Capítulo 15

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Acordei com o sol batendo na minha cara, lembrei que eu havia esquecido de fechar a cortina na hora de ir dormir. Na verdade, eu desabei de tanto sono.

Levantei parecendo uma zumbi, com muita dificuldade pra ficar em pé, consegui me equilibrar na escrivaninha e entrar no banheiro.

Me apoiei na pia e me olhei no rosto. Mas não é possível.
Dei um grito um pouquinho exagerado.. tão pouco que até o meu irmão subiu para vim ver o que era, hilário não?

Artur: Você tá bem? - Ele começou a ficar assustado olhando pra mim, verificando se eu tinha me machucado ou algo do tipo.

Nanda: Art, você nem acredita. Tô com uma espinha IMENSA na minha cara.

Artur: Ai Nanda, não deve estar tão ruim assi... - Ele fez uma pausa na sua fala quando olhou imediatamente pro meu rosto, aonde tinha aquele projeto de 2º nariz.

Artur: Ok Nanda, sejamos sinceros. Não tá imenso, tá tipo, um segundo nariz em você.

Nanda: Ok Art, mas não precisa esfregar com bombril que você tem uma pele maravilhosa sem espinhas. - Nós dois começamos a rir, até que ele pegou no meu rosto e me beijou. (Brincadeira).

Ele pegou no meu rosto e começou a olhar fixamente para a minha espinha. Até que eu vi ele pegando um estojo de maquiagem e foi pegar o pó.

Nanda: Opa, peraí Art, calma! Nem tomei banho ainda apressado. - Fechei o estojo de maquiagem e deixei em cima da pia.

Nanda: Bom, falando nisso, vou tomar banho. - Art assentiu com a cabeça e saiu do banheiro me deixando sozinha com os meus pensamentos. Entrei no chuveiro e comecei a pensar sobre a vida.

Será que eu estou fazendo o certo? Será que Thomás é o garoto certo? A pessoa certa?

Senti um arrepio na minha pele quando percebi que a água quentinha tinha parado e estava saindo um jato de água fria.
Sai imediatamente do banheiro, peguei minha toalha e me cobri. Eu estava tiritando de frio. Desliguei o chuveiro imediatamente. Meu cabelo estava molhado, pingando o banheiro todo.

Sai do banheiro e fechei a porta, peguei uma toalha de cabelo, sentei-me na penteadeira do meu quarto e comecei a enxugar o meu cabelo me observando no espelho. Até que alguém bateu na porta.

E agora? Eu tava só de toalha, o quê eu faço? Pensa rápido..
O máximo que eu consegui fazer foi falar.

Nanda: Quem é?.. - Falei com uma voz trêmula, eu ainda estava com frio.

Thomás: Seu José. É claro que é o Thomás né Nanda?

Deixei a toalha de cabelo em cima da penteadeira, fui em direção a porta e abri.

Nanda: Espera só um minuto que eu vou me trocar no banheiro.

Thomás me olhou com um olhar de desaprovação, aquele que eu já estava acostumada a ver.

Nanda: O que foi? - Perguntei, olhando fixamente em seus olhos, séria.

Thomás: Cara, eu vou te ver de qualquer jeito. Não tem problema de você se trocar na minha frente não. - Disse ele, com aquele sorriso safado que só ele sabia fazer.

Nanda: Calma, não vai demorar. - Vi que ele ficou emburrado, então resolvi compensa-lo com um beijo.
Me aproximei dele, enlacei meus braços em seu pescoço, subi na ponta do pé e dei-lhe um beijo na testa, e depois fui descendo até chegar em seus lábios. Até que a coisa começou a ficar mais séria.

Ele me jogou contra a parede e entrelaçou suas mãos na minha bunda, fazendo eu ficar em seu colo. Entrelacei minhas pernas em seu abdômen e começamos a nos beijar. Ele colocou sua mão em minha nuca puxando um pouco do meu cabelo, admito que me deu um leve arrepio.

Até que eu comecei a sentir frio novamente. Quando percebi, eu estava sem nada. Sem toalha. Minha toalha estava jogada em cima da cama. Não dei muita importância quanto a isso e continuamos a nos beijar, seus lábios macios tocavam os meus selvagemente,  até que o meu frio, começou a se transformar em calor. Finalmente aconteceu.

Eu estava ofegante e suada, o mesmo estava igual. Deitamos em cima da cama, peguei um cobertor e me cobri junto a ele na cama, até que ficamos deitados de conchinha. Mas ainda estávamos sem roupas. Percebi que ele havia adormecido. Resolvi deixá-lo dormir e peguei minhas roupas e vesti.

Meu banho não tinha adiantado nada.

Meu quarto estava todo sujo, móveis bagunçados, roupas pelo chão, e muito mais. Decidi arrumar tudo antes mesmo dele acordar, e assim foi feito. Peguei todas as roupas espalhadas pelo chão e coloquei na máquina de lavar. A roupa de Thomás estava toda suja. (Nem ouse me perguntar de quê).

Fazia tempo que Lari não me ligava. Tentei ligar pra ela, mas toda hora caia na caixa postal, bom, ela deve estar estudando, vou pra faculdade amanhã e me encontro com ela. Agora tenho que me concentrar em arrumar esse quarto.

Limpei todo o meu quarto, esse safado ainda estava dormindo. Resolvi não acorda-lo, deve ter sido cansativo.
Fui até a sala, ainda mais ofegante e suada, pois estava arrumando o quarto.

Desci as escadas e me deparei com Art. Vi que ele percebeu que eu estava ofegante, o mesmo chegou perto de mim, pegando meu cabelo que estava em meu olho e colocando-o atrás da minha orelha.

Artur: Nanda, aconteceu alguma coisa? - Perguntou ele, bem sério.

Nanda: Nada não, só tava arrumando meu quarto.

Artur: Nanda, seu quarto estava PERFEITAMENTE arrumado e limpo. Os empregados o arrumaram hoje de manhã. - Disse ele sério, me olhando com uma cara de reprovação.

Artur: Nanda, você e o Thomás aprontaram? - Como ele sabia????????

Não respondi nada, só fiquei calada. Olhando fixamente para os seus olhos.

Artur: Deu pra ouvir vocês dois aprontando daqui. - Disse ele, sorrindo. Até que ele não agüentou mais e começou a rir.

Artur: Você deveria ter visto a sua cara! - Ele estava morrendo de rir. Até que o meu celular tocou. Fui atender, mesmo ofegante.

Ligação On

Nanda: Alô?
Xxxxxx: Olha só, to com sua amiga aqui, se você não pagar o resgate dela, eu mato. Você tem o prazo de 24 horas. Te mando informação via mensagem, ah, e se você envolver a polícia nisso, nós dois vamos nos ver Fernanda.

A Irmã Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora