Capítulo 7

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Depois daquele escândalo na escola, saimos da escola e estavamos à caminho de casa.

Porém havia ainda algo que não deixava de martelar na minha cabeça.

Conheço Zack á 3 dias e ainda não acredito que ele seja humano.

- O que foi Triny? Você não tá com uma cara boa.
- A gente precisa ir á um lugar.

Segurei a mão do Zack e o levei até a Casa do Ed, ele é o único cientista ou "aspirante a cientista" que conheço na cidade.

Talvez Zack não seja mais humano, talvez ele seja um morto-vivente mas não saiba.

- Quem mora aqui? - Zack perguntou.
- Um amigo. Agora, anda.

Entramos e subimos as escadas para a Sala principal.
- Ed! Ed! Tem alguém em casa? - Perguntei gritando.

Lembrei que ele dá aulas á Britney, talvez ele tenha saído.

Preciso confirmar se Zack ainda é humano, se ele não for, eu posso finalmente por fim á esse disfarce.

- Triny porquê a gente tá aqui?
- Porque... - Não posso dizer a verdade para ele. Não ainda. - Sim, porque sim. Agora me ajuda a encontrar o laboratório do Ed.

Analisamos a casa inteira a procura de um laboratório ou pelo menos um microscópio.
Mas não encontramos nada.

- Desisto! - Disse sentando numa poltrona poirenta que estava ali.
- Espera. Como fui capaz de esquecer!?
- Esqueceu o que?
- O laboratório na Montanha, onde a gente tava.
Dei um tapa na nuca de Zack.
- A gente ficou aqui meia-hora procurando e você só lembra disso agora!?

Bufei e saimos da Casa do Ed.

Estavamos a caminho da Montanha quando Zack segurou meu braço.
- Que foi? - Perguntei.
- Triny porquê você quer tanto encontrar um laboratório?
- É para um projecto de Química.
- Triny fala a verdade. - Ele olhou no fundo dos meus olhos.
- Ok... Eu quero saber ou, pelo menos, entender como você não foi atingido pela Radiação AN.
- Radiação AN?
- Atómica Nuclear.
- Ok tudo bem. Mas eu não sei se consigo voltar pra lá. Há muitas recordações más lá.
- Não se preocupe eu to com você.

Demos as mãos e continuamos nosso caminho.

Quase 1 hora e meia subindo a Montanha, eu estava exausta e sentei numa pedra.

- Eu não aguento mais. - Disse pausadamente.
- A gente tá quase chegando Triny! Só mais um pouquinho e a gente chega no laboratório! - Zack disse motivado.

Sua motivação me contagiou e continuamos.

Encontramos uma parede de pedras.
- É depois dessa parede. A laboratório fica logo a frente.

Asentei e começamos a escalar aquela parede.

Quase no topo, meu pé escorrega e a pedra onde estava apoiada cai.
- Zack!

Eu estava pendurada, com as mãos em duas pedras. Tentei subir, mas uma das pedras caiu e fiquei literalmente pendurada numa única pedra.
- Triny espera!

Zack desceu devagar, porque não tinhamos equipamento de escalagem.

Ele estendeu sua mão pra mim, quando tentei alcança-lá, me desequilibrei e cai. Quer dizer, estava quase a cair se o Zack não tivesse agarrado minha mão.
- Zack você não vai aguentar nós dois. Me solta, eu sobrevivo.
- Eu não vou te largar Triny! - Ele gritou. - Não... não posso perder você. - Ele disse com a cabeça baixa.

Senti de novo, algo estranho dentro de mim.

Zack escalou comigo agarrada a sua mão esquerda, até encontrar um local onde as pedras estavam seguras. Larguei a mão do Zack e escalei por conta própria.

Quando chegamos ao topo nos jogamos na grama, afogantes. Nos encaramos e começamos a rir feito doidos.

- Nunca mais faça isso. - Zack disse sério.
- A gente não tinha solução. E eu podia sobreviver a queda, você não.
- Tabom. Mas sempre há outras soluções.
- Tudo bem. Vamos, se eu chegar tarde de novo minha mãe me mata. - Rimos e levantamos.

A minha frente estava o maior laboratório que eu já vi em toda minha vida.

Mas por dentro a imagem não era tão bonita.

Cacos de vidros por todo lado, químicos espalhados pelo chão, tudo bagunçado, parecia um lugar de guerra

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Cacos de vidros por todo lado, químicos espalhados pelo chão, tudo bagunçado, parecia um lugar de guerra.

Zack estava sério e firme, mas eu sabia que por dentro ele estava assustado e triste pelo cenário.

Segurei sua mão tirando-o do transe. Ele olhou pra mim, dei um sorriso e ele retribuiu.

Andamos mais um pouco até encontramos equipamento científico de alta qualidade.
- Você precisa fazer tudo que eu mandar, sem excepções ok?

Ele asentou.

Coloquei Zack sentando numa cadeira e peguei uma seringa que estava ainda na embalagem.
- Só vai doer um pouquinho.

E tirei um pouco de sangue do Zack, ele cerrou os dentes.
Dei um algodão com álcool e ele colocou onde eu havia tirado o sangue.

Coloquei a amostra de sangue e coloquei no microscópio.

E eu não acreditei nos resultados.

A Vida De Uma Morta-ViventeOnde histórias criam vida. Descubra agora