 anos quando vi Adam pela primeira vez, ele devia ter 1.75 de altura, magro, cabelos castanhos, olhos castanhos e com uma aliança no dedo anelar esquerdo. Desde nova meu avô me treinou a ser observadora.

- Prazer Isaac, meu nome é Adam Fears, sou um homem de poucas palavras, então serei breve. Vim aqui pedir uma aliança entre as Empresas Nagasaki Ltd. e o Exército Americano.
- Prazer Adam. - Meu pai disse com certo tom de receio. - Esta é minha esposa, Ann. Meu filho, Damien. E minha filha mais nova, Nagisa.
- Kon'nichiwa. - O cumprimentei e ele me ignorou me lançando um olhar frio e distante.
- E sobre essa aliança, eu despenso. A muito tempo atrás, a Família Nagasaki juntou-se à uma corpurativa americana e acabou no fundo do poço. Recusamos sua oferta.

Minha mãe, Damien e eu nos mantivemos firmes e frios.

- Isaac, somos homens de negócios. Conversas sobre cultura já não são nossa crença.
- Mesmo assim, eu recuso a aliança entre as Nagasaki Ltd. e o Exército.
- Acho que a presença maior deve estar afetando seu cérebro. - Ele disse se referindo a minha mãe. - Podemos falar a sós?

Meu pai fez um gesto para que saímos e obedecemos. Mas ao chegar na porta, minha mãe disse:

- Se nós saimos, seus guardas devem vir connosco. Até porque Shakespeare fez apenas Romeu e Julieta e não Romeu, Julieta e os Amiguinhos.
- E quem seria a Julieta nesta situação? - Adam perguntou com o sorriso mais forçado que alguma vez eu já vi.
- Foi apenas um exemplo. - Minha mãe disse se fazendo de inocente. Eu, Damien e meu pai rimos baixo.

Adam fez um gesto com a cabeça e seus homens nos seguiram. Depois de meia-hora de conversa, Adam se despediu da gente com um sorriso de orelha em orelha como se tivesse ganhado a loteria, mas meu pai estava muito triste, parecia depressivo.

- O que foi meu amor? - Minha mãe perguntou quando meu pai fechou a porta.
- Infelizmente, fui obrigado a aceitar.
- Porquê?
- Ann, por favor, tenho a cabeça as voltas. - Meu pai saiu fugindo a conversa e minha mãe foi atrás dele.
- Não gostei daquele Adam. - Disse.
- Também eu. - Damien disse.
- Aquele homem tem algo muito errado. Parecia uma presença maligna quando cá chegou. Até as plantas murcharam enquanto ele esteve aqui. - Apontei para as plantas que estavam todas murchas e pretas.
- O quê você acha que ele é? Um akuma, um demónio?
- Não sei. Só sei que não tá longe disso.

Fomos todos dormir, mas eu não conseguia parar de pensar na aura negra que Adam tinha.

As semanas seguintes foram muito estranhas, meu pai começou a ganhar milhões em dias, ficamos ricos rapidamente até tivemos que nos mudar e comprar um terreno maior para outro edifício da Nagasaki Ltd. Então, num dia calmo enquanto estavamos fazendo um churrasco no quintal, quatro homens uniformizadas com coletes do FBI arrombaram nossa casa e nos prenderam. Perguntamos por quem deu queixa, eles dizeram que era secreto. Quando perguntamos, qual a acusação eles dizeram:

A Vida De Uma Morta-ViventeOnde histórias criam vida. Descubra agora