Capítulo 46

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Acabávamos de aterrar e estavamos cansados e calados. Pensar que éramos tantos no princípio e agora somos apenas três era um pouco desgastante.

- Sabem o quê?! - Charlotte gritou nos asssustando. - Foda-se! Foda-se! - Ela disse as sílaba lentamente. - Minha filha foi assassinada por um homem desprezível. Assim também a menina que criei, minhas amigas e as meninas que apareceram. Estou realmente cansada! Hoje acabamos tudo. Hoje é o fim dos tempos. Morremos hoje ou viveremos humilhados para sempre. Alguém está comigo?!

O discurso embora improvisado mas inspirador de Charlotte alegrou meu ânimo, não apenas o meu. Mas de Zack também.

- Precisamos de armas. - Comecei. - E eu conheço um lugar onde podemos levar as melhores.

Zack e Charlotte sorriram.

Podiamos morrer naquele dia, mas morreriamos feliz. Talvez pela iminente possibilidade de encontrar nossos amigos.

Liguei para Trix, mas seu celular estava desligado. Eu estava ficando preocupado. Mas lembrei dos Sentimentos do Caos e decidi colocar a preocupação por trás das costas. Mais um fardo que teria de carregar até o final do dia.
Liguei então para o Tio Norbert, pai de Trix e Tia Brigght, mãe de Trix, aceitou alegremente. Pegamos a chave em sua casa e fomos até a Arena.

Quando entrei e liguei as luzes lembrei de quando Trix havia me colocado na arena com aquele akne e a garotinha akne.

- Use sempre sua fonte. - Suas palavras ecoaram pela minha cabeça.

Pegamos sacolas de couro para viagem e colocamos dentro delas as armas.

Munições, granadas, bombas de fumo, bombas automáticas, bombas cronômetro, etc

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Munições, granadas, bombas de fumo, bombas automáticas, bombas cronômetro, etc.
Era evidente que Adam também estivesse preparado para uma guerra, já que ele consegue incrivelmente controlar os zumbis.

Após um certo tempo estavamos encarando nossa arena de guerra.
Então vi, ela quase entrando.

- Trix! - Gritei.

Trix olhou para mim e sua boca fez um perfeito "O".

- Trinity, o que está fazendo aqui? Quando voltou? Pensei que ficaria mais tempo fora. - Ela disse nervosa.
- Me diga, você falou com Adam? - Perguntei segurando seus ombros com firmeza.
- Não posso mentir para você. - Ela suspirou. - Esqueci completamente e apenas lembrei hoje e vim ver o coroa. - Ela disse coçando a nuca.

Não pude evitar, a abracei com força.

- Obrigada.
- De nada? - Ela respondeu estranha.

Ela finalmente retribuiu o abraço.

- Que bom que está bem. - Zack disse.
- Ora, ora, ora. - Ouvimos uma voz masculina ecoando. - Que cenário de familia mais lindo.
- Adam seu cão! - Charlotte gritou.
- Charlotte como pode dizer essas coisas a frente de nossa filha?
- Que filha? Soraya? Ela morreu e por culpa sua!
- Por favor parem de brigar. - Trix disse com voz chorosa e de criança.
- Veja nossa filha está chorando por sua culpa.
- Como? - Zack perguntou.
- Zack, Charlotte, Trinity apresento a vocês. Soraya Twilight.

Olhei para Trix, ela saiu do nosso abraço e notei que seus olhos estavam completamente brancos. Quero dizer, após a colisão seus olhos haviam ficado daquele jeito. Mas era diferente, era como um branco angêlico. De morte e de paz.

- Eu não gosto de ver a mamãe e o papai brigando. - Trix disse com voz de criança.
- O que raios se passa?! O que você fez com minha amiga?! - Gritei.
- Eu? Eu não fiz nada. Foi a vida Trinity. Como posso contar? Bem, parece que Soraya possuiu o corpo da sua amiga, Beatrix. Bem eu realmente também não consigo entender, sou mais um homem que precisa ver para crer. - Ele pausou. - Não estão felizes? Charlotte, sua filha está viva! Zack, sua irmã está viva! Porquê não estão felizes?! - Ele gritou.
- Ele pode estar usando alguma coisa para controlar Beatrix, talvez... Talvez... - Tentava achar uma solução ou resposta.
- Soraya fez alguma coisa errada? Soraya se comportou mal? - Trix perguntava com os olhos marejados.

Aquilo foi a gota de água. Charlotte começou a chorar descontroladamente, tanto que caiu de joelhos no chão.

- O que se passa? - Perguntei para Zack.
- Soraya sempre que falava dela mesma dizia na terceira pessoa. Meu pai tentou de tudo para que ela parasse com isso, mas minha mãe disse que era algo passageiro. E que a tornava única.
- E com quantos anos Soraya faleceu? - Perguntei sem tirar os olhos de Beatrix que parecia que precisava de uma sessão de exorcismo.
- Com 13. - Zack suspirou. - Eu sou mais velho de 3 anos. Fui congelado aos 15. Apenas a divergência dos meses que atrapalha um pouco. Já que eu sou de Janeiro e ela de Dezembro. - Zack disse sério.

Mesmo não sendo mãe pude entender um pouco a dor de Charlotte. Não conseguia explicar como, mas eu a entendia.

- Soraya está triste. - Ela choramingava.
- Acho que estou mais que em vantagem. Entregue o antídoto á Soraya. - Adam se pronunciou.
- Nunca! - Gritei.
- Que tal então se eu matar as pessoas mais importantes para você agora? - Ele disse com seu sorriso convencido.
- Já estão todos mortos. - Disse e sorri atrevida.
- Ok então. Até. Se conseguirem chegar até aqui inteiros.

Senti um choque enorme nas minhas costas, gritei de dor.

- Trinity o que se passa? - Zack perguntou preocupado.

Zack colocou a mão no meu ombro e também levou um choque, felizmente ele conseguiu tirar a mão. Eu continuava gritando de dor.

- Ah, esqueci de dizer. Soraya está muito obediente agora, tanto que colocou um aparelho que dá choques entre mil á dois mil watts na sua amiga. - Ele riu. - Sei que ainda é humana, na verdade é mais uma humana sobre-humana. - Riu do seu trocadilho não muito inteligente. - Mas nem mesmo uma sobre-humana como você aguentaria choques tão altos. Até, Trinity Nightshadow.

Os choques se intensificaram. Eu apenas conseguia ouvir meus gritos, estava quase espumando da boca. Consegui ouvir os vidros quebrarem no meu bolso.

Tinhamos perdido o antídoto!

- Pára Adam! O antídoto e o vírus se partiram! Ela está convulsionando! - Ouvi Charlotte dizer.
- Por isso mesmo! Ela já não me serve de nada! Meu plano deu certo! Meu plano foi um êxito! - Conseguia ouvir Adam gritar vitorioso.

Gritei tanto, mas logo o grito colou em minha garganta, não conseguia respirar. E não via completamente nada.

Será agora o meu fim?

Apenas senti o impacto do meu corpo com o chão e fechei meus olhos lentamente. Sendo a última coisa que consegui ver, Zack triste e zangado.

Agora? Após tanto esforço? É agora o meu fim?

A Vida De Uma Morta-ViventeOnde histórias criam vida. Descubra agora